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"Não se conhece o homem por sua animação, mais pela quantidade de sofrimento verdadeiro que ele é capaz de suportar!..." (Charles Thomas Studd)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Pregação Chocante (Paul Washer)



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Jorge Linhares - A Igreja no Deserto -.mp3 - O 4Shared - compartilhamento e armazenamento de arquivos online - baixar

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Um Cordel sobre O natal.

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Matando o velho homem.

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União de Blogueiros Evangélicos: Whitney Houston: vida e morte

União de Blogueiros Evangélicos: Whitney Houston: vida e morte: Atualização 13/02/2012 07h58 Whitney Ela nasceu Whitney Elizabeth Houston em um bairro com padrão de classe média na cidade de Ne...

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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O Reino de Cristo

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O Reino de Cristo
D. A. Carson
Jesus falou sobre o reino como algo que já havia começado. O reino já está aqui, operando em secreto. Ele é como fermento posto em uma massa; está operando quietamente e tendo seus efeitos. Contudo, em outros momentos, Jesus falou do reino como algo que vem no final, quando haverá consumação e transformação tremenda. Portanto, o reino já está presente; mas, visto de outra maneira, ele ainda não veio. Todas essas noções do reino centralizam-se em Jesus, o rei.
Depois da Segunda Guerra Mundial, um teólogo suíço chamado Oscar Cullmann usou um dos momentos decisivos da guerra para explicar algumas destas noções. Ele chamou atenção para o que aconteceu no Dia D, 6 de junho de 1944. Nesse tempo, os aliados do Ocidente já tinham expulsado os inimigos do Norte da África e começavam a penetrar a bota da Itália. Os russos estavam vindo das estepes. Já tinham defendido Stalingrado e avançavam para e através da Polônia e outros países da Europa Oriental. No Dia D, os aliados ocidentais chegaram às praias da Normandia e, em três dias, descarregaram 1,1 milhões de homens e inúmeras toneladas de material bélico. Havia uma segunda fronte do Ocidente. Toda pessoa inteligente podia ver que a guerra estava acabada. Afinal de contas, a guerra já estava acabada em termos de energia, material bélico, número de soldados e destinos para os quais todas essas frentes e trajetórias convergiam. Isso significou que Hitler disse: “Opa! Fiz o cálculo errado!” e pediu paz? O que aconteceu depois foi a Batalha do Bulge, na qual ele quase conquistou a costa da França novamente, mas recuou por falta de combustível. Depois, houve a Batalha de Berlim, que foi uma das mais sangrentas de toda a guerra. Portanto, a guerra ainda não estava terminada. Um ano depois, a guerra terminou finalmente na Europa, depois de os combatentes haverem atravessado esse grande intervalo entre o Dia D e o Dia da Vitória na Europa.
Cullmann disse que a experiência cristã é como essa guerra. O rei prometido veio. Este é o nosso Dia D: a vinda de Jesus, sua cruz e sua ressurreição. Depois de ressuscitar dos mortos, Jesus declarou, conforme os últimos versículos do evangelho de Mateus: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mt 28.18). Ele é o rei. Mas isso significa que o Diabo diz: “Opa! Fiz o cálculo errado! Acho que é melhor pedir paz”? Isso significa que os seres humanos dizem: “Bem, bem, você ressuscitou dos mortos. Você venceu. É melhor render-nos”? Não, o que isso significa é que você tem alguns dos mais violentos conflitos, porque Jesus ainda não derrotou todos os seus inimigos. Ele reina. Toda a soberania de Deus é mediada pelo rei Jesus. O reino já começou. Está aqui. Ou você está nesse reino, no sentido do novo nascimento, ou você está fora dele. Alternativamente, quando pensamos no reino total de Jesus (toda autoridade pertence a ele), você está nesse reino, quer goste quer não. A questão é se você se prostrará agora, alegremente, com arrependimento, fé e ações de graça, ou esperará até ao final para se prostrar em terror. O fim está chegando. O Dia da Vitoria cristã está chegando, e não há dúvida de quem será visto como Rei no último dia.
(Trecho do livro “O Deus Presente”, que será lançado pela Editora Fiel em fevereiro de 2012).

O tapete da Fé!

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O Tapete da Fé


O rev. Richard D. Phillips é o pastor principal da First Presbyterian Church of Coral Springs (Flórida) e o autor de Faith Victorious: Finding Strength and Hope from Hebrews.
O que é a fé? Em toda a Bíblia, não há resposta melhor do que a do grande capítulo 11 da Epístola aos Hebreus. Em Hebreus 11, um tapete é aberto, retratando grandes exemplos de fé extraídos da narrativa dos heróis do Antigo Testamento.
Nos grandes castelos, tapetes escuros estão pendurados em paredes mofadas para retratar as façanhas dos grandes cavaleiros e senhores do passado, preservando as virtudes e os valores que tornaram grande o reino. Hebreus 11 não é um corredor mofado. É uma calçada espiritual adornada pela tecedura da Palavra viva de Deus, mostrando a fé como a virtude-chave pela qual Deus tornou grande o seu reino. Hebreus 11 é freqüentemente chamado de “Galeria de Heróis”. Mas o verdadeiro herói desse capítulo é Deus, que deu fé aos seus, pela qual homens e mulheres insignificantes fizeram grandes coisas na força dele.
Hebreus 11 mostra que a fé é sobremodo importante porque o povo de Deus é inquietado por fraquezas, pobreza e dificuldades. Essa é a razão por que o versículo 1 nos diz: “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem”. O contexto para a fé é uma vida em que as coisas são esperadas, mas ainda não vistas ou possuídas. A fé assimila coisas que são prometidas por Deus, mas que por enquanto não se cumprem em nossa experiência. Esperamos por poder em meio à fraqueza; por paz, em meio ao conflito; e por alegria, em meio à tristeza. Por todas essas razões, o povo de Deus necessita de fé para perseverar em um mundo difícil.
O que é, então, a fé? A fé é crer na Palavra de Deus a fim de apropriar-se de coisas que são prometidas e torná-las real em nossa vida. A fé é o modo ou a maneira pela qual possuímos as coisas celestiais na terra. A fé não cria as coisas pelas quais esperamos – isso é o falso ensino de muitos de nossos contemporâneos que usam esse versículo para atribuir poder criativo à nossa fé. Em vez disso, a fé recebe de Deus as bênçãos que ele dá. Deus nos dá perdão, paz e provisão espiritual. Ele promete uma “cidade que tem fundamentos”, na qual viveremos para sempre (Hb 11.10). A fé é a evidência dessas coisas em nossa vida; é a convicção que extrai forças dessas coisas para seguir a Deus.
Quaisquer dúvidas que tenhamos são respondidas não por argumentos raciocinados, e sim pelo exemplo de fé deixado pelas pessoas piedosas recordadas em Hebreus 11. É melhor dizermos que nesse capítulo a fé é personificada por meio do relato do Antigo Testamento. Começamos em Gênesis, na criação – a fé lê o relato da criação e vê que Deus realmente existe (v. 3). Em seguida, temos o relato sobre três heróis antediluvianos, que juntos retratam o padrão de vida de todo crente: pela fé, Abel se achegou a Deus e foi justificado; pela fé, Enoque andou em comunhão com Deus; pela fé, Noé serviu a Deus com obras de obediência.
A maior seção de Hebreus 11 é dada ao patriarca Abraão. Somos informados de quatro coisas que ele fez pela fé. Ele obedeceu a Deus; viveu como um peregrino em uma terra estranha; em idade avançada, ele e Sara geraram o filho prometido por Deus; e, pela fé, ele ofereceu esse filho, Isaque, em obediência à ordem de Deus. Isso é, de fato, uma vida digna, e tudo pela fé!
 E assim prossegue. O tapete da fé revela geração após geração dos fiéis de Deus, desde Moisés e Josué, passando pelos juízes, Davi e os profetas e chegando até aos heróis macabeus, que viveram depois da término do Antigo Testamento. Pela fé, eles conquistaram reinos, fecharam a boca de leões e se tornaram poderosos na guerra. Suportaram torturas e permaneceram firmes em face da morte. Juntos, eles provaram que pela fé um crente possui tudo de que precisa para triunfar sobre as piores oposições do mundo.
Hebreus 11 nos diz o que o povo de Deus fez pela fé. O fato notável nestas pessoas não é sua personalidade, ou seu treinamento, ou sua formação. O texto não nos diz que Abraão era um tipo de pessoa talentosa ou que sua personalidade o tornava adequado ao desapontamento. A única coisa que o tornou diferente das outras pessoas foi a sua fé; e, por meio dela, que diferença ele fez para todo o mundo! Como pôde um homem como Moisés, na plenitude de sua vida, virar as costas para o ápice do poder, prazeres e riquezas do mundo? Isso não aconteceu porque ele era uma pessoa de moralidade. Ele fez isso pela fé! Sem fé, nenhum desses heróis de Hebreus 11 teria vivido para Deus da maneira como o fizeram. Mas, pela fé, eles viveram com um poder que o mundo não conhece e obtiveram a salvação que o mundo ignora. Por causa de sua fé, diz o versículo 16, “Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus”.
A fé pode fazer grandes coisas na vida de qualquer crente. Se você vive pela fé em Deus, não importa quem você é ou qualquer outra coisa a seu respeito, você pode fazer diferença para o reino de Deus. O que realmente importa não é a sua força ou a sua fraqueza, o seu treinamento ou a falta deste. Pela fé, você pode ser um herói espiritual. Por quê? Por que há algum poder inerente à fé ou por que ela desencadeará seu potencial oculto? Não, de modo algum. A fé pode fazer grandes coisas por meio de você, nos diz o versículo 6, porque Deus “se torna galardoador dos que o buscam”. A fé obtém seu poder de seu objeto, o Deus salvador que dá graça àqueles que confiam nele.
Se você procurar esses heróis da fé na história secular do mundo antigo, não os achará. Por quê? Porque há algo que a fé não faz. Ela não dá fama e fortuna como o mundo os estima. Esses heróis da fé eram ninguéns aos olhos do mundo, mas foram grandes aos olhos de Deus. A fé deles não os recomendou ao mundo. Muitos deles foram mortos por causa de sua fé. Como acontece freqüentemente, a sua fé ganhou o desprezo do mundo.
Mas observe o versículo 2: “Pela fé, os antigos obtiveram bom testemunho”. Que bom testemunho foi esse? Pela fé, eles foram elogiados por Deus, e não exista nada melhor do que isso. “A fé é a certeza de coisas que se esperam” – é assim que começa Hebreus 11. E podemos esperar algo melhor do que o elogio de Deus – não somente sermos perdoados e recebidos pela fé, embora isso seja essencial, mas também agradarmos a Deus, realmente, com a nossa vida? Pela fé, podemos ter certeza disso.
O que realmente importa em sua vida? Hebreus 11 diz: o que mais importa em sua vida, e na vida de todo crente, é a sua fé. Uma vez que isso é verdade, nada é mais necessário do que alimentar, exercer e desenvolver sua fé. Quando você crê na Palavra de Deus e confia nas promessas dele em meio aos desafios de sua vida, você se introduz neste tapete em que a história da fé ainda está sendo contada. Pela fé, você, assim como Noé, Abraão e Moisés, pode fazer grandes coisas pelo poder de Deus e para a glória dele.


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Traduzido por: Wellington Ferreira

Copyright:© Ligonier Ministries / Tabletalk Magazine

© Editora FIEL 2010.

Traduzido do original em inglês: The Tapestry of Faith. Revista Tabletalk, vol. 28, nº 1. Com permissão de Ligonier Ministries.

PT estuda confronto com os evangélicos; Pr. Silas comenta | Verdade Gospel - Portal gospel de notícias do Brasil

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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Escatologia Analise de Textos Escatologicos V.

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Seminário de Escatologia
Parte V
Análise de textos Escatológicos
Introdução ao estudo da 5ª e última parte


Amados irmãos, estamos finalizando o nosso seminário de escatologia; nesta quinta e última parte você aprenderá a localizar alguns textos do Antigo e do Novo Testamento dentro do contexto escatológico. Nosso objetivo não é o de fazer a exegese de todos os textos, mas sim o de ensinar aos irmãos a compreenderem em que contexto escatológico eles estão inseridos; bem como dar condições aos irmãos de, ao se depararem com uma profecia bíblica, saberem se ela está se referindo à Israel ou à Igreja, ou ainda diferenciarem se o texto está falando do milênio, arrebatamento, segunda vinda e outros períodos escatológicos.

Esta parte, somada as anteriores, encerra o nosso programa de estudos escatológicos. Apesar de ser composta de apenas duas aulas, as informações nelas contida, aliadas aos estudos de escatologia geral, história de Israel, análise de Daniel e análise de Apocalipse; completam o nosso seminário dando uma visão bem ampla e profunda do tema estudado ao longo destes dois anos.

Bom estudo, e que o Senhor Jesus abençoe a todo aquele que ama a sua Palavra e aguarda a sua vinda!

Pr.  Ricardo Correia de Mattos





























Seminário de Escatologia
Parte V
Análise de textos escatológicos
Aula nº 1
A escatologia no Antigo Testamento


I- Introdução:
Queridos irmãos; nesta aula estaremos falando sobre a escatologia no Antigo Testamento, entretanto, para que possamos entender o assunto da nossa aula, bem como o da próxima, é necessário falarmos um pouquinho sobre a profecia Bíblica.

II- A Profecia Bíblica:
A princípio, em um sentido mais amplo, toda Escritura, tanto do Antigo como do Novo Testamento, também é chamada de profecia (não confundir profecia com o dom de profetizar). Veja os textos de II Tm 3.16,17; II Pe 1. 20,21.
Podemos dizer que “Profecia” é a mensagem de Deus; a Palavra do Senhor escrita ou expressa verbalmente sob a inspiração divina do Espírito Santo. A profecia declara os propósitos de Deus; e não apenas se refere ao futuro, mas também admoesta ou reprova o iníquo, consola e exorta os santos e refere-se à vontade de Deus. A profecia revela coisas escondidas, especialmente pelo prenunciar dos eventos futuros.

III- A profecia no Antigo Testamento
Para que possamos entender perfeitamente os textos escatológicos no AT; devemos observar que as profecias eram dirigidas diretamente à Israel e não à Igreja, visto que a mesma ainda não existia; os profetas falaram para a nação de Israel.
Os profetas do Antigo Testamento não tinham o conhecimento com a mesma profundidade que possuímos hoje, haja vista o Espírito ter sido dado a eles por medida e a nós em sua plenitude. Soma-se também a isto o fato de termos em nosso auxílio a história, que nos mostra o cumprimento de várias profecias e a arqueologia e outras ciências verdadeiras que comprovam o relato bíblico.
Muitos mistérios estavam ocultos aos olhos dos profetas do Antigo Testamento e lhes foram revelados em parte, um exemplo disso se refere a Igreja, o Corpo invisível de Cristo (Ef 3.8-10; Cl 1.24-27). Os profetas não sabiam com exatidão a respeito da Igreja, mas a salvação pela fé e a maravilhosa graça do Senhor já haviam sido anunciadas em vários textos, como por exemplo, Gn 15.1-6.
Podemos observar ainda de forma clara a diferença entre o Antigo Testamento e o Novo Testamento na forma que Deus trata a profecia revelada a Daniel e a João no Apocalipse.
Para Daniel, o Senhor disse:
Daniel 12:4  “Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará.”.
Para João, o Senhor disse:
Apocalipse 22:10 “Disse-me ainda: Não seles as palavras da profecia deste livro, porque o tempo está próximo.”

Porque devemos então estudar as profecias do Antigo Testamento? Simples:
1º - Ensino e exemplo para a Igreja (I Co 10.11,12).
2º - Esclarecem o plano de Deus em relação a Israel e a Igreja, mostrando o papel de cada um e a diferença das promessas feitas a Israel e a Igreja.
3º-  Mostram a soberania e a fidelidade de Deus.
4º - A observação dos textos proféticos do Antigo Testamento serve de ânimo e consolo para a nossa alma, pois se muitas promessas de Deus já se cumpriram com exatidão, certamente que as restantes também se cumprirão a seu tempo.
5º-  Revelam que o desfecho de todas as coisas ocorrerá em breve. 

IV- O teor escatológico da profecia do Antigo Testamento
Os profetas falaram sobre a vinda do Messias, sua obra, sua morte expiatória, sua ressurreição e o seu reino. Quanto a Israel; eles profetizaram sobre a apostasia da nação, o cativeiro, o retorno, a dispersão, o ressurgimento da nação e a sua futura conversão e posição no reino de Cristo.
Podemos concluir, portanto, que os textos escatológicos do Antigo Testamento se referem literalmente a Israel e ao reino milenar de Cristo, embora possamos, em termos práticos, aplicar vários textos a Igreja.
Exemplo: Em Isaías 55.1-13, o Senhor convida Israel a tomar parte da sua graça maravilhosa, ele chama a nação ao arrependimento. Literalmente o texto é dirigido a Israel, note bem o versículo cinco; a nação rebelde é Israel que rejeitava ao seu Senhor. Entretanto, podemos aplicar sem erro o texto também a Igreja, visto que aceitamos ao convite da graça feito por Cristo.
De posse destas informações importantes, vejamos alguns textos...

V- A escatologia do Antigo Testamento (Analisando alguns textos do Antigo Testamento)

A)- Muitas profecias se cumpriram em relação a vinda do Messias; selecionei alguns textos:

Gn 3.15- Seria um homem, ou seja, um homem venceria a Satanás!

Gn 49.9-12- Viria da tribo de Judá.
Sl 1.1, 6-8, 13-18, 28,30,31- Seu sofrimento na cruz e o resultado de sua morte.

Is 7.14- Nasceria de uma virgem

Is 11.1,2- Descendente de Davi e habitará nele a plenitude de Deus

Is 9.1,2- Seu ministério na Galiléia

Is 9.6- Seria entregue pelo Pai.
Sua humanidade, filiação divina e autoridade, reveladas através do seu nome poderoso.

Is 52.13-15; 53.1-12; 61.1-3- Sua obra
Obs: O texto de Is 61.1-3 foi lido pelo próprio Senhor em uma sinagoga de Nazaré (Lc 4.16-21).

Mq 5.2- Nasceria em Belém

Zc 9.9- A entrada triunfal do rei em Jerusalém

Zc 11.12,13- A traição

O Messias viria para Israel, mas seria rejeitado.
Pelos pactos feitos por Deus com Abraão e Davi, sabemos que o reino do Messias precisa acontecer, entretanto Israel necessita ser purificado das suas iniqüidades primeiramente.
As profecias tratam do agir de Deus em relação ao seu povo até a conversão e restauração do mesmo.
O livro com maior teor escatológico do Antigo Testamento é o de Daniel; este livro essencialmente profético foi analisado separadamente na terceira parte do nosso estudo e trata do futuro da nação, em especial do período da Grande Tribulação, a Volta do Messias e a implantação do seu reino milenar. Repare que em Daniel, a Igreja está em oculto. (vide apostila nº 3, análise de Daniel. Para adquirir a apostila, entrar no site: www.igrejasementedavida.com.br , ou solicitar pelo e-mail: prricardocmattos@hotmail.com )
Os outros textos escatológicos se referem sempre ao futuro de Israel e ao reino milenar.

B)- O seu reino milenar foi profetizado, bem como a restauração final de Israel:

Is 11.1-10; 65.17-25- Neste reino não haverá mal algum. Jesus reinará e o seu reino será justo. A ferocidade dos animais será retirada, a Terra será reconstruída e Jerusalém será a capital das nações; quem praticar o mal morrerá, visto que não poderá haver mal algum no seu reino; os homens terão a “idade das árvores”.

Is 66.7-9- Criação do Estado de Israel (cumpriu-se em 1948).

Ez 37.1-10-A restauração espiritual de Israel em duas fases. Primeiramente o retorno e ressurgimento da nação, porém sem vida espiritual (já aconteceu). v.1-8
Depois a restauração espiritual; a plenitude do Espírito será dada também aos judeus. v.9,10
Obs: Entre os versículos 8 e 9 encaixa-se o arrebatamento da igreja e a tribulação para Israel, quando serão purificados os judeus para que se convertam e recebam a plenitude do Espírito.

Zc 8.22,23- Israel será a principal nação da Terra.

Zc 9.16, 10.6,9,10- Salvação, retorno e restauração de Israel.

Zc 12.1-14- Armagedom, volta de Jesus e arrependimento de Israel.

Zc 13.8,9- Purificação na tribulação, salvação do remanescente e arrependimento.

Zc 14.1-21- Tribulação, volta de Jesus e milênio.

C)- O texto de Joel 2.28-32
Deixei este texto por último para mostrar aos amados como realmente as profecias escatológicas no Antigo Testamento se referiam à Israel.
Muitos usam esta passagem como se o profeta estivesse se dirigindo à Igreja; na verdade ela se aplica em parte à Igreja, no entanto, literalmente e na íntegra, o texto é dirigido à Israel.
Joel estava profetizando para Israel, basta olhar o contexto inteiro do livro. O livro fala sobre o arrependimento nacional e as bênçãos decorrentes deste arrependimento.
O derramamento do Espírito viria sobre a nação de Israel. Repare que este derramamento é acompanhado de sinais (v.30,31) e está ligado a volta do Senhor e ao arrependimento de Israel (v. 32).
Quando Pedro cita esta passagem em At 2.15,16 referindo-se ao Pentecostes, ele está querendo dizer o seguinte:
Isto que vocês estão presenciando é o que foi dito que seria dado a vocês, o Espírito foi concedido aos gentios que creram em Jesus; este era o Messias prometido a Israel, entretanto vocês o rejeitaram, portanto a plenitude do Espírito que foi dita por Joel veio primeiramente sobre a Igreja e não sobre vocês. Somente através de Jesus podemos obter o perdão dos pecados e recebermos a plenitude do Espírito Santo.
Israel somente receberá a plenitude após o arrebatamento da Igreja, esta plenitude será antecedida de muitas lutas, acompanhada de sinais e da volta do Senhor.

VI- Conclusão:
A escatologia do Antigo Testamento tem como alvo principal a nação de Israel. Os profetas falaram sobre a vinda do rei (Jesus), seu nascimento, obra, morte, ressurreição e reino. Falaram sobre os planos de Deus para com Israel e o futuro arrependimento e restauração da nação; mostraram Israel como cabeça das nações no reino do Messias e a plenitude do Espírito sendo derramada.
Estes textos deixam claro o quanto Deus é fiel e soberano, sendo um exemplo e consolo para a Igreja, além de mostrarem que o arrebatamento está cada vez mais próximo.

Na aula seguinte falaremos dos textos escatológicos do Novo Testamento



























Seminário de Escatologia
Parte V
Análise de textos escatológicos
Aula nº 2
A escatologia no Novo Testamento


I- Introdução:
Nesta aula estaremos estudando sobre os textos escatológicos encontrados no Novo testamento.
É importante saber que no Novo Testamento o mistério da Igreja (o corpo invisível de Cristo) nos é revelado. De forma diferente do Antigo Testamento, cujos textos proféticos tinham como alvo principal a nação de Israel, o Novo Testamento desloca o foco para a Igreja.
O rei anunciado pelos profetas veio para Israel (João 1.11), entretanto, conforme a própria profecia havia predito, o Messias foi rejeitado pela nação.
A vinda do Messias, o seu nascimento, a sua obra, morte e ressurreição, estão relatadas, em especial, nos Evangelhos.
O evangelho segundo Mateus foi endereçado aos judeus, por isso freqüentemente observamos citações das profecias, para mostrar aos judeus que Jesus era o Messias prometido pelas Escrituras.
Observação: Marcos escreveu tendo como alvo os romanos e Lucas os gregos; quanto ao apóstolo João, este procurou mostrar à todos os homens a divindade de Cristo e a sua maravilhosa graça. (ver João 20.30,31)
Após a morte, ressurreição e assunção de Jesus aos céus, encontramos a história da Igreja escrita no livro de Atos dos Apóstolos; neste livro vemos o início da Igreja e a expansão do Evangelho.
A doutrina para a Igreja se encontra nas epístolas escritas por Paulo, Tiago (irmão do Senhor), Pedro, Judas (também irmão do Senhor) e João; sendo que o maior conjunto é o das epístolas paulinas. O livro de Hebreus é anônimo.
O Apocalipse é o livro essencialmente escatológico do Novo Testamento.
Nosso objetivo neste estudo não é o de analisar todos os textos escatológicos, mas sim de localizar os principais e fazer um breve comentário dos mesmos.

II- Alguns textos encontrados nos Evangelhos
Dentre os textos encontrados nos Evangelhos, podemos citar:

A)- As parábolas do reino Mt 13.1-50
Esta seqüência de parábolas mostra claramente o sucesso da Evangelização, bem como as fases da Igreja e o curso do presente século, que culminará com juízo final. Alguns estudiosos relacionam estas sete parábolas as sete Igrejas encontradas em Ap 2 e 3. Vejamos...
As sete parábolas do reino Mt 13.1-50:

1ª)- 1-23 (18-23)- A semeadura - A Evangelização; pregação da Palavra de Deus. Jesus disse que haveria uma semeadura da Palavra de Deus.
Perceba que, mesmo com a maioria não aceitando verdadeiramente o Evangelho, a Palavra de Deus seria anunciada e recebida. O sucesso da Evangelização é mostrado pelos frutos na vida de quem o recebe.
Enquanto a palavra semente em Mateus é traduzida da palavra grega “sperma” a palavra semente em Lucas 8.11 é traduzida da palavra grega “sporos”, mostrando que a semente tanto é a Palavra quanto àqueles que a levam.
2ª)- 24-30- A falsa semente – Doutrinas falsas
Ao mesmo tempo em que a Verdade é semeada, Jesus afirma que o inimigo semearia a mentira. Esta semente falsa é contrária a semente da parábola anterior.
Se os responsáveis por cuidar do campo não houvessem dormido, teriam impedido a mistura da mentira.
3ª)- 31,32- Os falsos crentes
O Senhor disse que a Igreja professante (ou seja, os membros que se declaram crentes) cresceria rapidamente, mas dentro dela estão abrigados os falsos cristãos.
A árvore da parábola é a igreja, as aves são os filhos do maligno. Repare que na primeira parábola estas aves “comem” a semente, não no sentido de aceitar a Palavra ou guardá-la no coração, mas sim no sentido de impedirem que caíssem no coração do homem. Estes falsos crentes fazem oposição a Verdade.
4ª)- 33- A contaminação; corrupção.
Agora vemos a igreja apóstata, totalmente contaminada pelo pecado.
Fermento = pecado
Mesmo com a corrupção doutrinária interna, o Senhor guardará para si o seu povo, conforme observamos nas parábolas seguintes.
5ª e 6ª)- 44-46- A preservação e salvação da Igreja verdadeira.
Não obstante toda apostasia, o Senhor Jesus deu a sua vida por nós e isso nos garante a salvação. No meio de toda corrupção existe uma Igreja verdadeira.
Deus, pela sua soberania e onisciência, já nos conhecia de antemão.
A parábola do tesouro escondido mostra que o campo (mundo) foi comprado pelo homem (Jesus), o qual pagou caríssimo preço por ele. Jesus deu a sua vida pelo mundo (João 3.16), pois sabia que nele havia um tesouro escondido. Este tesouro somos nós; a Igreja invisível, os eleitos de Deus.
A Igreja verdadeira também é comparada com uma pérola de grande valor, e, apesar de toda corrupção existente no meio dos que se declaram crentes, será preservada pelo Senhor; visto que foi comprada por alto preço, ela pertence ao seu Senhor. Esta Igreja verdadeira cresceu; não instantaneamente como a massa fermentada, mas aos poucos foi formada, tal qual uma pérola preciosa.
Esta pérola é um ornamento precioso para Cristo.
7ª)-47-50- A separação dos justos e injustos
Estes versículos avançam até o fim e mostram que Deus dará tratamento diferente para os justos e os injustos.
Somente reinarão com Cristo aqueles que lhe pertencem.
O mar é o mundo. Deus separará o seu povo.

B)-  O sermão profético de Jesus Mt 24 e 25
Outro texto bastante conhecido é o sermão profético encontrado em Mateus 24.1- 25.46 e também em Mc 13.1-37 e Lc 21. 5-36.
Irei me basear no texto de Mateus.

Mt 24 - Para entendermos esta passagem, precisamos atentar para a observação feita pelo Senhor à respeito do templo (1,2) e observarmos as três perguntas feitas pelos discípulos ao Senhor no v3. Estas perguntas se referiam à Israel, logo, as respostas dizem respeito aos judeus.
Os vs de 3 a 14 falam do período da tribulação. O Evangelho mencionado no v.14 é o do reino.
Nos versículos seguintes (15-28), Jesus se concentra na segunda metade da tribulação, quando o Anticristo quebrará o pacto com Israel.
Estes versículos (Mt 24.3-28) correspondem a boa parte do Apocalipse (6-18.24).
Depois dos sete anos, Jesus retornará (29,30) e haverá o juízo das nações (31). Ver Ap 19.11-21; 20.4.
Nos versículos 32 a 44 de Mt 24; Jesus exorta à vigilância.
Muito provavelmente a figueira de Mt 24.32 seja Israel.
Apesar de o discurso falar do que acontecerá com Israel, somos também exortados a vigiar. A Igreja não passará pela tribulação, mas presenciará o cenário sendo montado.
45-51- Exortação à fidelidade

Mt 25 - A parábola das dez virgens (vs. 1-13), igualmente é uma exortação a vigilância. O azeite é o símbolo do Espírito Santo.
Devemos vigiar também quanto aos talentos que nos foram concedidos (vs. 14-30).
Juízo das nações; a separação entre ovelhas e bodes. (vs. 31-46). Somente as ovelhas entrarão no milênio. Este texto localiza-se cronologicamente em relação ao Apocalipse, ao período de Ap 20.4; para que o milênio possa começar, é necessário separar as ovelhas dos bodes (juízo das nações).
Conclusão - O sermão profético fala sobre o que ocorrerá com Israel, mas serve de alerta para a Igreja. Ao analisarmos cuidadosamente o texto, percebemos que o arrebatamento está mais próximo do que possamos imaginar. Devemos vigiar!

III- Outros textos
Sobre...

a)-O futuro de Israel – Romanos 9 a 11 (*11.25-27).
A restauração final de Israel acontecerá após a tribulação.
Primeiro chegará a plenitude dos gentios, ou seja, quando o tempo de salvação para os gentios se encerrar com a conversão do último crente, a Igreja será arrebatada e terá início a tribulação. Durante a tribulação Israel será purificado.

b)-A ressurreição dos crentes -  I Coríntios 15 (20-24, 35-58)
Este capítulo fala sobre a ressurreição; sua ordem (primeiro Cristo, depois os salvos) e como será.
A trombeta de I Co 15.52, não é a mesma do Apocalipse. Trata-se do toque de reunir pra a Igreja. É a trombeta do arrebatamento.
Obs: A primeira ressurreição começou com Jesus, continuará no Arrebatamento (localizar em Ap 4.1) com a ressurreição dos salvos e será completada com a ressurreição dos mártires da tribulação. Localizar em Ap 20.4.

c)-Arrebatamento I Ts 4. 13-18
Este é um clássico texto sobre o arrebatamento, talvez o mais conhecido. Apesar de pequeno, contém ricos detalhes. Por exemplo: O texto mostra que o nosso encontro com o Senhor será nos ares (4.17).
O arrebatamento corresponde ao capítulo 4.1 do Apocalipse.

d)-Anticristo II Ts 2.1-12
Outro texto riquíssimo em detalhes...
O Anticristo levantar-se-á contra toda forma de culto, visto que ele procurará ser adorado (4).
Para que o Anticristo se manifeste, é necessário que a Igreja seja antes arrebatada (6,7).
Jesus, na ocasião da sua vinda gloriosa, derrotará o Anticristo (8).
O Anticristo será possuído pelo Diabo (9)
Deus permite a operação do erro porque os homens não querem a verdade (10-12).
A manifestação do Anticristo corresponde a Ap 6.1.
A vinda de Jesus e a derrota do Anticristo estão descritas em Ap 19.11-21.

e)-Apostasia I Tm 4.1

f)-A qualidade dos que se dizem crentes no final dos tempos II Tm 3.1-9

g)-O surgimento dos falsos mestres II Tm 4.1-4; II Pe 2.1-3

Os itens e, f e g. correspondem ao período da Igreja de Laodicéia.
Ver  Ap 3.1-22.

h)-A volta de Jesus  e a futura condenação dos falsos mestres Jd 1.14
Podemos perceber que a vinda gloriosa de Cristo já havia sido profetizada por Enoque; entretanto, o mais importante desta pequena epístola é notarmos a condenação reservada para todos os que ensinam o erro.
A vinda gloriosa corresponde a Ap 19.11-16. A condenação dos ímpios está escrita em Ap 20.11-15.

Amados; encerramos aqui a análise de alguns dos mais importantes textos escatológicos do Novo Testamento. Espero que, com as informações desta aula, os irmãos tenham aprendido em que época os textos se localizam, bem como compara-los com outros textos escatológicos, em especial, o livro do Apocalipse.

Esta aula também encerra a quinta e última parte do Seminário de Escatologia.























Seminário de Escatologia
Parte V
Análise de textos escatológicos
Conclusão


O estudo que você acabou de ter, de forma alguma teve a pretensão de ser exaustivo, ou seja, ainda há muito mais que ser explorado, entretanto, creio que, com as informações recebidas nestas duas aulas, o leitor que ama a Palavra de Deus, obteve importantes informações que o capacitarão a identificar com maior facilidade outros textos escatológicos, bem como detectar a localização dos mesmos dentro do curso do presente século até a eternidade futura.
O estudo também deu uma base para melhor interpretar os textos escatológicos mais conhecidos, tanto do Antigo como também do Novo Testamento.
Amados, com o encerramento desta última fase, encerramos também o nosso seminário de escatologia.
Espero que as informações e o conhecimento adquirido ao longo destes dois anos de curso seja uma benção para a vida dos leitores; bem como uma ferramenta para que possam ministrar também a outros, além de edificação, consolo e ânimo para vossas almas.
Sinto-me bastante gratificado com a conclusão deste curso e muitíssimo grato ao meu Senhor, porque ele me sustentou durante todo este período apesar das minhas limitações e lutas que passei.

Que Deus abençoe a todos!

A maravilhosa graça do Senhor Jesus seja com todos os que o amam e aguardam a sua vinda. Amém!























Seminário de Escatologia
Parte V
Análise de textos escatológicos
Bibliografia


1)Arrington, French L./ Stronstad, Roger; Comentário Bíblico Pentecostal- Novo Testamento-CPAD.

2)Bíblia online- módulo avançado- recursos do dicionário de Almeida e Strong.

3)Bíblia de Estudos Pentecostal- online- CPAD.   

4)Bueno, Francisco da Silveira; Dicionário Escolar Da Língua Portuguesa-Ministério da Educação- 11ª edição-1992, Biblioteca Nacional-FAE.

5)Champlin; Russel N., O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, vol 7, Ed Hagnos. 

6)Davidson, F. ; O Novo Comentário da Bíblia- Ed 1 vol- Editora Vida Nova.

7)Douglas, J.D. ; O Novo Dicionário da Bíblia-Ed 1 vol- Editora Vida Nova. 

8)Mcnair;S.E., A Bíblia Explicada, CPAD.

9)Thompson, Frank Charles: Bíblia Sagrada- / Traduzida por Almeida, João Ferreira de- Edição contemporânea – Editora Vida.

10)Traduções da Bíblia Sagrada: Almeida Revista e Atualizada (ARA); Almeida Revista e Corrigida (ARC); Almeida Contemporânea (AC); Almeida Corrigida Fiel (ACF); Bíblia na Linguagem de Hoje (BLH) e Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH)


Escatologia Analise do Livro de Apocalipse IV.

http://sheimonphn.blogspot.com


INTRODUÇÃO AO ESTUDO

Amados leitores; é com satisfação que inicio este estudo, cujo tema é “Análise do livro do Apocalipse”.
A apostila que você tem em mãos poderá ser estudada separadamente ou em conjunto com as três anteriores que fazem parte do Seminário de Escatologia realizado pelo departamento de ensino da Semente da Vida.
Meu objetivo ao elaborar esta apostila foi o de dar condições aos leitores de terem um conhecimento mais amplo do livro do Apocalipse, bem como entendê-lo e saber como interpretá-lo de forma correta.
Quanto mais a volta do Senhor se aproxima, mas se faz necessário o estudo escatológico como incentivo para as nossas vidas. Vivemos uma época de intensa luta, entretanto ela somente é sentida por aqueles que amam e praticam a Verdade e que não se conformam com o mundo; estes sim, conforme o apóstolo João disse, podem clamar: “... Vem Senhor Jesus!”.
Boa leitura e que este estudo seja um incentivo para a sua vida de santidade, conforto nas lutas e amadurecimento espiritual.

Ricardo Correia de Mattos
                                                                                           Pastor presidente

































Seminário de escatologia - Parte IV
Análise do Apocalipse
Aula nº 1
Assunto: Introdução ao estudo do livro

Estamos iniciando a análise do livro do Apocalipse, alguns detalhes são de extrema importância para uma correta compreensão deste livro...

I) - Autor- Apóstolo João (Os pais da Igreja assim criam, e o próprio livro nos dá esta informação 1.1,4,9; 22.8).

II)- Data- 95 a 96 dc; durante o final do governo do imperador Domiciano.

III)- Interpretação - Abaixo trago alguns métodos de interpretação:

a)- Preterista: Vê as profecias de João inteiramente relacionadas com a sua época; conflito entre a Igreja, o judaísmo e o paganismo.

b)- Alegórico: Não respeita o simbolismo natural. Vêem o Apocalipse como um símbolo da luta entre o Reino de Deus e a força Satânica; uma luta entre o bem e o mal.

c) Histórico: Neste método, a maioria do livro abrange a época do apóstolo João.

d) Futurístico: A maior parte do livro engloba eventos futuros, após a época da Igreja.

*Por amor a Palavra de Deus, adotamos o método futurístico por ser o mais coerente e o mais utilizado pelos expositores.

Para interpretarmos corretamente o livro, é necessário conhecermos as regras de hermenêutica bíblica; termos conhecimento da escatologia geral, da história bíblica de Israel e de textos paralelos, em especial, do livro de Daniel.
Lembre-se que João descreveu os eventos futuros que lhes foram revelados pelo Senhor, usando para isto da linguagem e recursos que conhecia em sua época.
A chave para termos uma noção geral do livro inteiro está em Apocalipse 1.19.

Chave da interpretação de todo o livro: Ap 1.19
“as coisas que viste”
“e as que são”
“e as que hão de acontecer depois destas”
Capítulo 1
Capítulos 2 e 3
Capítulos 4 a 22

As coisas que viste são aquelas que João havia presenciado no início da visão, ou seja, Jesus Glorificado. Corresponde ao primeiro capítulo.
As coisas que são se refere àquelas pertencentes à dispensação na qual João vivia, ou seja, são as coisas referentes à dispensação da Graça; a época da Igreja.
As que depois destas hão de acontecer, são os fatos que ocorrerão após o fim da época da Igreja, ou seja, após o arrebatamento.
Partindo desta chave, podemos fazer a seguinte divisão do livro:

IV)- Divisão do livro:
Capítulos 1- Introdução e visão de Cristo glorificado.

Capítulos 2 e 3- Época da Igreja na Terra

Capítulos 4 a 19- A grande Tribulação (4 e 5; a Igreja no céu)

Capítulo 20- Milênio

Capítulos 21 e 22- Eternidade futura

Como podemos facilmente notar; a maioria do livro mostra os eventos que ocorrerão durante a grande tribulação (capítulos 4 a 19, portanto 16 capítulos, dos 22 existentes; sendo que os capítulos 4 e 5 mostram a Igreja no céu enquanto que na Terra começa os 7 anos da tribulação).
Compare:
Igreja na Terra: 3 capítulos (1 a 3, considerando que a introdução pertence a época da Igreja)
Milênio: 1 capítulo (20)
Eternidade: 2 capítulos (21 e 22)

V)- Simbologia:
O livro do Apocalipse possui muitos símbolos que devem ser interpretados naturalmente e com o auxílio de outros textos paralelos.
Alguns exemplos:
a)- O número sete aparece várias vezes no livro...
As Sete estrelas são os sete anjos- 1.16,20
Os sete candeeiros são as sete igrejas- 1.13,20
As sete tochas de fogo representam os “sete espíritos de Deus”- 4.5; Is 11.1,2
Sete selos; sete trombetas e sete taças- Totalidade de juízos; a ira de Deus sendo derramada
As sete cabeças da besta são os sete montes sobre os quais a mulher está assentada (17.3,9) e também são sete reis.
b)- O incenso das taças é a oração dos santos- 5.8
c)- Quatro cavaleiros- eventos pós-arrebatamento que ocorrem sucessivamente
d)- A estrela caída(9.1) é o anjo da abismo (9.11)
e)- Tempo, tempos e meio tempo (12.14) é o mesmo que 1.260 dias (12.6)
f)- A primeira besta, a besta do mar, é o futuro império mundial e o seu líder (13.1-10)
g)- A besta da terra, segunda besta (13.11-17) é o falso profeta (19.20)
h)- A meretriz (17.1) é  a falsa igreja; o cristianismo apóstata
i)- As muitas águas (17.1) são os povos da Terra (17.15)
j)- Os dez chifres são dez governantes; dez reis (17.12)
l)- O Cordeiro é Jesus; Senhor dos senhores e Rei dos reis (17.14)
m)-Linho fino- obra de justiça dos santos (19.8)
n)-O primeiro cavaleiro branco que surge é o Anticristo (6.2)
o)-O cavaleiro montado no cavalo branco em 19.11-16 é Cristo, o Verbo de Deus Jo.1.1,14

VI)- Propósito e tema
O livro é essencialmente profético e tem como propósito encorajar os cristãos em meio às lutas.
O seu tema é o triunfo final de Deus sobre todo mal e o assunto principal é a escatologia.
                   

Na próxima aula estaremos comentando o capítulo 1.

















































Seminário de escatologia - Parte IV
Análise do Apocalipse
Aula nº 2
Assunto: Análise do capítulo 1

Amados irmãos, nesta aula estaremos comentando o capítulo 1 do livro do Apocalipse.
Este capítulo poderá se dividido da seguinte forma:
1.1-3- Introdução
1.4-8- Saudação
1.9-20- Visão de Jesus glorificado
Estaremos analisando cada parte do capítulo.

I- Introdução – Ap1.1-3
Esta introdução nos mostra o título, o autor e o assunto do livro.

v.1- O propósito do livro é mostrar aos servos de Jesus o que em breve há de acontecer. Isto visa encoraja-los diante das lutas.
A profecia tem como origem o próprio Deus; o seu mediador é o Senhor Jesus; os instrumentos são os anjos e João é o homem separado para nos trazer a revelação.
A primeira palavra do livro é “revelação”, isto nos mostra o desejo de Deus em tornar conhecida as profecias deste livro.
O autor do livro se identifica como João. Ver ainda v(s). 4,9 .

v.2- O autor confirma a veracidade da profecia; ela é a Palavra de Deus e Jesus deu testemunho dela. Muitos ignoram este livro, mas é a Palavra de Deus!

v.3- Quem ler, ouvir e guardar no coração as profecias do livro será bem-             -aventurado; suas palavras são como refrigério para quem é fiel, haja vista o cumprimento de todas as coisas estar próximo e o livro mostrar o triunfo final do povo de Deus.

II- Saudação – Ap 1.4-8
v(s).4-6- Destinatário – As sete Igrejas da Ásia.
Ásia não é uma referência ao continente asiático, tal como conhecemos em nossos dias, mas sim a região conhecida como Ásia Menor, que corresponde a atual Turquia.
As sete igrejas existiam na época, entretanto o número sete tem um significado simbólico neste livro, ele representa plenitude, totalidade; logo, apesar de João enviar as cartas para aquelas igrejas existentes, elas estavam simbolizando a universalidade da Igreja, ou seja, as cartas são endereçadas a toda Igreja ao longo dos anos. Sobre o significado, estaremos falando na próxima aula.
Saudação - A saudação é da parte do Deus trino.
Aquele que é - Mostra a divindade; o EU SOU, tanto Deus Pai como Deus Filho. A expressão também dá uma idéia de presença e existência eterna.
Aquele que era – Mostra a sua eternidade passada; Deus não tem princípio nem fim.
Aquele que há de vir – Mostra o seu domínio e soberania; o seu reino estabelecido.
Quando pensamos em Cristo, podemos afirmar que ele sempre existiu, sua eternidade passada é inquestionável (Ele Era). Ele morreu por nós, mas está vivo, porque ELE É; ele voltará (Há de vir) porque prometeu e a sua Palavra é verdadeira.
Compare com Hb 13.8 .
Quanto aos sete Espíritos de Deus, temos a plenitude do Espírito Santo, tal como em Is 11. 1,2, habitando em Jesus.
A Trindade está presente na saudação, Deus é único!
Jesus se apresenta com os seguintes títulos:
Fiel Testemunha (em tudo perfeito e obediente ao Pai); Primogênito dos mortos (primeiro homem que morreu e ressuscitou em um corpo glorioso) e Soberano dos reis da Terra (Rei dos Reis). Ele também é aquele que mostrou o seu amor infinito morrendo por nós na cruz libertando-nos do pecado e nos fez reis e sacerdotes para Deus Pai.
João encerra a saudação com uma doxologia (adoração; glorificação).

v.7- Este versículo é uma espécie de parêntese na saudação.
A primeira parte do versículo 7 está se referindo a 2ª vinda, quando Jesus voltar e pisar na Terra para dar fim a Tribulação e reinar sobre Israel e todas as nações.
Até quantos o traspassaram - São os judeus. Ver Zc 12.10, 14.2-4

v.8- Neste versículo temos as palavras do próprio Deus. Podem ser aplicadas ao Senhor Jesus, como, por exemplo, em Ap 22.12-14. Ver o comentário do v. 4 (saudação).

III- A visão de Jesus Glorificado – Ap 1. 9-20
      As coisas que tens visto...
Passamos agora a estudar a primeira parte do livro...

v.9- O apóstolo se identifica como nosso irmão e companheiro na tribulação (ou seja, todo aquele que serve a Jesus com sinceridade passará pelas mesmas aflições; também nos dá a entender que sofremos juntos por sermos um só em Cristo; logo, quando um sofre, todos sofrem juntos). Ele se une a todos os crentes também no que se refere ao reino, assim como passamos por tribulações nesta vida, certamente reinaremos juntos com Cristo! João também está unido conosco na perseverança; ou seja, resumindo, todos os crentes verdadeiros passarão por lutas, vencerão e devem igualmente perseverar.
Local da carta – Ilha de Patmos – Ficava cerca de 53km distante da costa sudoeste da Ásia Menor. Atualmente pertence a Grécia.
Motivo – João foi exilado pelo imperador Domiciano por causa da Palavra de deus e do Testemunho de Jesus.

v.10- Em espírito – Uma espécie de arrebatamento, estado de êxtase.
Dia do Senhor – Não no sentido escatológico, mas refere-se ao domingo, como memorial a ressurreição.
Alguém fala com o apóstolo...

v.11- ... Este alguém ordena que João escreva a visão em forma de livro e envie para as sete igrejas da Ásia Menor.

v.12- Sete castiçais – Ver o significado em  Ap1.20

v.13- Jesus no meio das Igrejas.
Semelhante... Quando Jesus esteve na Terra, João conviveu com ele durante o seu ministério; mas agora Jesus se apresenta glorificado e majestoso!
Filho do Homem – Título que enfatiza a humanidade de Jesus.
Vestes – Santidade
Cinto de Ouro – Realeza

v.14- Cabeça e cabelos brancos – Eternidade
Olhos como chama de fogo – Onisciência; o olhar profundo de Jesus!

v.15- Pés como bronze polido – Seu caminhar era perfeito e  foi provado na fornalha da aflição!
O bronze polido era usado como espelho. Os sacerdotes se lavavam no mar de bronze... O caminhar de Jesus refletia a sua divindade!
Voz como de muitas águas – Mostra o poder da sua Palavra.

v.16- Quanto as sete Igrejas, ver a interpretação em Ap 1. 20
Espada de dois gumes – Este tipo de espada era muito mais penetrante e atingia profundamente a vítima porque possuía corte dos dois lados. É usada como símbolo da Palavra de Deus, pois esta penetra no mais profundo do homem! Ef 6.17; Hb 4.12,13
Seu rosto brilhante como o sol – Mostra a sua Glória. Ver Mt 17.2

v.17- Apesar de todo o seu poder e grande Glória, ele continua o mesmo; manso, humilde e amoroso. Jesus sabe a nossa estrutura e tem compaixão de nós!
O Senhor encoraja a João. A sua presença é uma segurança e conforto. Ele é o primeiro e o último (a expressão está se referindo a sua divindade e soberania). Podemos enxergar os títulos “Alfa e Ômega” e “Princípio e fim” nas palavras “primeiro e último”. Jesus está no controle de todas as coisas!

v.18- Aquele que vive –Ele está vivo; ressuscitou!
Estive morto – Lembra o seu sacrifício por nós na cruz!
Mas eis que estou vivo - A morte não teve poder sobre ele!
Tenho as chaves da morte e do inferno – Somente será condenado aquele que não crer no Filho de Deus; somente sofrerá o dano da morte eterna aquele que rejeitar o Filho do Homem!
Jesus, com a sua morte, aniquilou o poder do pecado e libertou o homem da morte. I Co 15. 54-57
Isto não tem nada a ver com aquelas historinhas ridículas que provavelmente você já ouviu; histórias do tipo daquela que estava tendo uma comemoração no inferno porque Jesus tinha morrido, e, subitamente ouviu-se um barulho, uma grande luz e passos assustadores no inferno; então, eis que surge Jesus e diz para o Diabo: “Me dá aqui essa chave da porta do inferno”. Jesus dá uma boa surra no Diabo e toma a chave da mão dele. Que absurdo!!!! Vejamos:
O Diabo não tinha motivo nenhum para comemorar, pois sabia que a vitória de Jesus estava na cruz, por isso ele sempre tentou fazer Jesus desistir ou pecar.
No inferno, certamente, o Diabo não terá tempo para comemorar, pois naquele lugar ele será atormentado de dia e de noite.
No inferno ainda não foi lançado ninguém. Os primeiros a serem lançados serão a Besta e o Falso Profeta. Satanás será lançado no inferno após o juízo final.
Estas chaves não são literais, mas sim figuras!

A chave para a interpretação do livro
Ap 1.19
O Senhor ordena que João escreva toda a visão.
A chave para termos uma noção geral do livro inteiro está neste versículo.
Ver o estudo da aula nº 1 nesta apostila; introdução.
As coisas que viste são aquelas que João havia presenciado no início da visão, ou seja, Jesus Glorificado.
As coisas que são se refere àquelas pertencentes à dispensação da Graça; a época da Igreja.
As que depois destas hão de acontecer, são os fatos que ocorrerão após o fim da época da Igreja, ou seja, após o arrebatamento.

v.20- Interpretação das sete estrelas e dos sete candeeiros de ouro:
As sete estrelas são os anjos das igrejas. A palavra anjo significa mensageiro; logo, refere-se aos pastores das igrejas que teriam a incumbência de transmitir a mensagem.
Os sete candeeiros são as sete igrejas.

Nas duas aulas seguintes estaremos estudando as sete igrejas.









































Seminário de escatologia - Parte IV
Análise do Apocalipse
Aula nº 3
Assunto: As sete Igrejas da Ásia Menor - Parte 1
Análise do capítulo 2

I- Introdução:
Irmãos; iniciamos com esta aula o estudo da parte do livro que trata das “coisas que são”. Nas duas aulas que se seguem, estaremos analisando as cartas às sete igrejas da Ásia. Teremos diante de nós um dos textos proféticos mais importantes em relação à Igreja.
Existem quatro tipos de aplicações possíveis; todos corretos, a saber:
A)- Sete igrejas que existiram na Ásia Menor no tempo do apóstolo João;
B)- Sete tipos de crentes que existem dentro das igrejas locais;
C)- Sete tipos de igrejas locais existentes em qualquer época;
D)- Sete períodos na história eclesiástica.
Embora possamos aplicar qualquer um dos tipos acima; em termos de interpretação do livro, creio que o Espírito Santo deseja nos mostrar o progresso da Igreja ao longo dos anos e o seu triunfo final, cujo ápice é o arrebatamento, com o objetivo de incentivar os cristãos fieis e verdadeiros diante das lutas. Apesar de todos os problemas enfrentados pelos verdadeiros cristãos, seja em qualquer período, Deus sempre levantou e levantará um remanescente e preservará a sua Igreja “invisível” até tomá-la para si. A interpretação que nos mostra os sete períodos da história eclesiástica é a que se encaixa no tema escatológico do livro.
Cada carta, de um modo geral, contém uma saudação na qual Jesus se apresenta de forma diferente para cada igreja; trás um elogio, uma repreensão, uma exortação e uma promessa. Baseado nisto, montarei uma tabela comparativa no final da aula nº 4 que facilitará o estudo dos irmãos.
Lembremo-nos das palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo em Mt 16.18: “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”.

II- Apocalipse 2. 1-29- Os quatro primeiros períodos da história eclesiástica
Estaremos analisando nesta aula as quatro primeiras cartas contidas no capítulo 2 do livro...

II.1 - A primeira carta: Éfeso
Éfeso significa desejável. Esta igreja corresponde ao período do início da Igreja (Pentecostes) até o final da era apostólica. A Igreja começou cheia de amor (At 2.41-47; 4.32-37); entretanto, com a morte dos apóstolos e discípulos mais antigos; o crescimento das heresias e a necessidade de repreensão constante, logo a Igreja foi perdendo o primeiro amor. Quando chegamos ao ano 100dc, aproximadamente, o que encontramos é uma Igreja que havia perdido o primeiro amor.
A doutrina dos Nicolaítas (o termo vem de niko- subjulgar  +  laos- leigos) que trazia a separação entre clero e leigos foi combatida nesta época, bem como a entrada das heresias e os falsos apóstolos.
A árvore da vida refere-se à vida eterna.

II.2 - A segunda carta: Esmirna
A palavra Esmirna vem do latim e significa mirra ou amargura, um nome bem sugestivo para retratar o período que abrange esta carta. A mirra era um dos ingredientes usados para a embalsamação de corpos.
Esta igreja corresponde ao período que vai do ano 100dc até 313dc. Foi um período de grande prova e intensa luta. Nossos irmãos foram mortos e torturados nas arenas e circos romanos, mas a morte de cada um deles mostrava o poder da fé que possuíam em um Senhor vivo e real. Enquanto os seus corpos caíam dilacerados pelos leões ou queimados nas praças, outros milhares se convertiam por causa do poderoso testemunho de fé que davam diante de todos. Foi nesta época que a Igreja alcançou um dos maiores avivamentos; a situação da perda do primeiro amor foi revertida na fornalha do sofrimento. Deus permitiu a prova e através dela a Igreja se fortaleceu.
Não é ao acaso que Jesus se apresenta como aquele que esteve morto e reviveu; sendo um incentivo aos cristãos que seriam provados até a morte, mas que certamente venceriam, assim como Cristo venceu.
No v.9, vemos que a verdadeira riqueza para Deus não consiste em bens materiais. Esmirna era pobre, porém, aos olhos do Senhor, era rica!
Sobre a blasfêmia dos falsos judeus, estas eram dirigidas especialmente contra Jesus. Os cristãos de Esmirna mais tarde relataram como os judeus se aliaram aos pagãos a fim reivindicar a morte de Policarpo, bispo de Esmirna.
Justino mártir acusou que os judeus, em suas sinagogas, amaldiçoavam em público a todos quantos confiassem em Cristo. Tertuliano; em uma de suas obras, mostra-nos como os judeus instigavam ativamente a perseguição contra os cristãos; e Eusébio, em sua história Eclesiástica v.16; relata o mesmo fato.
A tribulação de dez dias indica um espaço determinado de tempo que logo passaria. Sabemos através da história, que a Igreja sofreu sob dez perseguições distintas, desde o reinado de Nero até Diocleciano. As perseguições movidas por Diocleciano foram as piores e duraram exatamente dez anos. Em uma só catacumba foram achados os remanescentes ósseos de 174.000 cristãos.
“Sê fiel até a morte”; é uma exortação que mostra claramente que haveria martírios neste período, mas quem permanecesse fiel não receberia o dano da segunda morte (separação eterna de Deus; condenação).

II.3 - A terceira carta: Pérgamo
A palavra Pérgamo significa “casado”; “elevado”. Esta época vai do ano de 313dc até o ano de 540dc aproximadamente e corresponde ao período da igreja sob o favor imperial.
O imperador Constantino supostamente converteu-se ao cristianismo em 312dc e no ano de 313dc, através do Edito de Milão, obrigou todos os cidadãos do império a seguir a sua religião. Aparentemente seu ato era benéfico, mas na verdade, prejudicava extremamente a igreja verdadeira do Senhor. Ninguém pode se tornar cristão a força ou por obrigação; alem do que, a Igreja verdadeira não deve viver sobre a proteção de autoridade humana, mas sim do Senhor.
Com a declaração oficial da religião cristã como a religião do império, Constantino passou a participar e votar em concílios, os pagãos traziam os seus “deuses” e rituais para dentro das comunidades locais; os “inimigos de dentro” substituíram os “inimigos de fora”.
Podemos dizer que o catolicismo romano começou a se formar nesta época. A palavra “católica” significa “universal”, ou seja, o cristianismo agora era a religião do mundo imperial.
A igreja prosperou, mas o mundo entrou nela!
Sobre o trono de Satanás: Pérgamo havia sido uma cidade-estado grega, doada ao império romano em 133ac por Atallus III. Estavam sediados na cidade quatro dos maiores cultos aos deuses gregos: Zeus, Atena, Dionísio e Asclépio. Havia templos suntuosos para Júpiter, Atena, Apolo e Esculápio. A cidade possuía uma das formas mais antigas de adoração ao Diabo e um antigo culto babilônico chamado “culto dos magos”. Antes de João escrever o Apocalipse, Antipas morreu como mártir cristão em Pérgamo.
A cidade foi chamada de trono de Satanás porque aproximadamente em 487ac, após a tomada da Babilônia, a hierarquia sacerdotal da Babilônia fugiu para esta cidade. Na época do império romano; de Pérgamo, o sumo pontífice da ordem babilônica legou como herança, por lei, toda a sua autoridade e domínio à hierarquia babilônica de Roma, e assim, os Césares tornaram-se pontífices máximos e soberanos pontífices dessa organização idolatra (Júlio César foi eleito o primeiro pontífice em 74 ac) até que o título foi transferido para o bispo de Roma chamado Dâmaso em 378 dc..
Como pode ser notado, a influência da idolatria e do ocultismo eram enormes naquela cidade, e o ápice da depravação espiritual em Pérgamo estava no culto ao imperador romano.
Os perigos da influência pagã no seio da igreja eram enormes e reais, haja vista o “casamento” entre Igreja e Estado ter sido efetuado. Pérgamo era, sem dúvida, uma grande figura disto; pois nesta época da igreja a idolatria começou a penetrar dentro dela com todos os rituais ocultistas da Babilônia.
Podemos ver nesta época os ensinos errados penetrando na igreja...

  1. A doutrina de Balaão, que leva o povo a aceitar a idolatria;
  2. A doutrina dos Nicolaítas, reprovada no primeiro século, agora era permitida!

Jesus peleja contra esta Igreja com a espada que sai da sua boca, ou seja, com a sua palavra.
Quanto à recompensa ao remanescente desta época, temos:
A)O Maná escondido- O alimento espiritual que os sustentaria diante de tantas dificuldades e enganos.
B)A pedrinha branca com o novo nome – É algo particular entre Cristo e cada um dos seus servos individualmente. Essa pedra branca era usada nas eleições e o eleitor colocava na urna; nela estava escrito o nome do seu candidato, o nome que ele aprovava. Assim, a pedra branca fala da aprovação do crente por Cristo e o novo nome algo íntimo entre ele e o seu salvador.

II.4 - A quarta carta: Tiatira
O nome Tiatira significa sacrifício perpétuo; oferta contínua. Não devemos esquecer do detalhe de que a missa trás consigo um sacrifício contínuo sobre o altar, ao passo que a Bíblia nos ensina que Cristo morreu uma só vez pelos pecadores e agora vive para interceder por nós a destra do Pai.
Este período corresponde a época da consolidação do poder papal e da idolatria dentro da igreja. O que foi rejeitado em Éfeso e tolerado em Pérgamo; agora está efetivado em Tiatira. Este período da igreja abrange o intervalo de tempo que vai de 540dc até 1517dc.
Jesus apresenta-se como Filho de Deus em contraste com o “filho de Maria” apresentado pelo romanismo. Ele mostra a sua onisciência e santidade para esta igreja. A época foi marcada por grandes obras, entretanto estas obras não poderiam produzir salvação.
A corrupção que estava entrando na igreja, agora definitivamente se implantou ao ponto de ser chamada de “profundezas de Satanás”. Tiatira leva-nos ao pleno desenvolvimento do romanismo; a apostasia romana tem colocado uma mulher no lugar do Filho de Deus.
Jezabel era uma rainha idólatra pagã casada com um rei israelita. Ela perseguia os verdadeiros israelitas e mandava matar os profetas do Senhor; isto se aplica a igreja romana que tem o nome de cristã, mas perseguia, torturava e matava os verdadeiros servos de Cristo.
Deus tem dado um tempo para que haja arrependimento, entretanto, sabemos que este arrependimento não acontecerá! (v. 21). Por causa das suas aberrações, esta igreja passará pela grande tribulação (vs. 22,23).
Como em todas as épocas, sempre existe um remanescente fiel na Igreja (v.24).
A expressão “até que eu venha“, mostra que esta igreja ainda existirá na época do arrebatamento (v.25).
Aos que guardarem as obras de Cristo (aquelas que refletem a fé verdadeira) e não as obras mortas, Jesus promete que estes reinarão com Ele.
Como época, Tiatira durou até 1517, mas como Igreja, existirá até o arrebatamento, entretanto, não subirá para o encontro com o Senhor nos ares, mas ficará na tribulação.
Repare que a contar de Tiatira, todas as demais igrejas existirão até o arrebatamento, mas somente Filadélfia subirá.

Na próxima aula meditaremos sobre as três igrejas restantes, a saber: Sardes, Filadélfia e Laodicéia.































Seminário de escatologia - Parte IV
Análise do Apocalipse
Aula nº 4
Assunto: As sete Igrejas da Ásia Menor - Parte 2
Análise do capítulo 3

I- Introdução:
Nesta aula estaremos meditando nas três últimas cartas que estão no capítulo 3 do Apocalipse, a saber: Sardes, Filadélfia e Laodicéia. Assim como Tiatira, estas três últimas igrejas também existirão até o arrebatamento, porém apenas uma delas subirá para encontrar-se com o Senhor.

II- Apocalipse 3. 1-22- Os três últimos períodos da história eclesiástica

II.1 - A quinta carta: Sardes
Sardes significa renovado, no latim: O sol, o príncipe do gozo. Esta igreja corresponde ao período que compreende da reforma protestante até o grande avivamento missionário mundial. Podemos datar de 1517dc até 1750dc aproximadamente. Jesus se apresenta como aquele que tem a plenitude do Espírito a uma igreja que estava morta; também frisa que os líderes estão em suas mãos.
A reforma começou bem; uma resposta contra as abominações do catolicismo, porém, logo se desviou do propósito divino. Muitos aceitaram a proteção de reis e o uso da força como resposta a perseguição. O humanismo penetrou também na igreja e o formalismo exagerado tomou conta extinguindo a obra do Espírito Santo. Suas obras não foram íntegras diante do Senhor!
As igrejas resultantes da reforma que insistem em manter a sua inflexibilidade são atualmente igrejas sem vida.
Assim como nas fases anteriores, existe um restante (v.2) que ainda não morreu. Podemos perceber que o remanescente é pequeno (restante), são poucos os que permaneceram no verdadeiro ideal da reforma; ou seja, trazer de volta a pureza do Evangelho e tornar a Palavra de Deus acessível a todos os cristãos (v.4).
Vemos na promessa ao vencedor um caráter um tanto negativo: “de modo nenhum apagarei o seu nome do livro da vida” .
Existe ainda a promessa de santidade (vestes brancas) e também a confissão diante do Pai e dos seus anjos que mostram que em Sardes ainda havia aqueles que pertenciam ao Senhor.

II.2 - A sexta carta: Filadélfia
A palavra Filadélfia vem do grego e significa amor fraternal; amor entre os irmãos.
Esta igreja corresponde ao período que vai aproximadamente do ano de 1750dc até o arrebatamento. Assim como Sardes sai de Tiatira, Filadélfia sai de Sardes. Esta é a Igreja verdadeira no meio da Igreja professante. Filadélfia é o símbolo da Igreja que será arrebatada.
Em sua saudação, Jesus deixa claro o triunfo final da Igreja, isto nos lembra as palavras do Senhor em Mt 16.18 .
Filadélfia tem como características marcantes:
A) Pouca força – Sua força não é aparente, não está no mundo, mas em Jesus! Isto é bem diferente das Mega-igrejas que vemos por aí, dotadas de dinheiro e cobertas pela política e pela mídia. Filadélfia é simples!
B) Guardou a Palavra de Deus – Essencial para a Igreja que será arrebatada.
C) Não negou o nome do Senhor – Existem várias formas de se negar a Jesus; como, por exemplo, distorcendo a sua palavra, vivendo um falso testemunho cristão, sendo conivente com o mundo, etc...
Filadélfia não vive cheia de dinheiro neste mundo; mas um dia todos saberão o quanto Deus a ama.
v.10- Este versículo trás a promessa do arrebatamento para Filadélfia.
v.12- Quando um rei conquistava uma cidade, para marcar a sua vitória, erigia uma coluna com o seu nome. Cristo nos fará colunas, ele nos conquistou e a nossa vida será um marco da sua vitória!

II.3 - A sétima carta: Laodicéia
A palavra Laodicéia vem do grego e significa “justiça do povo”, “governo do povo”. Esta época não tem um começo muito preciso, porém sabemos que é recente. Este monstro começou a se formar neste penúltimo século e vai mostrar a sua face quando a igreja verdadeira for arrebatada, logo, Laodicéia ficará na terra durante a tribulação. Laodicéia caminha junto com Filadélfia no mundo, entretanto elas não possuem comunhão.
Quem dirige Laodicéia não é o Espírito Santo e sim o povo; mas...  “A voz do povo NÃO é a voz de Deus!”. Laodicéia procura satisfazer a vontade do homem, suas pregações satisfazem o ego humano, mas estão distantes da verdade.
Jesus se apresenta como o amém, ou seja, este é o último estágio da igreja professante. A maioria das igrejas que se dizem cristãs estão se afastando da verdade. Lembre-se que os períodos se referem à Igreja professante, mas a Igreja verdadeira invisível sempre existiu e permaneceu fiel em cada período, Deus sempre conserva um remanescente.
Características:
A) Morna – Ser morno é pior, pois acha que é salvo, mas na verdade não é; não aceita ajuda porque diz que está bem.
B) Rica e próspera – Ela ama o dinheiro! Lembramos da aberrante teologia da prosperidade. Acha-se auto-suficiente; “seu dinheiro pode comprar tudo”.
C) Aos olhos de Deus é... Infeliz, miserável, pobre, cego e nu.
v.18- Laodicéia precisa passar por provas para que mude e seja verdadeiramente rica! A verdadeira riqueza não é possuir bens nesta vida, mas possuir Jesus no coração!
Esta igreja precisa de santidade e discernimento.
Mesmo em Laodicéia ainda há esperança para quem se arrepender a tempo.
v.20- Concluímos que se Jesus está batendo na porta, significa que ele está do lado de fora, ou seja, Deus não está dentro desta Igreja. O Senhor quer entrar e ter comunhão (cear).
Para quem se arrepende, há a promessa de reinar com Cristo.

Até o arrebatamento, estarão na Terra: Tiatira (catolicismo), Sardes (protestantismo morto; ecumenismo; humanismo), Filadélfia (Igreja verdadeira) e Laodicéia (modismos, prosperidade, heresias). Somente Filadélfia será arrebatada!

  

A seguir, encerrarei esta aula deixando uma tabela comparativa entre as igrejas para facilitar o estudo...
AS SETE IGREJAS DA ÁSIA MENOR – APOCALIPSE, CAPÍTULOS 2 e 3.

As sete igrejas
Época
Significado
Período
Elogio
Repreensão
Éfeso
Pentecoste até 100dc
Desejável
Do início da Igreja até o fim da era apostólica
Trabalho árduo; perseverança; não suporta os maus; prova os falsos; sofre; não aceita a doutrina dos Nicolaítas
Deixou o primeiro amor
Esmirna
100 dc até 313 dc
Amargura; mirra
Época das grandes perseguições
Tribulação; pobreza material; martírio
Não há
Pérgamo
313dc até 540dc
Casado
Época do favor imperial; início do catolicismo
Retém o nome de Cristo e não negou a fé
Tolerância para com os que ensinam a doutrina de Balaão (idolatria) e doutrina dos Nicolaítas
Tiatira
540dc até 1517dc
Sacrifício perpétuo; oferta contínua
Período da consolidação do poder papal e da idolatria
Muitas obras
Idolatria; não quer se arrepender
Sardes
1517dc até 1750dc
Renovado
Período da reforma
Alguns poucos que não se contaminaram
Morte espiritual
Filadélfia
1750dc até ?
Amor fraternal
Como período, podemos datar aproxima-       -damente a contar dos grandes avivamentos missionários.
Trabalho, simplicidade, pouca força, guardou a Palavra e não negou o nome do Senhor
Não há
Laodicéia
Penúltimo século até ?
Governo do povo
Não se formou totalmente; vemos o seu início no péssimo testemunho cristão, heresias, ecumenismo...
Não há
É morna; Cristo não está dentro dela.



















































Seminário de escatologia - Parte IV
Análise do Apocalipse
Aula nº 5
Assunto: A Igreja no céu. 1ª parte
A visão do trono de Deus
I - Introdução
Neste ponto do livro do Apocalipse entramos na terceira parte do mesmo que tratará das coisas que depois destas hão de acontecer (ou seja, depois da época da Igreja). Lembremos que a contar deste capítulo, a Igreja não é mais vista na Terra e inicia-se a grande tribulação que corresponde a 70ª semana do livro de Daniel. Os capítulos 4 e 5 formam uma espécie de parêntese e mostram a Igreja no céu.
I – Visão do Trono de Deus - Análise do capítulo 4
O primeiro versículo corresponde aos textos de I Ts 4. 14-18 e I Co 15.50-58; e está situado no momento do soar da trombeta do arrebatamento.
v.1- Este versículo mostra o arrebatamento da igreja, o arrebatamento de João ao céu é uma figura do que ocorrerá com a Igreja. Repare que o capítulo se inicia logo após o fim da era da Igreja em Ap 3.22.
A primeira voz que João ouviu foi a voz de Cristo. O final do versículo mostra mais uma vez que as revelações a seguir tratarão de uma época após o arrebatamento.
v.2- O arrebatamento do apóstolo foi em espírito (ver I Co 15.50-52). A primeira coisa vista é um trono, este fala de autoridade, domínio e soberania. O trono é o trono de Deus Pai; logo adiante veremos que Jesus se apresentará. 
v.3- A primeira coisa que João vê no céu é o trono de Deus.
João não viu a forma daquele que estava assentado no trono, mas sim a sua glória! O sardônio era uma pedra vermelha e o jaspe brilhante, elas representavam a glória de Deus e o seu amor, cuja expressão máxima está no sacrifício redentor de seu Filho Jesus (Jo3.16). A esmeralda se refere a uma espécie de quartzo vítreo incolor que, em forma de prisma, decompõe a luz. O brilho era intenso!
O arco também nos lembra a aliança feita por Deus com os homens em Gn 9. 9-17. Este era um sinal de que Deus, em meio ao seu juízo, não deseja destruir totalmente o homem que criou.
v.4- Os vinte e quatro anciãos representavam os santos do Antigo e do Novo Testamento (12 x 12 = 24). Doze era o número das tribos de Israel que representam os santos do Antigo Testamento; os outros doze referem-se ao número dos apóstolos que representam a Igreja (os santos do Novo Testamento).
Nos 24 tronos estão assentados os 24 anciãos, portanto eles participam do reino. As coroas foram dadas como galardão para os santos; as vestes brancas mostram a santidade dos salvos. As vestes e as coroas mostram que são reis e sacerdotes! (Ap 1.6).
v.5- Os relâmpagos; vozes e trovões simbolizam o juízo que parte do trono.Podemos ver também a presença do Espírito Santo. O número sete representa a plenitude e a perfeição divina.
v.6- O mar de vidro nos revela a santidade perfeita e a pureza daquele que estava no trono. Devemos lembrar do tabernáculo e do templo; estes eram apenas figuras do santuário celestial.
Para que os sacerdotes entrassem na presença de Deus precisavam sacrificar no altar e se purificavam no mar de bronze, entretanto, aqui o mar era de vidro, pois Jesus morreu por nós e agora vemos a Igreja glorificada no céu com vestes brancas simbolizando a sua santidade, o que significa que não é preciso mais “lavar os pés”!
“Os quatro seres viventes” - Os seres viventes são os mesmos vistos em Ez 1.5-13;10.14,15,20. Em Is 6.1-3 são chamados de serafins (seres ardentes; de brilho intenso). As descrições em Isaías, Ezequiel e João são iguais, apenas com o detalhe de que Ezequiel não menciona o terceiro par de asas que se referem àquelas que cobriam a face voltada para o trono.
v.7- Os seres viventes estão ligados ao trono de Deus e sua eterna adoração; eles mostram a onipotência e santidade perfeita do criador, embora fossem seres poderosíssimos e de brilho intenso, não podiam olhar para aquele que estava assentado no trono! Podemos observar Cristo representado simbolicamente nas faces dos querubins:
Leão – Descrição de Jesus no Evangelho segundo Mateus – Rei e Messias
Bezerro – Descrição de Jesus no Evangelho segundo Marcos – O servo incansável
Homem – Descrição de Jesus no Evangelho segundo Lucas – O Filho do Homem
Águia – Descrição de Jesus no Evangelho segundo João – O Filho de Deus
Jesus é Rei; Servo; homem e Deus! Ele revela o que eestá assentado no trono; Ele é a expressa imagem do criador! (Jo14.8,9).
v(s)8-11- O capítulo encerra com dois cânticos diferentes.
O primeiro cântico é o dos seres viventes. (8,9)
O segundo cântico é o dos remidos representados pelos 24 anciãos (10,11).
Repare que os anciãos lançam as suas coroas, como se dissessem através deste ato: “Nós recebemos estas coroas; mas, na verdade não merecíamos, pois por tua graça e misericórdia nos fizestes reis e sacerdotes. Somente o Senhor é digno de reinar!”.
Na aula seguinte continuaremos a estudar este cenário no céu e falaremos sobre a visão do Cordeiro.








Seminário de escatologia - Parte IV
Análise do Apocalipse
Aula nº 6
Assunto: A Igreja no céu. 2ª parte
A visão do Cordeiro

I - Introdução
Continuamos neste capítulo a relatar os fatos que se sucedem no céu após o término da época da Igreja. O capítulo 5 fará uma introdução aos eventos que ocorrerão na Terra durante a Grande Tribulação.
Podemos observar que os capítulos estudados continuam em ordem cronológica.

I – Visão do Cordeiro - Análise do capítulo 5
Este capítulo é uma continuação do anterior...

v.1- Sobre o livro, sabemos que estava na destra do que estava assentado no trono, sabemos também que estava selado com sete selos e que quando o Cordeiro abria cada selo (Capítulos 6 e 8), uma nova revelação acontecia e era executado um juízo; por isso podemos afirmar que o livro continha a declaração do que havia de acontecer e somente Cristo tinha o direito e poderia revelar.
“por dentro e por fora” ; ou seja, todo escrito. Indica que trazia uma revelação plena.
v.2-  Um anjo forte, ou seja, poderoso.
O livro estava fechado porque ninguém era digno de abri-lo.

v.3- Céu, Terra e debaixo da Terra, é uma forma de enfatizar que ninguém jamais pode ou poderia abrir o livro e nem mesmo olhar para ele.

v.4- O choro de João mostrava a situação de toda humanidade: Não havia um ser humano digno; nem mesmo ele próprio! Não há um justo sequer!
Quem poderia fazer justiça? Quem poderia reinar com justiça?

v.5- Leão da Tribo de Judá; título dado a Jesus- Gn 49.9-11
Raiz de Davi- Refere-se a Jesus como descendente de Davi- Is 11.10
Jesus era digno porque venceu; ele morreu na cruz por nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação!
Somente Jesus pode abrir o livro, pois padeceu como homem e jamais pecou, tendo sido obediente até a morte; e morte de cruz!
Jesus nos entende (Hb 4.14-16) e nenhum ser humano poderá questionar o julgamento de Cristo, pois Cristo experimentou todas as provas como homem.

v.6- Este Cordeiro é o mesmo Leão de Judá; antes de ser rei ele se tornou Cordeiro, e, como tal, foi inocente para o matadouro e deu a sua vida por nós! (Is 53.7; Fp 2.5-11).
Os sete chifres mostram que Jesus possui a plenitude da autoridade e governo.
Ele possui também a plenitude do Espírito Santo!
v.7- Jesus pega o livro.

v(s)8-14- Adoração no céu- Cristo é adorado!
Existem motivos de sobra para Jesus ser adorado...
A)- Cristo é adorado porque pegou o livro, ou seja, ele é digno e fará justiça! Ele reinará e cumprirá todas as promessas feitas pelo Senhor.
Harpa é um instrumento associado à realeza.
Um detalhe: Podemos notar o quanto as nossas orações são valiosas!
B)- No primeiro cântico ele é adorado porque morreu por nós e com o seu sangue nos comprou! (vs. 8 a 11)
Também nos fez reino e sacerdotes.
Reinarão - Isto se refere aos 24 redimidos e não aos anjos. A redenção inclui reinar com Cristo sobre a Terra!
C)- No segundo cântico, os anjos o adoram.  (vs. 11 e 12).
D)- No terceiro cântico, anjos e santos adoram ao que está assentado no trono e ao Cordeiro. (v. 13,14). Toda criação une suas vozes à hoste de anjos e arcanjos e cantam louvores; não somente ao Cordeiro ou ao que está assentado no trono separadamente, mas sim, ao Pai e ao Cordeiro conjuntamente, deixando clara a posição exaltada de Cristo.

Na próxima aula começaremos a estudar os eventos da grande tribulação. O cenário passará do céu para a Terra.





































Seminário de escatologia - Parte IV
Análise do Apocalipse
Aula nº 7
Assunto: O início da Tribulação
A abertura dos seis primeiros selos
 
I - Introdução
Com o início do capítulo 6, o cenário dos acontecimentos passa para a Terra. O espaço que abrange os capítulo 6 a 19, corresponde a 70ª semana do livro de Daniel descrita em Dn 9. 24-27 que durará 7 anos; será um período de sofrimento, quando Deus derramará a sua ira sobre a Terra. Este espaço de tempo também é chamado de Tribulação e encerra-se com o relato da volta de Jesus no capítulo 19; quando o Senhor destrói o império do Anticristo, encerra a Grande Tribulação e implanta o seu reino milenar.
A maioria dos comentaristas prefere chamar de grande tribulação apenas à segunda metade dos sete anos devido aos fatos terríveis que sucederão nos últimos três anos e meio e porque o Anticristo quebrará o pacto com Israel neste tempo, quando será colocada a abominação da desolação no lugar santo. Serão tempos de grande angústia para Israel. Já na primeira metade, haverá muitas catástrofes, guerras, fomes e pestes, entretanto, não se comparam com o final da semana, quando o Anticristo vai mostrar quem realmente ele é e tentará destruir Israel.
Devemos recordar que do capítulo 4 até o final do livro, estamos tratando da parte que se refere “as coisas que depois destas hão de acontecer”, ou seja, o que acontecerá após o arrebatamento da Igreja, e, conseqüentemente, o encerramento da época da Igreja. Recordemos ainda que os capítulos 4 e 5 mostram a Igreja no céu e são uma espécie de introdução (principalmente Ap 5 ) para o que ocorrerá na Terra.

Enquanto no céu a Igreja se alegrará com o Senhor e será galardoada; na Terra, os que ficaram, passarão por grandes sofrimentos, tal como jamais houve na história e nunca mais haverá!
A Igreja não será mais o povo de Deus na Terra, pois já terá sido arrebatada;  logo, o Senhor passa a tratar novamente com Israel.
Os juízos de Deus serão executados sobre toda a humanidade, mais terão como alvo principal a nação de Israel a partir da segunda metade da Tribulação.

  

Até aqui os eventos estão ordenados cronologicamente, entretanto, a partir de agora, nem sempre isto ocorrerá, pois haverão parênteses que são colocados pelo autor entre a seqüência dos eventos narrados.

I – Os seis primeiros selos- Análise do capítulo 6
Este capítulo também é uma continuação do anterior; o capítulo 5 mostrou quando o Cordeiro pegou o livro que estava na destra do que estava assentado no trono. Este livro continha a declaração do que havia de acontecer na Terra após o arrebatamento.
v.1,2-  O primeiro selo é aberto e o primeiro cavaleiro avança! Inicia-se a tribulação na Terra.
A palavra vê (como está na ARC e ACF) não se encontra nos melhores manuscritos.
Quando colocamos a palavra vê; a impressão que temos é a de que o ser vivente se dirige ao Apóstolo; mas o mais correto é como está na ARA (também na AC; NVI; BLH; NTLH e A SÉC.21) que omite a palavra vê e o sentido exato é de que é dada a ordem para que o primeiro cavaleiro se manifeste. O mesmo ocorrerá nos versículos 3,5 e 7.
O manifestar deste cavaleiro corresponde a II Ts 2.6-12. Não se trata de Cristo, a sua volta à Terra encontra-se relatada em Ap 19.11-16, mas sim do Anticristo; este imita o verdadeiro Messias. A única semelhança entre os cavaleiros é o cavalo branco que simboliza vitória.
O arco sem flechas na mão do cavaleiro mostra uma falsa paz; também simboliza aliança. No início, o Anticristo procurará mostrar uma falsa paz, ele fará uma aliança com Israel na primeira metade da semana e muitos (a maioria) judeus o receberão como Messias. A coroa mostra que ele reinará (por um tempo).
Vimos na matéria de escatologia e análise de Daniel, que, no início, o Anticristo partiria para uma grande conquista, sairia como vencedor e ampliaria muitíssimo o seu domínio.
Com o manifestar do Anticristo e o início da Tribulação, segue-se a desgraça; entretanto, o pior estará por vir nos últimos três anos e meio...

v.3,4- O segundo selo é aberto
Com o segundo cavaleiro é tirada a paz na Terra. A espada aqui é literal e significa guerra!

v.5,6- O terceiro selo é aberto
O terceiro cavaleiro mostra um racionamento de alimentos, provavelmente devido à escassez dos mesmos.
Um denário era o salário de um dia de trabalho. Os homens trabalharão para adquirir apenas uma porção da comida diária. A medida de trigo e as três medidas de cevada é a porção diária destes cereais necessária para apenas uma pessoa; considerando-se uma família de quatro pessoas, na qual apenas um trabalha, qual será a situação?
Repare que são atingidos especialmente os alimentos básicos, isto torna os pobres primeiramente vulneráveis (trigo e cevada não são artigos de luxo), já os ricos não sentirão muito no início, pois os seus artigos de luxo ainda existirão (azeite e vinho).

v.7,8- O quarto selo é aberto
O quarto cavaleiro trás consigo a morte. Amarelo (pálido) é a cor dos cadáveres! Será morta a quarta parte dos habitantes da Terra!
A morte vem através de:
a)- Espada = Guerra
b)- Fome – Será uma fome tal qual nunca houve na Terra
c)- Mortandade = Doenças; pestes
d)- Feras da Terra – Literalmente, predadores ferozes; caçadores.
A palavra para “feras da terra”, no original, da à idéia de seres selvagens; predadores prontos para a caça. Não podemos esquecer também que o Senhor, para executar o seu juízo, pode usar também do seu poderoso exército de gafanhotos, vermes e bactérias. O mais importante é percebermos que há uma metáfora que soa como que se a destruição dos homens estivesse sendo preparada, como se eles fossem ser caçados como presas!

v.9-11- Aberto o quinto selo
O martírio dos santos começa...
Muitos morrerão por dois motivos:
a-Palavra de Deus – Morrerão por causa da pregação.
b-Testemunho que sustentavam – Morrerão por causa de suas vidas, não negarão a fé e afirmarão que pertencem a Deus.
São vistos debaixo do altar, ou seja, cobertos pelo sacrifício do Cordeiro. Isto indica que são salvos!
Estas almas são de santos, entretanto, os que são mortos na tribulação não fazem parte da Igreja, ressuscitarão apenas após o término dos sete anos da tribulação. Eles estarão no paraíso aguardando.
O fato de clamarem, nos mostra:
a- Que os mortos estão em estado de consciência
b- Eles pedem vingança- Haja vista a era da Igreja ter se encerrado, o pedido de vingança é feito tal como no Antigo Testamento. Não podemos esquecer de que após o arrebatamento, Israel é o povo de Deus na Terra (obviamente que nem todos que dizem ser judeus são judeus de coração).
As vestes brancas mostram mais uma vez a salvação, eles também foram purificados pelo sangue do Cordeiro. Aqui é dada uma certeza de que ressuscitarão.
“... até que também se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram.” - Muitos ainda haviam de morrer até que os sete anos se completassem, somente então ressuscitariam todos os mártires juntos, no término da tribulação.

Haverá salvação durante a tribulação, entretanto, o sofrimento será altíssimo!

  

12-17- O sexto selo
Este selo trás consigo um grande terremoto; repare que o terremoto atinge todo o planeta e vem acompanhado de uma terrível chuva de meteoros (possivelmente seja a causa do grande abalo). As “estrelas que caem do céu” não poderiam ser estrelas, mas trata-se de meteoros; João apenas estava usando a linguagem da sua época e o conhecimento que tinha a sua disposição. A inspiração, as revelações e as visões são de Deus, mas o escrever cabe ao Apóstolo, e este, usou a linguagem e o estilo de escrita que lhes são próprios.
O efeito do tremor de Terra é tão grande que a poeira levantada se estende pela atmosfera e cobre a luz do sol.
No versículo 15 percebemos que a catástrofe atinge todas as classes de pessoas e nos versículos seguintes vemos que os homens reconhecem se tratar das mãos de Deus, entretanto, não significa que se arrependeram!

Amados; antes da abertura do último selo há um parêntese no capítulo 7, onde veremos alguns detalhes. Estaremos analisando estes pormenores na nossa próxima aula, juntamente com a abertura do sétimo selo.











Seminário de escatologia - Parte IV
Análise do Apocalipse
Aula nº 8
Assuntos:
Capítulo 7 - Os dois grupos de salvos
Capítulo 8 - O sétimo selo e toque das trombetas
I - Introdução
Amados irmãos; para que haja uma melhor compreensão do livro, é necessário ter em mente que existem capítulos que não estão obrigatoriamente em ordem cronológica de fatos, apesar de estarem em ordem cronológica de revelação, ou seja, João escreveu todo o livro na ordem em que recebeu de Deus as revelações, mas existem parênteses no decorrer do livro que trazem detalhes sobre os fatos narrados ou nos dão um entendimento mais amplo do contexto do livro.
II- Os dois grupos de salvos - Ap 7.1-17
O capítulo sete interrompe a seqüência de abertura dos selos para trazer alguns detalhes a respeitos dos que serão salvos durante a tribulação.
Note que existe uma seqüência de juízos ao longo do livro que estão representados respectivamente por:
1º) Sete selos
2º) Sete trombetas
3º) Sete taças
Repare ainda que o sétimo selo trás as sete trombetas e a sétima trombeta trás as sete taças...
Quando o último selo for aberto (capítulo 8), começará a soar as trombetas e a ira de Deus continuará a ser derramada sobre a Terra. Imagine quão grandes juízos ainda estão reservados... A tribulação continuará e Deus apertará o cerco em relação a Israel conforme se iniciar os últimos três anos e meio da septuagésima semana. Sabemos que nos primeiros anos o Anticristo fará um pacto com Israel, mas este pacto será quebrado na metade dos sete anos. As trombetas correspondem à segunda metade da tribulação, mas antes das trombetas soarem, o Apóstolo mostra que mesmo em meio a tão grande angústia, Deus preservará o seu povo.
O objetivo deste parêntese é mostrar que Israel será preservado através de um remanescente que será poupado pelo Senhor. O capítulo também mostra que muitos dentre as nações da Terra serão salvos apesar de todo martírio, destruição e sofrimento. O capítulo é um incentivo diante da revelação das terríveis coisas que hão de acontecer sobre a Terra!
A- O primeiro grupo de salvos (Ap 7.1-8)
No versículo 1, os quatro ventos mostram a agitação que em breve abrangerá toda a Terra (quatro cantos).
Os anjos possuem um ministério bastante ativo no livro do Apocalipse, eles são vistos tanto como mensageiros, como também como agentes de Deus para derramar a sua ira. No caso, os quatro anjos causariam agitação nas nações.
Antes que se prosseguissem os juízos, seria necessário marcar os servos de Deus.
O anjo do versículo 2 não é o Senhor porque durante a tribulação ele estará com a Igreja no céu; o selo não se refere aos selos do livro, pois estes somente podiam ser abertos pelo Cordeiro.
Trata-se de um anjo de Deus (ter o selo do Deus vivo significa ter a marca de Deus) com a missão de conter os outros anjos até que os escolhidos fossem marcados (v.3).
4-8 - Os selados são Israelitas (“de todas as tribos dos filhos de Israel”)
Deus conservará um remanescente judeu para poupar aquela nação. As promessas feitas por Deus aos patriarcas e ao seu povo pelo ministério dos profetas ainda não aconteceram.
O Senhor cumprirá a aliança feita com o seu povo através dos pactos Abraâmico, Palestino e Davídico; para isso, Jesus voltará como Messias e reinará em Jerusalém sobre todas as nações, entretanto a nação de Israel precisa ser tratada e purificada; por este motivo o Senhor conservará intacto um remanescente a fim de que a nação não seja totalmente destruída durante a Grande Tribulação.
B- O segundo grupo de salvos (Ap 7. 9-17 )
Este segundo grupo é formado pelos mártires da Tribulação.
O Evangelho do Reino será pregado durante a tribulação e muitos vão esperar a volta de Jesus para reinar.
Sobre este grupo podemos notar:
9- É formado por pessoas de todas as nações, que crerão na mensagem do Evangelho do Reino. Trata-se de uma grande multidão.
Durante a tribulação, muitos passarão pelo martírio por crerem em Cristo e não servirem a Besta.
Obs: Os 144.000 judeus serão marcados e poupados; passarão por toda Tribulação sem serem mortos, diferentemente deste grupo que não será poupado do martírio.
Estarem diante do Cordeiro é um avanço da visão até o final, ou seja, Deus está mostrando que serão salvos, apesar de todo sofrimento que os espera.
As vestes brancas mostram a vitória, a santificação e a glorificação que receberão.
Palma é símbolo de vitória.
Outra observação: os mártires possuem vestes brancas e trazem palmas em suas mãos, receberão a vitória; entretanto, somente a Igreja é vista coroada!
10- O cântico que cantavam glorificava a Deus Pai e ao seu Filho Jesus, por causa da salvação que alcançaram.
11,12- Todo o céu também se alegra e adora a Deus por causa da sua misericórdia e tão grande salvação. Observe que os vinte e quatro anciãos participam desta adoração o que diferencia este grupo da Igreja, haja vista os anciãos representarem os santos do Antigo Testamento e a Igreja.
13-17- Estes versículos nos revelam mais detalhes sobre esta grande multidão e quem são estas pessoas. Não devemos “tentar adivinhar” porque as respostas estão no próprio texto...
Vejamos então:
A pergunta do ancião é feita com o objetivo de ser revelado ao Apóstolo o significado da visão. Com a própria pergunta vem a resposta!
A multidão é composta de todas as pessoas que foram mortas durante a Grande Tribulação (os mártires da tribulação) e foram salvas pelo sacrifício de Jesus.
Eles servirão a Cristo.
A referência a não terem mais fome, sede ou não serem mais molestadas pelo sol nos lembra justamente as coisas que acontecerão com a humanidade, inclusive com eles, durante a Tribulação.
“E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima.”. Este texto (v. 17) refere-se a enxugar as lágrimas do sofrimento daqueles que vieram da tribulação.
Após mostrar que poupará um remanescente judeu e trazer consolo e incentivo revelando a vitória final dos que serão martirizados, o Senhor continuará a revelar os acontecimentos da Grande Tribulação com a abertura do último selo e o início do soar das sete trombetas. Encerra-se aqui o primeiro parêntese do livro e voltamos à ordem cronológica...
 III- O sétimo selo e toque das trombetas - Ap 8.1-13
Ao ser aberto o sétimo selo, inicia-se o toque das sete trombetas. Estamos na metade da tribulação.
1-6-O sétimo selo é aberto. Houve silêncio; provavelmente para mostrar a seriedade das coisas que estão para acontecer.
Podemos ver claramente que as trombetas partem da abertura do sétimo selo, do mesmo modo que mais adiante as sete taças seguirão a sétima trombeta.
É interessante notar que as nossas orações jamais se perdem, elas sobem como cheiro suave diante do Senhor e sempre serão respondidas. No caso do capítulo que estamos estudando, estas orações parecem ser o clamor dos santos por justiça, ao que Deus responde derramando a sua ira sobre a Terra. O derramar do juízo é simbolizado pelos trovões, vozes, relâmpagos e terremotos.
III.1)- As quatro primeiras trombetas.
Os juízos tornam-se mais severos com o toque das trombetas. A Terra sofrerá um pesado castigo.
7-A primeira trombeta: Saraiva (chuva de pedras incandescentes).
É queimado 1/3 da terra, das árvores e da erva verde.
8,9- A segunda trombeta: A terça parte do mar é atingida, morrendo 1/3 dos seres marinhos. Também 1/3 das embarcações são atingidos.
Uma grande montanha ardendo em fogo atirada no mar é a causa da destruição!
Esta montanha ardendo em chamas pode ser um grande meteoro, entretanto é difícil de interpretar com exatidão o que será; mas o certo é que ela provocará um enorme desastre e um grande impacto à humanidade!
10,11- A terceira trombeta: Agora são as águas doces (rios) que são atingidas em sua terça parte e tornam-se contaminadas. Quem beber destas águas morrerá! Isto causará uma escassez de água potável tal como nunca houve!
Absinto- Vem do hebraico e significa fel; amargura.
Repare que os recursos da Terra estão sofrendo drástica redução.
Do mesmo modo que a montanha do versículo 8, é difícil de interpretar com exatidão que estrela é esta, mas igualmente o efeito sobre as águas será literal.
Obviamente que o Apóstolo usou a linguagem e conhecimento que possuía em sua época, visto que literalmente uma estrela não poderia cair na Terra. Pode ser que o texto esteja se referindo a um outro corpo celeste que cai na Terra, como um meteoro, por exemplo, causando impacto sobre os rios e as fontes.
Vale observar que alguns expositores consideram ser possível que o texto também pode estar se referindo a um tipo de poder demoníaco que fere as águas, haja vista os anjos caídos serem representados por estrelas caídas do céu. (Ap 12.4). Note que na seqüência outros anjos caídos serão soltos do abismo e ocuparão a Terra.
12,13- A quarta trombeta: A luz do sol, da lua e das estrelas perdem um terço do seu brilho.
Isto me lembra o céu no Estado de São Paulo; raramente podemos olhar para o alto e ver o céu aberto, azul e brilhante por causa da poluição. Obviamente que o relato do que lemos no Apocalipse é muitíssimo pior; mas quando vemos as mudanças climáticas que acontecem em nossos dias por causa do aquecimento global ocasionado pela poluição, parece que estamos vendo o cenário da tribulação sendo montado.
Imagine o impacto que as quatro primeiras trombetas causarão na humanidade! Mas o pior ainda está para acontecer...
A águia do versículo 13 mostra a velocidade e brevidade com que virão os juízos das três últimas trombetas; os três ais sinalizam a gravidade do que está para acontecer com o toque das trombetas que ainda restam.
As três últimas trombetas superam as anteriores em gravidade.
Na próxima aula estaremos analisando o capítulo 9.






Seminário de escatologia - Parte IV
Análise do Apocalipse
Aula nº 9
Assunto:
Capítulo 9 – A 5ª e a 6ª trombeta

I - Introdução
Amados irmãos; o capítulo 9 do livro do Apocalipse relata o que ocorrerá quando tocar a 5ª e a 6ª trombeta; a última trombeta soará apenas no capítulo 11.15; antes haverá um parêntese que abrangerá do capítulo 10.1 até o versículo 11 do capítulo 14.
Estaremos analisando nesta aula o capítulo 9.

II- A quinta trombeta: Ap 9.1-12
Antes de meditarmos nestes versículos, é necessário obtermos algumas informações importantes...
O nome Satanás significa adversário (hebraico) e Diabo significa acusador (grego). Estes são alguns dos títulos dados a Lúcifer (palavra que significa aquele que brilha; estrela da manhã); o anjo caído que rebelou-se por causa da sua soberba e arrastou consigo em sua rebelião 1/3 dos anjos do céu. Leia: Is 14.11-15; Ez 28.11-19; Lc 10.18 e Ap 12.3,4 .
Deus não criou o Diabo, aliás, nenhum mal procede de Deus. O Senhor criou os anjos e lhes deu livre arbítrio. Lúcifer, o anjo mais formoso, chamado de aferidor de medida (termo que dá a idéia de padrão - ver o texto citado acima no livro de Ezequiel), rebelou-se, e com a sua queda passou a ser chamado de Satanás. Lúcifer e seus anjos aliados foram expulsos do céu em uma batalha, na qual Miguel liderou os anjos fieis ao Senhor; esta guerra aconteceu antes mesmo do homem ter sido criado.
Nesta rebelião, Lúcifer conquistou príncipes angelicais; líderes, os quais não deram importância para a posição que lhes foi conferida pelo Senhor. O pecado destes anjos foi gravíssimo, porquanto eles tinham sob sua influência um número incontável de anjos. Estes príncipes esperaram que Lúcifer pudesse lhes dar algo melhor do que o Senhor lhes deu.
O Senhor prendeu estes anjos caídos no poço do abismo (II Pe 2.4; Jd 1.6) e isto serve de exemplo em especial para aqueles que possuem cargos de liderança e ensinam na Igreja, pois a responsabilidade é enorme, haja vista poderem levar outros ao erro e a queda; os demais anjos caídos permanecem soltos por um tempo, liderados por Satanás e são chamados de demônios.
Satanás colocou o seu “trono” nos ares (Ef 6.12), mas será expulso também das regiões celestiais na Grande Tribulação e colocará o seu trono na Terra. Se hoje já está horrível, imaginem quando Satanás colocar o seu trono na Terra, sabendo que tem apenas sete anos para agir (Ap 12.12). Detalhe: A Igreja não estará mais na Terra e o Espírito Santo não habitará mais no homem como acontece na dispensação da Graça.
Atualmente o “quartel general” do Diabo ainda localiza-se nas regiões celestiais (Ef 6.12), mas durante a Tribulação, o centro de suas ações será na Terra.
Alguns pensam que Satanás está preso, isto é um grande engano! O inimigo de nossas almas está solto; ele é o príncipe das potestades do ar (Ef 2.2).
O Diabo também é chamado de: Grande Dragão (Ap 12.3,4 e 7); Antiga Serpente (Ap 12.9); Belzebu (Lc 11.15); Abadom (heb: Destruidor- Ap 9.11); Apolion (gr: Destruidor - Ap 9.11); Príncipe deste mundo (Jo 16.11); Homicida (Jo 8.44); Pai da mentira (Jo 8.44); Ladrão (Jo 10.10).
Agora que você possui todas estas informações, passaremos a meditar no capítulo 9...

v.1-3- A estrela que caiu do céu na Terra sem dúvida alguma é o próprio Satanás.
Vemos que a chave do poço do abismo é dada nas mãos dele.
Imediatamente o Diabo solta todos os anjos caídos que se encontravam presos no abismo. Lembre-se que estes são mais fortes do que os demônios que estão soltos.
Amados, a situação da Terra ficará aterrorizante!
Gafanhotos - símbolo de demônios na Bíblia.

v.4-6- Os demônios somente poderão tocar naqueles que não pertencem ao Senhor. Estes homens ímpios serão torturados, mas não morrerão. O tormento durará cinco meses.

v.7-11- A aparência dos anjos caídos é terrível; e Satanás é o líder deles!

v.12- Este é apenas o primeiro ai! Restam ainda duas trombetas!

III- A sexta trombeta: Ap 9.13-21
v.13- A 6ª trombeta é tocada e o poder satânico sobre a Terra aumenta mais ainda.
O tabernáculo e seus utensílios, os quais Deus mandou que fossem construídos por Israel através de Moisés, eram uma figura do culto perfeito no céu. O altar mencionado aqui é o altar de incenso feito de ouro que ficava diante do véu. No céu, na realidade, não existem estes objetos, aliás, nem se fazem necessários.
Neste versículo, a voz vem do altar simbolizando que o juízo partia do Senhor; além disso, quando alguém segurava em uma das quatro pontas do altar era livre da morte, ninguém poderia ser morto ao segurar a ponta do altar, isto reforça a idéia de que os servos de Deus são guardados por ele; embora saibamos que serão martirizados e perseguidos, eles serão poupados do poder satânico.
Irmãos, o Senhor permitirá o martírio, eles serão perseguidos pelo Anticristo, mas serão poupados do ataque direto de Satanás.
Assim como o Senhor poupou o povo de Israel no Egito na morte dos primogênitos, o Senhor guardará o seu povo das mãos do Diabo!

 v.14- A 6ª trombeta ao soar, intensifica a força satânica sobre a Terra com a soltura de mais quatro anjos caídos, estes, entretanto, estavam presos em um região espiritual próxima ao rio Eufrates.
Sobre este rio lembramos que:
Banhava o Édem Gn 2.10-14; será um dos limites das fronteiras de Israel Ex 23.31; Dt 11.24 e localizava-se na Babilônia, nação marcada pela idolatria, símbolo de abominação.

v.15-  “...preparados para a hora, o dia, o mês e o ano...” - Tudo está dentro do controle do Senhor, de acordo com a sua soberania.
Estes anjos caídos matarão a terça parte dos homens. Repare que os anjos que saíram do abismo no toque da 5ª trombeta, torturam os homens durante cinco meses, mas estes não morrerão; entretanto, ao tocar a 6ª trombeta, 1/3 dos homens serão mortos!
A esta altura, a população da Terra já estará reduzida.

v.16-19-  Estes seres possuem a sua disposição uma cavalaria totalizando 200.000.000 (20.000 x 10.000). Não sabemos se está referindo-se a um exército de seres espirituais (demônios). Isto é perfeitamente aplicável ao texto.
A interpretação literal do texto, ou seja, a de que são seres demoníacos, trará menos problemas de hermenêutica, mas vale registrar também a seguinte interpretação (menos provável):
Alguns interpretam a descrição dos gafanhotos da 5ª trombeta (9.7-10) como sendo aviões de guerra e a cavalaria da 6ª trombeta (9.16-19) como tanques de guerra. Se assim for, os demônios levariam os homens a atacarem uns aos outros. O ataque aéreo seria de precisão; a famosa “guerra cirúrgica” feita para torturar e abalar psicologicamente, enquanto que o terrestre traria morte. Um exército de 200 milhões é possível, vale lembrar que a China, por exemplo, poderia perfeitamente colocar um exército destas proporções em combate, pois a sua população ultrapassa a um bilhão de pessoas. A Índia tem aproximadamente 800 milhões de habitantes.

v.20,21- Apesar de tudo, os homens que escaparam destes flagelos continuaram maus e não se arrependem dos seus pecados.
Obs.: A disciplina para o servo de Deus leva ao arrependimento, correção e edificação; mas para os ímpios, a disciplina endurece a cerviz!

Amados; estudaremos o 2º parêntese do livro em nossa próxima aula





































Seminário de escatologia - Parte IV
Análise do Apocalipse
Aula nº 10
Assuntos:
Análise de Apocalipse 10.1- 11.14- O 2º parêntese
Análise de Apocalipse 11.15-19- A sétima trombeta 

I – Introdução
Nesta aula estaremos analisando os capítulos 10 e 11.
O espaço que engloba Ap 10.1-11.14, corresponde ao segundo parêntese do livro, e Ap 11.15-19 corresponde ao retorno da ordem cronológica com o soar da sétima trombeta.
Assim como antes de abrir o sétimo selo e iniciar o toque das trombetas houve um parêntese, do mesmo modo, antes de soar a sétima trombeta e serem derramadas as sete taças, existe um parêntese o qual estudaremos nesta aula.

II- Análise do capítulo 10
A primeira visão deste parêntese se encontra neste capítulo...

v.1-4- Este anjo forte é o próprio Senhor Jesus (a palavra anjo não se refere apenas aos seres espirituais, veja Ap 1.20, onde os anjos das igrejas são os pastores; mensageiros), podemos concluir isto devido a sua descrição:
Envolto em nuvem - significa revestido da Glória de Deus;
O arco – simboliza a aliança;
O rosto como sol – poder, divindade (ver Ap 1.16);
As pernas como colunas de fogo – No caso, o fogo da provação; as pernas mostram o caminhar, ou seja, Jesus foi provado em todo o seu caminhar aqui na Terra, mas venceu e jamais pecou (ver Ap 1.15).
Jesus encontra-se no céu com a Igreja, mas não podemos esquecer que se trata de um parêntese.
O livrinho mostra que está para se findar os juízos executados sobre a Terra no período da tribulação; a ira de Deus derramada sobre a Terra estará se encerrando com o tocar da última trombeta.
Algumas teorias sobre o livrinho:
A)- Indica que o fim está próximo, a conclusão do derramar da ira de Deus e a purificação de Israel;
B)- O livro de Daniel;
C)- A Bíblia;
D)-Um outro livro de juízos.
Das opções acima a mais correta e coerente é a primeira.
Os seus pés estão sobre o mar (as nações gentílicas) e sobre a Terra (Israel), ou seja, o restante das coisas que estão para acontecer dizem respeito a Israel e as demais nações. Também indica que o seu domínio estende-se sobre todo mundo.
Sobre os sete trovões: Não nos foi revelado; tentar descobrir certamente levará à heresia. Se o Senhor quisesse revelar, deixaria escrito neste livro, o qual contém tantos detalhes sobre o fim.

v.5-7- Confirma a interpretação acima, ou seja: Já não haverá demora!
Ao soar a sétima trombeta tudo estará cumprido!

8-10- É doce sabermos da vitória final que o Senhor dará ao seu povo, mas quando nos é revelado o modo pelo qual ela virá, isto poderá ser amargoso devido ao sofrimento que será necessário. Israel seria purificado, mas para isto, seria necessário ser espremido; passar pelo fogo da provação! Quanto mais o desfecho da tribulação se aproxima, mas Israel será apertado.
Isto nos lembra dos dias de Jeremias; Deus mostrou ao profeta que trataria com a nação, mas ao ver o que aconteceria, Jeremias sofreu muito!
Amados, muitas vezes oramos e pedimos a salvação de um parente, ou uma determinada vitória, ou ainda uma libertação em certa área da vida, mas não podemos imaginar como será a resposta às nossas orações, não sabemos como Deus agirá, mas certamente ele fará o melhor para a nossa vida!

11- Apesar de tudo o que esperava a nação de Israel, apesar de tudo o que seria revelado, João não podia desanimar, ele ainda continuaria o seu ministério.
Quando Deus nos mostra alguma luta, isto é para sabermos que ele estará conosco e nos dará força e vitória!

Concluindo: Esta primeira visão mostra que está para se encerrar o tratamento que Deus está dando a nação e a Terra por causa de todos os seus pecados.

III- Análise do capítulo 11.1-14

v.1,2 – Estes versículos introduzem a segunda visão do parêntese.
O templo aqui mencionado é o que será construído durante a tribulação (ver Dn 9.27; Mt 24.15,21). Sabemos que houve dois templos e um outro será construído, a saber:
a)-O 1º construído por Salçomão e destruído pelos caldeus;
b)-O 2º construído por Zorobabel, ampliado por Herodes e destruído pelos romanos;
c)-O 3º será construído por Israel na tribulação e será profanado pelo Anticristo.
O templo estará sob a administração dos judeus na primeira metade da tribulação, repare que aos gentios é dado pisar apenas o átrio externo. O Anticristo fará um pacto com Israel e a grande maioria irá acreditar que ele é o Messias, entretanto, na metade da semana ele quebrará o acordo e profanará o templo.
Estes mesmos gentios são vistos dominando e esmagando a cidade de Jerusalém por 42 meses que correspondem a três anos e meio; a segunda metade da tribulação.
Antes que isto aconteça, Deus enviará as suas duas testemunhas que estarão profetizando durante a primeira metade da tribulação...

v.3-13- 1260 dias = 3,5 anos; ou seja, a primeira metade da tribulação. Não podemos esquecer que estamos em um parêntese e este não está em ordem cronológica. O objetivo é mostrar que os homens não têm desculpas! As testemunhas comprovariam a maldade dos homens (ver Mt 18.16).
As duas testemunhas são profetas. Sabemos que:
a)- Estão diante do Senhor (v.4);
b)- Não poderão ser detidas e ninguém poderá impedir que profetizem (v.5);
c)- São revestidas de poder para operar maravilhas (v.6)
d)- Os sinais que realizam são semelhantes aos operados através de Moisés e de Elias (v.6);
e)- Profetizarão em uma época de grande apostasia, tal como na época Acabe e Jezabel.
f)- Somente serão mortas quando concluírem a missão (v.7);
g)- O Anticristo irá matar as duas testemunhas (v.7);
h)- O anticristo deixará o cadáver das testemunhas exposto apodrecendo ao ar livre em Jerusalém (v.8);
i)- os homens se alegrarão com a morte das testemunhas, pois acusavam o erro e com isso os aborrecia (v.9,10);
j)- As duas testemunhas ressuscitarão, o que causará grande espanto e temor (v.11);
l)- As testemunhas são levadas por Deus para o céu aos olhos dos seu inimigos (v.12);
m)-Durante a ascensão das testemunhas, um grande terremoto destrói 1/10 da cidade matando 7000 pessoas e deixando as demais aterrorizadas (v.13).
O fato das pessoas darem glória a Deus, não significa que se arrependeram.

Podemos notar que nos foi revelado muitas coisas sobre o ministério das duas testemunhas nestes versículos, entretanto, tentar descobrir quem são é tolice, haja vista não ter sido revelado.
Alguns afirmam ser Moisés e Elias que aparecerão; outros Enoque e Moisés, e outros Enoque e Elias. A meu ver serão duas pessoas que o Senhor levantará durante a tribulação no poder e virtude de Moisés e Elias, ou seja, usados tal como Moisés e Elias. Esta é a posição mais coerente.
Sobre este assunto, ver ainda:
Quando João Batista surgiu pregando, muitos “ventilaram” que ele poderia ser Elias, entretanto o próprio João negou; ele apenas profetizava com a mesma autoridade e coragem de Elias.
Leia os seguintes textos (Mt 17.10-13; Lc 1.13-18; 7.24-35 e Jo 1.19-23) e depois compare:
Elias profetizou quando um rei ímpio governava Israel (Acabe). João também (Herodes era o rei).
Elias condenou o pecado de Acabe e Jezabel diante deles. João condenou o pecado de Herodes na presença do rei.

O versículo 14 é uma transição do parêntese para a sétima trombeta.
“Passou o segundo ai. Eis que, sem demora, vem o terceiro ai.” - As duas últimas trombetas vieram acompanhadas de um ai, o que mostra que o próximo ai introduz a última trombeta. Cada ai mostra a gravidade dos juízos das três últimas trombetas.

IV- A sétima trombeta- Ap 11.15-19
Esta trombeta ao soar trás consigo as sete taças que manifestam o último grupo de juízos que atingirão a Terra, e, em especial, Israel.
Excetuando-se os parênteses que ainda estudaremos e os eventos que seguem à volta de Jesus, a sétima trombeta abrange até o final da tribulação.

v.15-18- Reinício da ordem cronológica.
Ao soar esta trombeta, há um anúncio da vitória final de Cristo e do seu povo. Este anúncio é um consolo para o povo de Deus, diante da última manifestação da ira de Deus expressa nas sete taças.
As taças estão localizadas no final da segunda metade da tribulação.
Veja a tabela abaixo:

7 selos
7 trombetas
7 taças
Início da tribulação
(1ª metade)
Segunda metade da tribulação
Final da Grande Tribulação (fim da segunda metade)

Lembre-se de que a profecia por inúmeras vezes fala no tempo passado a respeito de eventos futuros a fim de enfatizar a certeza do cumprimento da Palavra. Exemplo: Is 53.3-9 fala do sofrimento do Messias como se já estivesse acontecido, sendo que o livro foi escrito a mais de 700 anos antes de Cristo.

v.19- A arca mostra o cumprimento das promessas feitas a nação de Israel.
Não é literalmente a mesma do templo de Salomão! Leia Hb 9.23. Os utensílios representavam o céu; aliás, no céu não haverá templo (Ap 21.22,22).
É um absurdo imaginar que existem objetos iguais aos do templo e um santuário literal no céu, onde não há os limites da matéria e tudo transcende a nossa própria imaginação. Devemos ter em mente que o livro do Apocalipse possui muitas figuras e que as coisas celestes muitas vezes são representadas materialmente.
“Relâmpagos, vozes, trovões, terremoto e grande saraivada” – Simbolizam o derramar da ira de Deus.

Findamos aqui esta aula e caminhamos para os eventos finais da Grande Tribulação, prosseguindo com o nosso estudo do Apocalipse.

































Seminário de escatologia - Parte IV
Análise do Apocalipse
Aula nº 11
Assunto:
Análise do capítulo 12
A mulher e o dragão

I – Introdução
Estamos chegando ao terceiro parêntese do livro do Apocalipse, sendo o mais extenso de todos abrangendo o espaço que vai de Ap 12.1 até Ap 14.20.
Este parêntese é colocado antes das taças começarem a ser derramadas. Recordamos que no capítulo 14.15-19 houve o toque da sétima trombeta; e, conforme já estudamos, a sétima trombeta trás consigo as sete taças.
As taças estão localizadas na última parte da Grande Tribulação, e, antes delas serem derramadas manifestando o ápice do juízo de Deus, o Senhor revela mais alguns detalhes neste parêntese.
O capítulo que iremos estudar nesta aula fala sobre a nação de Israel; é uma espécie de resumo e um consolo para o povo de Deus, o verdadeiro Israel!

II- Análise do capítulo 12- A mulher e o dragão
Um resumo da história e destino de Israel. Passado e futuro!
Uma esperança para a nação em meio a Grande Tribulação.

v.1- Quem esta mulher representa?
Obviamente que não se trata de Maria, como os católicos romanos pensam; aliás, não há nenhum motivo para se pensar nisto, haja vista Maria não aparecer em momento algum no contexto deste livro, nem tão pouco exercer algum papel no contexto escatológico. Dizer que a mulher é Maria é “forçar a barra” para justificar a mariolatria!
Repito: Não há motivo ou sequer vestígio algum no texto ou contexto do livro para se afirmar tal absurdo!
Voltamos à pergunta: Quem é esta mulher?
Não existe dúvida de que a mulher é a nação de Israel. Veja:
1º)-O livro trata principalmente da nação de Israel durante a tribulação.
Israel, após o arrebatamento, será o povo de Deus na Terra.
2º)-A simbologia das doze estrelas é a mesma do livro de Gênesis. Ver Gn 37.9
3º)-Na Bíblia a mulher representa a nação de Israel no Antigo Testamento. A mulher adúltera simboliza o Israel apóstata. A Noiva (a mulher virgem) representa a Igreja no Novo Testamento; obviamente que a igreja apóstata será a prostituta do Novo Testamento. Quando a igreja for arrebatada, Deus voltará a tratar especificamente com Israel, logo, a mulher aqui é Israel, visto que no capítulo 12 de Apocalipse a Igreja está no céu.
4º)-Os símbolos usados se encaixam com a nação de Israel. Vejamos:
Vestida do Sol- O Sol representa a glória do Senhor. Israel foi o povo escolhido para glorificar a Deus entre as nações da Terra.
A lua debaixo dos pés- A Lua reflete a luz do Sol, assim como a Lei reflete a vontade de Deus. Israel está apoiado sobre a Lei!
As doze estrelas- As doze tribos.
Concluímos que a mulher neste texto é Israel. No decorrer do capítulo a idéia ficará mais evidente.

v.2- Grávida do Messias- Jesus!
Quando uma mulher está grávida, ela está gerando um ser. O simbolismo significa que a nação daria à luz o Messias.
Sofrendo- As lutas da nação até o nascimento do Messias.
Quando foi feita a promessa do resgate da humanidade em Gn 3.15; passou a ser conhecido que Deus enviaria o seu Filho; o seu ungido que viria como homem (a semente da mulher) para pisar na cabeça de Satanás e resgatar a humanidade.
Deus separou um povo (Israel) para através deste povo trazer o Messias (Jesus). O tempo inteiro o Diabo tentou impedir o cumprimento deste nascimento através da aniquilação da nação escolhida.
Aí está o simbolismo das dores de parto!

v.3- Este Dragão é Satanás!
Grande- mostra a sua força
Vermelho- simboliza a sua violência.
As sete cabeças e os dez chifres mostram a sua identificação com a Besta que há de vir e com todo governo humano que sempre perseguiu o povo de Deus.

v.4- A sua cauda... A força de um dragão está na sua cauda (ver, por exemplo, o lagarto); isto simboliza que Satanás, com o seu poder, levou consigo 1/3 dos anjos. Na rebelião que houve no céu, 1/3 dos anjos seguiram a Lúcifer.
Este mesmo Dragão concentrou as suas forças contra Israel; o seu objetivo era impedir o nascimento de Jesus.

v.5- O intento do Dragão foi frustrado.
Na matança dos hebreus, por exemplo, Deus livrou Moisés para depois libertar Israel do Egito.
Na época dos Juízes, Deus livrou Israel através destes mesmos juízes.
Na Babilônia; Deus levantou um remanescente.
Na matança dos meninos feita por Herodes, Deus guardou o seu Filho.
Jesus nasceu! O Diabo não conseguiu e jamais conseguirá impedir os planos de Deus! Este filho há de reinar sobre todas as nações.
“E o seu Filho foi arrebatado para Deus até ao seu trono.” - Aqui já existe um grande salto na história; nas entrelinhas subentende-se a morte expiatória de Cristo, sua ressurreição e ascensão à destra do Pai nas alturas.
Amados, por não ter conseguido impedir o nascimento do Messias, o Diabo tentou impedir a sua morte na cruz; porem mais uma vez os seus planos caíram por terra.

A história avança até a Grande Tribulação...

 v.6- Deus guardará a nação como sempre fez. Existe um lugar preparado para o remanescente durante 1260 dias, ou seja, os últimos três anos e meio da tribulação.
Obs.: No início da tribulação, o Anticristo fará um pacto com Israel.

v.7-12- Há uma interrupção na história neste ponto.
Encontramos neste versículo uma referência a batalha que ocasionou a queda de Satanás; entretanto, os versículos trazem uma informação mais profunda ainda...
Percebemos que esta batalha irá se repetir no período da tribulação. Satanás será expulso das regiões celestiais e lançado para a Terra.



O versículo 12 deixa claro que o trono do inimigo; o seu quartel general, passará a ser na Terra, pois com o arrebatamento da Igreja, Satanás será expulso dos ares.
Na tribulação, a Igreja terá sido arrebatada e o Espírito Santo não habitará plenamente no homem como na dispensação da Graça, portanto, o Diabo terá mais “liberdade” para atuar.
Ao descer à Terra definitivamente, Satanás sabe que tem pouco tempo para agir, porque com a volta de Jesus ele será lançado no abismo por mil anos (ver Ap 20.1-3), logo, o seu tempo é de 7 anos!
A ira e o ódio de Satanás serão enormes!
Imagine meu irmão; se nos dias de hoje o mundo jaz no maligno, como será na tribulação? Como ficará o mundo sem o Espírito Santo habitando no coração daquele que crê; sem a Igreja (luz do mundo e sal da Terra); com o Diabo agindo livremente com todo ódio; com a soltura dos anjos caídos; com o Anticristo manifesto e com os terríveis castigos sobre a Terra?

v.13-16- Quando o Diabo é jogado na Terra, concentra toda a sua fúria contra Israel; entretanto Deus guardará a Nação.
Destruir a nação, significa tentar impedir que Jesus volte para reinar sobre a Nação e sobre a Terra.
De uma forma rápida (asas de águia); o remanescente escapará! Será guardado durante o período em que o Anticristo avançar com ímpeto sobre a nação; com todo o poder de Satanás.
Mais uma vez é dito que Israel será guardado na última metade da tribulação (3,5 anos).
O Dragão (Satanás) tentará ir atrás da mulher (Israel), mas sua tentativa será em vão. O local preparado pelo Senhor dará condições para que Israel escape ileso.

v.17,18- O ódio de Satanás aumenta mais ainda porque o remanescente fiel escapa. Por não conseguir atingir o remanescente que havia sido selado pelo Senhor, o Diabo se volta contra os outros judeus, àqueles que creram na mensagem pregada pelo remanescente.
Muitos judeus ajudarão ao Anticristo, muitos não vão se arrepender, entretanto, existirão aqueles que se entregarão ao Senhor e aguardarão o retorno do Rei Jesus. Estes judeus serão terrivelmente massacrados, até que o Senhor venha e ponha fim ao exército do Anticristo.
Lembre-se que o Dragão se identifica com a Besta, ou seja, ele transfere o seu poder para que ela persiga a nação de Israel. (II Ts 2.9,10)
Para vir contra Israel, o Dragão usará todo poder e governo humano.

Amados, este capítulo trás uma mensagem de esperança para Israel; a certeza de que a nação não será de todo eliminada, a certeza de que um remanescente será preservado e a certeza de que, aqueles que forem martirizados, serão recompensados pelo Senhor.

Na próxima aula continuaremos o nosso estudo falando sobre as duas bestas do Apocalipse.





















































Seminário de escatologia - Parte IV
Análise do Apocalipse
Aula nº 12
Assunto:
Análise do capítulo 13
As duas bestas


I- Introdução
Ainda dentro do parêntese que se iniciou no capítulo 12 do livro, este capítulo nos fornecerá detalhes sobre a besta; aprenderemos também que surgirá uma segunda besta que auxiliará a primeira, levando os homens a adorá-la.

II-A primeira besta (Ap 13.1-10)
v.1 – A primeira besta surge do mar, ou seja, dentre as nações.
Sobre os chifres e as cabeças, a interpretação está no próprio livro.
As sete cabeças- Ap 17.9,10: “Aqui está o sentido, que tem sabedoria: as sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada. São também sete reis, dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou; e, quando chegar, tem de durar pouco.”
Amados, sete impérios dominarão a nação de Israel na história. Antes do império da Besta, houve cinco impérios mundiais que exerceram domínio sobre Israel, a saber, em ordem: Egito, Assíria, Babilônia, Pérsia e Grécia. Estes cinco, já caíram. Quanto ao que existe, João está referindo-se ao império romano, que é o império que dominava a nação em sua época. O que não chegou é o império da besta, este durará pouco, ou seja, sete anos, dos quais na segunda metade mostrará o seu caráter e ódio contra os judeus.
Os dez chifres- Ap 17.12,13: “Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não receberam reino, mas recebem autoridade como reis, com a besta, durante uma hora. Têm estes um só pensamento e oferecem à besta o poder e a autoridade que possuem.” .
Os dez chifres são dez reis (governos; chefes de Estado) que controlam um único reino (império). O império da besta será controlado pela aliança de dez países.
Este império mundial é o mesmo visto por Daniel em: Dn 2.33,41-44; 7.7,8,19-25.

v.2 – Repare que a besta (este império) terá um pouco da característica de todos os outros.
O dragão é o Diabo, como vimos no capítulo 12. Satanás investirá toda sua astúcia e poder neste império e no Anticristo.

v.3 – A cabeça golpeada é o império romano, mas este ressurgirá no final dos tempos em uma forma diferente. A sede do governo mundial será Roma!
Lembre-se que os pés da estátua em Dn 2, tinham ferro (Roma) misturado com o barro. Recordemos também que na visão dos animais em Dn 7, o quarto animal é o mesmo império que sucede ao grego, portanto o império romano aparecerá novamente na tribulação, é como se ele não tivesse sido destruído totalmente e ainda existisse como um “vírus em estado latente”.
Todos ficarão espantados com o surgimento desta superpotência mundial.
O Anticristo será o governador único desta superpotência, ele assumira o controle derrubando os três governantes mais fortes. Ele (Anticristo) também é chamado de besta, ou seja, o império e o próprio Anticristo são a besta!
Ver Ap 17.8 onde a Besta é o império: “ a besta que viste, era e não é, está para emergir do abismo e caminha para a destruição. E aqueles que habitam sobre a terra, cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida desde a fundação do mundo, se admirarão, vendo a besta que era e não é, mas aparecerá.”.
Ver também Ap 17.11 onde a Besta é o Anticristo: “ E a besta, que era e não é, também é ele, o oitavo rei, e procede dos sete, e caminha para a destruição.” .

v.4-8 – O Dragão será exaltado quando a besta for exaltada; ele é o imitador de Deus! Do mesmo modo que ao adorarmos a Cristo, glorificamos o Pai; ao adorarem a besta, os homens glorificarão ao Dragão!
O Anticristo blasfemará contra Deus, vencerá os santos durante a grande tribulação e dominará o mundo.

v.9 – “Se alguém tem ouvidos, ouça.”- Esta expressão enfatiza a importância de se prestar atenção e guardar as palavras que estão sendo ditas.
A exortação que se segue é para os que ficaram na tribulação.

v,10- O que tiver que acontecer certamente virá!
Leia Jeremias 15. 1-4
Muitos serão levados presos, torturados e martirizados; Deus purificará Israel e todas estas coisas certamente acontecerão. Sabendo disto, aqueles que se entregarem ao Senhor deverão perseverar em meio a tão Grande Tribulação!

II-A primeira besta (Ap 13.11-18)
A segunda Besta se levantará depois da primeira, entretanto, atuarão ao mesmo tempo.
v.11- Esta Besta emerge da terra, ou seja, de Israel. Esta Besta deverá ser um judeu.
Obs.: A primeira Besta provavelmente também seja um judeu; talvez nascido em outro país. O fato de ser aceito como Messias reforça a idéia de ser um judeu.
Neste versículo, os chifres servem apenas para mostrar o caráter da besta: Por fora parecia bom, mas as suas palavras eram malignas; falava como Dragão (seu discurso era movido pelo Diabo). Devemos lembrar que a boca fala do que está cheio o coração.
Este homem está cheio de engano!

v.12- Caminha junto com a primeira Besta e tem como principal função levar a nação a adorar a primeira Besta (o Anticristo).
Por suas palavras enganarem os homens, ele é chamado de FALSO PROFETA!

v.13- Tem poder para operar grandes sinais. Obviamente que são sinais feitos por Satanás.
Será uma grande armadilha para quem gosta tanto de sinais.

v.14- Convence os homens que façam uma imagem da Besta e a adorem.

v.15- Irmãos, antes de comentar este versículo, é necessário observar:
Satanás estará operando na Grande Tribulação tal como nunca havia se manifestado anteriormente. O Anticristo virá com todo poder e eficácia de Satanás, do mesmo modo a segunda Besta (Ap 13.12,13).
Existem coisas que ao Diabo não é permitido fazer; porém, durante a Grande Tribulação, Satanás poderá ampliar mais o seu poder de ação, visto que o Espírito Santo se retirará com a Igreja II Ts 2.7-12(*Isto não significa que o Espírito de Deus não agirá; apenas a sua manifestação será como nos dias do Antigo Testamento, ou seja, por medida).
O Diabo é o enganador; o pai da mentira (Jo 8.44), logo, os seus sinais são sinais da mentira!
Exemplos: Em sessões espíritas os demônios fingem adivinhar o que as pessoas fizeram, mas na verdade eles estão falando do que viram. Os demônios fingem prever o futuro, mas apenas estão falando antecipadamente o que pretendem fazer. As pessoas passam a falar com a voz de um parente que havia falecido, mas na verdade é um demônio que está possuindo a pessoa e imitando a voz do morto. Objetos parecem voar, mas na verdade o demônio esta deslocando o objeto. Pessoas são “curadas” em terreiros e reuniões idólatras, mas, na verdade, eles apenas estão tirando o que colocaram com o objetivo de prender a pessoas no terreiro ou na mariolatria.
Somente Deus pode saber o futuro de antemão, mas os demônios fingem saber; somente Deus pode curar de verdade; etc.
Amados, se hoje o inimigo faz as coisas que citamos acima e engana a muitos, quanto mais na Grande Tribulação!
Voltemos ao texto:

“lhe foi dado”- Por ser um homem (possuído), o poder da segunda Besta tem uma fonte: O próprio Satanás! Logicamente a segunda Besta terá poderes que executarão sinais os quais deixarão os homens atônitos. Estes sinais realizados convencerão os homens; fortalecerão os seguidores da Besta e atrapalharão os verdadeiros judeus.
“comunicar fôlego a imagem da Besta” - Visto que o seu poder é sobrenatural, não é de se estranhar que a imagem da Besta possa até falar ou mover-se, mas tudo isso não passa de mais um engano de Satanás que encontrará no coração dos homens maus, rebeldes e curiosos, um terreno fértil para a sua mentira.
O Diabo não tem poder para criar ou dar vida, mas poderá entrar em um objeto sem vida, fingindo que lhe conferiu vida própria!
Devemos lembrar que o poder de ação do Diabo aumentará e ele investirá pesadamente para levar a humanidade à ruína e destruir em especial a nação de Israel.
O inimigo também opera sinais hoje; quanto mais na Tribulação!
A interpretação literal do texto é a melhor.
Muitas coisas o Diabo não pode fazer por causa da Igreja, mas quando ela tiver sido arrebatada...

v.16,17- Somente poderão comprar ou vender aqueles que forem marcados pela Besta.
As pessoas aceitarão a marca da Besta por causa de suas próprias maldades; exceto aqueles que se entregarão ao Senhor. O sofrimento será grande para os servos do Senhor! Quem não possuir a marca da Besta será perseguido ferozmente até a morte!
Há alguns anos atrás, era difícil imaginar que marca seria esta, entretanto, em nossos dias, com a evolução da tecnologia, vemos a implantação dos cartões magnéticos, e, mais recentemente, o uso do micro chip.
Meus irmãos, quando vocês vão a um mercado, se não possuírem um cadastro não poderão comprar através de cheque. O cartão de crédito é aceito devido à facilidade que oferece; facilidades maiores ainda oferecem os implantes de biochip. Na Europa já estão sendo implantados em seres humanos, estes pedem a sua implantação devido às vantagens que o chip oferece, tais como a localização da pessoa em caso de seqüestro e a eliminação de um montão de documentos em forma de papéis, dentre inúmeras outras.
Pode ser que outra tecnologia ainda surja, mas as que vemos hoje em nossos dias, nos mostram que não está muito longe de um controle total.
Em nome da segurança, os homens estão aceitando uma vigilância constante sobre as suas vidas; trocam a privacidade e a liberdade pela proteção e por causa da violência, a população das cidades vive sob constante controle, aos olhos das câmeras e satélites. Um dia isto pode ser uma arma fatal nas mãos do Anticristo.
Veja as imagens abaixo:



v.18- Assim como o nosso Deus é um Deus trino, o Diabo também tem a sua trindade; ele é o imitador!
O famoso 666 representa a trindade satânica: O Anti-pai (o Dragão;o Diabo, Satanás); o Anti-filho (Anticristo) e o Anti-espírito (o falso profeta).
O número seis na Bíblia representa o número do homem, também é o número da imperfeição. O homem foi criado no sexto dia.
O número sete represente o número de Deus, também é o número da perfeição.
As funções das pessoas da trindade satânica procuram imitar as pessoas divinas.

Veja:

O Espírito nos leva à Cristo           O falso profeta leva os homens ao Anticristo

Adorar a Cristo glorifica o Pai        Adorar o Anticristo agrada o Diabo

Haja vista a marca da Besta ser uma aceitação do culto a mesma, toda a trindade satânica é adorada simultaneamente!
Aceitar a marca da Besta é como entregar-se ao próprio Diabo!

Prosseguiremos com a análise do parêntese e o estudo das taças na próxima aula.

















Seminário de escatologia - Parte IV
Análise do Apocalipse
Aula nº 13
Assuntos:
 Análise dos capítulos 14 a 16.21
Fim do terceiro parêntese
As sete taças
O final da Grande Tribulação

I – Introdução
Antes de prosseguirmos com a análise do livro, devemos lembrar que até o versículo 20 do capítulo 14 ainda estamos dentro de um dos parênteses do livro.
Para que você tenha uma idéia sobre a colocação dos parênteses, a seguir trago as duas formas mais aplicadas, a saber:

1ª opção (mais correta e mais usada)
Cronológico: 1.1- 6.17
(Os capítulos 4 e 5  mostram a igreja no céu após o arrebatamento; mas não podem ser contados como um parêntese no livro por estarem em ordem cronológica em relação ao capítulo anterior. Enquanto a Igreja está no céu, na Terra começa a tribulação.)
1º parêntese: 7.1-17
Cronológico: 8.1-9.21
2º parêntese: 10.1- 11.14
Cronológico: 11.15-19
3º parêntese: 12.1-14.20
Cronológico: 15.1- 16.21
4º parêntese: 17.1- 18.24
Cronológico: 19.1- 22.21
2ª opção (menos usada)
Cronológico: 1.1- 3.22
1º parêntese: 4.1- 5.14 (Os capítulos 4 e 5 mostram o detalhe da igreja no céu após o arrebatamento; podem ser considerados como um pequeno parêntese, pois, apesar de seguirem em ordem cronológica o capítulo três, são paralelos aos eventos que ocorrem na Terra durante a tribulação)
Cronológico: 6.1-17
2º parêntese: 7.1-17
Cronológico: 8.1-9.21
3º parêntese: 10.1- 11.14
Cronológico: 11.15-19
4º parêntese: 12.1-14.20
Cronológico: 15.1- 16.21
5º parêntese: 17.1- 18.24
Cronológico: 19.1- 22.21

*Para efeito de prova e aprendizado em nossas igrejas, adotaremos a forma com quatro parênteses. Independente da opção escolhida, o importante é sabermos que existem estes parênteses no livro com o objetivo de contar detalhes sobre eventos já narrados ou eventos que ainda serão relatados. É importante sabermos que é usado este tipo de estilo na narração para que não venhamos a nos perder na interpretação.



Prossigamos com o nosso estudo...

II - Análise do capítulo 14

14.1-5- O capítulo encontra-se dentro do parêntese que começou no capítulo 12.
Muitos perguntam a respeito deste grupo de 144.000. Trata-se do mesmo grupo encontrado no capítulo 7.1-8.
Estes versículos têm como objetivo mostrar que o grupo que foi marcado pelo Senhor no início da grande tribulação permanecerá intacto até a volta do Senhor. Lembre-se que será narrado sobre as sete últimas pragas da grande tribulação que serão derramadas no final deste período, portanto, este parêntese é um conforto para o remanescente judeu que foi selado por Deus.
4- “não se macularam com mulheres, porque são castos”
Simboliza os que não se prostituíram com os ídolos, permanecendo fiéis a Deus.

14.6-20- Estes versículos também avançam até o fim, sendo uma forma resumida de anunciar o desfecho do derramar do juízo de Deus sobre a Terra.
A revelação que se segue é dada antes da visão do derramar das sete taças. Deus assim o faz para animar os seus servos diante da expectativa das horrendas coisas que hão de acontecer com o transbordar final da ira do Senhor sobre a Terra.
O juízo de Deus para os justos é verdadeiro, é livramento e salvação; mas para os incrédulos é tremor, angústia e condenação.
Em meio a grande aflição é proclamada uma mensagem de esperança e com a voz dos anjos anuncia-se que:

1º) v.6,7- É chegada a hora do juízo. Os homens precisam se arrepender!
Este desfecho não é algo improvisado, mas faz parte de um plano existente antes da fundação do mundo; faz parte de um Evangelho que é eterno.
.
“É chegada a hora” - Mais uma vez Deus fala das coisas futuras como se já tivessem acontecendo enfatizando assim a veracidade da sua Palavra.

Sobre a expressão “O Evangelho eterno”; podemos afirmar que:
Evangelho sempre significa boas novas!
Evangelho de Jesus Cristo: Boas novas da salvação pela fé em Cristo
Evangelho do Reino: Boas novas do reino de Cristo que está para chegar
Evangelho Eterno: Boas novas do plano eterno que está para se cumprir
Sempre o Evangelho trará boas notícias e não é diferente neste capítulo, no caso deste versículo, a mensagem é o anuncio do juízo de Deus eminente e o convite ao arrependimento.
O sentido da eternidade do Evangelho recua à eternidade passada, visto que Deus é soberano e tudo planejou; mas também avança até a eternidade futura, porque os seus efeitos são eternos.
Outros eventos são anunciados na seqüência que são novas de alegria para os justos...

2º) v.8- Pré-anunciada a queda de todo o sistema de governo humano sem Deus, tanto sob o aspecto político como comercial.
Este versículo se cumprirá no capítulo 18.

3º) v.9-12- Pré-anunciada a condenação da Besta e de seus adoradores.
Os seguidores da Besta receberão a mesma condenação eterna que ela, e os santos são chamados a perseverar.
O anúncio antecipado da condenação eminente dos adoradores da Besta e de todos os que receberem a sua marca é um incentivo à perseverança dos santos diante das terríveis pragas que ainda serão derramadas.
Isto nos lembra das palavras do Senhor em Mateus 10.28: “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo.”.
Os versículos de 9 a 11 se cumprirão no capítulo 19.20

4º) v.13- Um consolo para os mártires da tribulação.

5º) v.14-20- Pré-anunciada a colheita na Terra. Será feita a separação entre justos e perversos. Somente os justos herdarão o Reino.
Esta colheita atinge tanto gentios quanto judeus.

A colheita será feita dentre os gentios (14-16)
Serão separados os bodes das ovelhas.
v.14- Jesus
vs.15 e 16- É chegada a hora da ceifa- Jesus é o juiz!
Isto é mais um consolo para os fiéis, ainda que sofram lutas terríveis, somente eles herdarão o reino que está por vir!

A colheita será feita dentre os judeus (17-20)
O Israel apóstata será destruído!
Videira - Israel
As uvas já estão amadurecidas; ou seja, tudo acontece dentro do tempo determinado pelo Senhor.
Quem pisa no lagar é o próprio Senhor Jesus! (ver Is 63.3; Ap 19.15).
Este texto nos leva aos eventos relacionados com a vinda do Senhor e o Armagedom em Ap 19.15-21
Obs.: Um estádio romano é igual a 185 metros

III- Análise do capítulo 15- Fim do 4º parêntese
Encerra-se o terceiro parêntese com o fim do capítulo 14. Retornamos a ordem cronológica do livro com o capítulo 15.

v.1- Este capítulo inicia-se com o preparo dos sete anjos que tinham as sete taças para serem derramadas com as últimas pragas. Quando for concluído o último flagelo, Jesus retorna à Terra.

v.2-4- Cântico de vitória dos remidos.
Os vencedores aqui, são os que saem da tribulação.
No capítulo 6, na abertura do 5º selo, os mártires pedem vingança. Este fato localizava-se no início da tribulação; entretanto, o capítulo 15 caminha para a conclusão dos juízos de Deus sobre a Terra durante a Grande Tribulação, logo, os mesmos mártires agora não pedem mais por justiça, mas adoram àquele que faz justiça! O capítulo 15 encontra-se no fim da Tribulação, o derramar das taças concluirá a mesma.

v.5-8- “Depois destas coisas”, ou seja, isto nos mostra claramente a ordem cronológica dos fatos.
O juízo parte do trono de Deus.
É feita uma introdução ao relato dos sete últimos flagelos.

VI- Análise do capítulo 16- As sete taças- O fim da tribulação

v.1- Este capítulo nos mostra o derramamento das sete taças.

v.2- Primeira taça
São atingidos apenas os que seguem a besta, ou seja, significa que no final da tribulação ainda sobreviverão alguns dentre as nações.

v.3- Segunda taça
Desta vez não sobra nenhum ser vivo no mar

v.4-7- Terceira taça
As fontes de água são contaminadas e seus recursos acabam
Mesmo com a seriedade deste juízo, Deus é declarado justo!

v.8-9- Quarta taça
O sol queima os homens
Provavelmente os efeitos sobre a camada protetora de Ozônio aumentarão sobremaneira!

v.10-11- Quinta taça
O juízo atinge diretamente o governo da Besta, e, com isto, o seu reino mergulha em trevas intensas, ou seja, sofrimento e angustia por toda parte; nenhuma perspectiva boa haverá, e sim uma expectativa sombria em todos os aspectos.
O sofrimento neste período será inimaginável!
Repare que, apesar de todo sofrimento, os homens não se arrependem e blasfemam contra Deus.
Podemos observar que:
Nem sempre o sofrimento produzirá arrependimento, isto dependerá do coração do homem.
Nem sempre as pessoas reconhecem que Deus é justo. Vemos isto ao nosso redor; os homens não querem que Deus seja o Senhor de suas vidas, não acreditam em Deus e não buscam a sua face; mas acusam à Deus de todos os problemas que acontecem na Terra.
Durante a tribulação não será diferente, ou melhor, será pior! Quanto mais o mundo mergulha nas trevas, mais os homens acusam a Deus!

v.12-16- Sexta taça
Preparo para a batalha do Armagedom que envolverá todas as nações.
O Eufrates seca-se para que os reis vindos do oriente possam marchar até Israel.
A peleja do Grande Dia do Deus Todo-Poderoso refere-se à batalha do Armagedom; quando Jesus voltará à Terra e os exércitos do mundo tentarão futilmente lutar contra o Cordeiro.

v.17-21- Sétima taça
“Esta feito!”; ou seja, com o derramar da última taça estará concluída a ira de Deus sobre a Terra.
Um terrível terremoto tal como nunca houve. Este terremoto abalará todo o planeta a ponto de submergir ilhas e os montes serem destruídos.
Este terremoto é acompanhado de uma grande saraivada (chuvas de pedras). As pedras pesarão um talento (1 talento na época em que foi escrito o livro equivaleria hoje a 40 Kg; soma-se a este peso a sua relação com a velocidade da queda e a altura).
Neste ponto a Babilônia político-comercial será destruída pelo Senhor.
Este último flagelo é extremamente terrível e os homens blasfemam contra Deus!
Sabemos que após a conclusão destes flagelos Jesus virá e dará fim a Tribulação. Antes de ser relatada a volta de Jesus no capítulo 19, é colocado um novo parêntese (quarto e último) no livro. Este parêntese abrangerá os capítulos 17 e 18 e tratará do destino das duas babilônias, a saber: A Babilônia religiosa e a Babilônia político-comercial.

Este último parêntese será o assunto das nossas próximas aulas.













































Seminário de escatologia - Parte IV
Análise do Apocalipse
Aula nº 14
Assunto:
Babilônia

I – Introdução
Amados; para que vocês possam entender melhor o simbolismo que é usado nos capítulos 17 e 18 do livro do Apocalipse, estaremos dedicando esta aula a um estudo sobre a Babilônia.

II- A origem da cidade da Babilônia e do seu sistema religioso
A Bíblia nos conta que a origem da Babilônia remonta aos primórdios da história da humanidade; seu fundador foi Ninrode (Gn 10.1; 6-12). Este homem decidiu fundar um reino em desobediência à ordem que fora dada pelo Senhor em Gn 9.7.
Ninrode foi o primeiro a começar a ser famoso sobre a Terra, ele deu início a primeira tentativa de unificação dos homens sob um único governo sem Deus.
Conta-nos a Palavra do Senhor que Ninrode decidiu construir uma torre cujo cume chegasse ao céu, esta torre seria o símbolo de seu poder e afronta contra Deus; ela deveria funcionar como uma espécie de sede do seu “império”.
Esta torre também seria usada como uma forma de adoração mística, pois em seu topo seriam adorados os astros. Sabemos disto através dos achados arqueológicos de civilizações antigas (principalmente naquela região), que igualmente construíam monumentos do tipo “torres” chamadas zigurates, em cujo topo foram encontradas pinturas do zodíaco. A civilização da Mesopotâmia empregou nos seus estágios iniciais tijolos de barro cozido, pouco resistentes, o que explica o alto grau de desgaste das construções encontradas.


O zigurate da cidade de Ur é um dos que se
conservaram em melhor estado, graças a   
Nabucodonosor II, que ordenou sua reconstrução depois que os acádios o destruíram. O templo consistia em sete pavimentos e o santuário ficava no terraço.  Acredita-se que na reconstrução tentou-se copiar a famosa Torre de Babel.

Observamos nisso a implantação de um sistema de culto idólatra sem Deus.
Vale lembrar ainda que a torre, pelo projeto da sua altura, indiretamente também era uma forma de afronta, no sentido de livrar-se de um possível novo dilúvio.
O termo hebraico “Babhel” é traduzido por “Babilônia”, com exceção de Gn 10.10; 11.9, baseado no grego “Babylon”; o termo significava “Porta de Deus”, mostrando que os seus edificadores orgulhosos desafiavam ao Senhor e tinham a intenção de ter o seu próprio culto, porém o Senhor ao desfazer o intento deles impedindo a continuação da construção da torre, aproveitando a palavra usada, e, dando-lhe um novo significado derivadamente baseando a palavra numa raiz semelhante, também a chamou “confusão”.
A arqueologia tem desenterrado os restos da Torre de Babel; esta se tornou símbolo do orgulho humano, de confusão religiosa e da rebelião contra Deus.
Continuando o nosso estudo; Ninrode (fundador da Babilônia antiga) ficou famoso, ele começou a ser poderoso na Terra e desejava que o seu nome fosse conhecido (Gn 10.8,9; 11.4). Conta-nos a história que ele casou-se com Semíramis, que é a mesma deusa chamada de Astarte; Astarote; Asera; Isis; Istar; Afrodite; Vênus; Diana; Rainha do céu; e muitos outros nomes, variando os mesmos de acordo com os povos e também com o passar dos anos.
A negação a Deus foi manifestada através de Ninrode e Semíremis; na verdade Satanás achou “brecha” no coração do homem para organizar futuramente uma falsa religião, uma igreja falsa que fosse edificada em um sistema que possuísse igualmente uma falsa trindade.
Da união entre Ninrode e Samíramis, nasceu Tamuz.
De acordo com as lendas que envolvem o início dos ensinos religiosos da Babilônia, Semíramis, esposa de Ninrode, era filha do “deus peixe” Deceto, também chamado de Dagon. Após o assassinato de Ninrode, Semíramis, mesmo sendo ainda virgem, deu à luz a Tamuz. Segundo ela, Tamuz era o seu marido reencarnado.
Imediatamente depois do nascimento do seu filho, Semíramis proclamou a divindade de seu marido, afirmando que Tamuz era o pai reencarnado, logo, ela era a própria mãe de deus!


O sistema de religião da Babilônia tinha uma falsa trindade, sendo objeto de culto o supremo pai, a mulher como rainha do céu, e o seu filho, sendo que os mais cultuados eram os dois últimos, visto que o supremo pai, segundo o conceito deles, não intervinha nos assuntos mortais.
Notamos que destes ensinamentos surgiu o culto à virgem mãe e ao menino deus.
Após a raça humana ter sido espalhada com a confusão das línguas, os homens carregaram em seus corações os ensinamentos religiosos da Babilônia. Podemos ver estes vestígios na presença do culto a virgem e ao seu filho em vários povos antigos anteriores a era cristã. Depois disso Deus chamou a Abraão para que representasse o único e verdadeiro Deus e a sua descendência anunciasse a respeito do Senhor e a sua vontade entre todas as nações.
Vejam os exemplos do culto primitivo à deusa mãe e ao menino deus nos achados arqueológicos logo abaixo:


A própria nação de Israel, nos períodos de apostasia, adorou a rainha do céu e também a Tamuz. Isto nos mostra que esta história de “rainha do céu” já é velha!
Leia os textos a seguir e perceba a presença do culto à rainha do céu e à Tamuz; repare ainda o quanto isto aborreceu ao Senhor e trouxe destruição para Israel. Jr 7.18; 44.15-27; Ez 8.14
O símbolo franciscano usado por muitos católicos foi herdado do culto ao menino Deus. A letra Tau é a inicial de Tamuz!


III- A penetração e assimilação do misticismo e dos rituais Babilônicos

III.1- O trono de Satanás em Pérgamo (Apocalipse 2.12,13)
Será coincidência que o trono de Satanás é mencionado em Pérgamo no livro do Apocalipse?
Vejamos...
A cidade de Pérgamo foi doada ao império romano em 133ac por Atallus III; a cidade era considerada pela lenda como a cidade natal do deus Júpiter e havia nela uma grande quantidade de templos; um dos principais era dedicado ao deus Esculápio. Havia ainda templos dedicados a deuses gregos, tais como: Zeus; Atena e Dionísio. Não podemos deixar de mencionar o culto ao imperador.
A influência da Babilônia na transformação da cidade de Pérgamo em trono de Satanás, e, posteriormente, a transformação de Roma na grande prostituta, remonta ao ano 487ac, quando a hierarquia religiosa da Babilônia fugiu para a cidade de Pérgamo por causa dos Persas.
De Pérgamo, o Supremo Pontífice da Ordem Babilônica transmitiu por lei toda a sua autoridade sacerdotal e domínio à hierarquia babilônica de Roma, tornando os césares  Pontífices Máximos e Soberanos Pontífices dessa organização idólatra.

Repare o caminho do Sumo Pontífice da Ordem Babilônica:

Babilônia   Pérgamo     Roma
            Fuga devido ao domínio Persa                      Transferência do título
                                                                                                para os césares

O primeiro a receber tal título foi Júlio César. Os imperadores romanos ostentaram este título com todos os seus rituais ocultistas até Graciano, entretanto, este último, em 376dc, achou que não convinha a um imperador que se dizia cristão, possuir o título de sumo Pontífice de uma organização idólatra Babilônica, por isso renunciou ao título, logo uma grande confusão foi gerada, então a autoridade foi outorgada ao bispo de Roma, chamado Dâmaso, no ano de 378dc, o qual aceitou prontamente.
O bispo de Roma tornou-se Sumo Pontífice, desta forma o poder ocultista foi conferido a uma autoridade que se dizia cristão.
Repare que o poder papal realmente tem origem na Babilônia. É algo diabólico e não cristão!
III.2- O catolicismo romano e a sua constante paganização.
Desde que Constantino veio a ser imperador e declarou o cristianismo como religião oficial do império que a idolatria e os rituais da Babilônia têm penetrado no sistema católico romano, entretanto, foi com a assimilação declarada do sacerdócio Babilônico pelo bispo de Roma que a paganização penetrou de modo avassalador no “cristianismo” romano.
O uso da mitra dos sacerdotes pagãos que era usada em honra ao deus peixe Dagon começou a ser usada no quarto século. O catolicismo está impregnado de rituais e elementos do culto babilônico.
A mitra simboliza a boca do peixe e era usada pelo sacerdote pagão. Esta mesma mitra é colocada na cabeça dos papas até hoje! Veja as imagens abaixo:


III.3- A evolução da paganização da Igreja Católica Apostólica Romana
Observe na seqüência da próxima página a evolução da idolatria e do ocultismo no romanismo, impregnado de rituais Babilônicos.


Séc.
Ano
Ritual ou Dogma
IV
370
Culto aos santos; primeiros indícios do incensário; paramentos e altares.
IV
381
Decreto de adoração à virgem Maria
IV
400
Oração pelos mortos e sinal da cruz
V
431
Maria é proclamada “mãe de Deus”
VI
593
O dogma do purgatório começa a ser ensinado
VI
600
Latim passa a ser a língua oficial das celebrações litúrgicas
VII
609
Começo histórico oficial do papado
VIII
758
Confissão auricular introduzida por religiosos orientais
VIII
789
Culto às imagens e relíquias
IX
819
Festa da assunção de Maria
IX
880
Canonização de santos
X
998
Estabelecido o dia de finados
X
998
Quaresma
X
1000
Cânon da missa
XI
1074
Proíbe-se o casamento para sacerdotes
XI
1075
Os sacerdotes casados devem divorciar-se, compulsoriamente cada um de sua esposa
XI
1095
Indulgências plenárias
XI
1100
Pagamento de missas e culto aos anjos
XII
1115
A confissão é transformada em artigo de fé
XII
1125
Aparecem as primeiras idéias da imaculada conceição de Maria
XII
1160
Estabelecidos os sete sacramentos
XII
1186
O concílio de Verona estabelece a “santa inquisição”
XII
1190
Estabelecida a venda de indulgências
XII
1200
Uso do rosário por são Domingos; chefe da inquisição
XIII
1215
Transubstanciação é transformada em artigo de fé
XIII
1220
Adoração à hóstia
XIII
1226
Introduz-se a elevação da hóstia
XIII
1229
Proíbe-se aos leigos a leitura da Bíblia
XIII
1264
Festa do sagrado coração
XIV
1303
A Igreja Católica Apostólica Romana é declarada como sendo a única verdadeira, e somente nela o homem pode encontrar a salvação
XIV
1311
Procissão do santíssimo sacramento e a oração da Ave-Maria
XV
1414
Comunhão com um só elemento. O cálice fica somente para os sacerdotes
XV
1439
Os sete sacramentos e o dogma do purgatório são transformados em artigos de fé
XVI
1546
Conferida à tradição autoridade igual à da Bíblia
XVI
1562
Missa é oferta propiciatória. Confirmado o culto aos “santos”
XVI
1573
É conferida canonicidade aos livros apócrifos
XIX
1854
Definição do dogma da imaculada conceição de Maria
XIX
1864
Declaração da autoridade temporal do papa
XIX
1870
Declaração da infalibilidade papal
XX
1950
A assunção de Maria é transformada em artigo de fé
XX
2007
Bento XVI reafirma que somente a Igreja Católica Apostólica Romana é a Igreja verdadeira e somente nela há salvação

Como você pode perceber, a paganização do romanismo foi aumentando cada vez mais. Pouco depois do título de Pontífice máximo ser recebido pelo bispo de Roma em 378dc, menos de dois anos após, em 381dc, veio o decreto da adoração da virgem mãe, seguindo-se o ritual babilônico e o costume de outros povos pagãos que igualmente, sob a influência da religião da Babilônia, também adoravam a mãe com o seu filho.

         A imagem ao lado pode ser facilmente confundida com as imagens usadas na Mariolatria em nossos dias, entretanto trata-se da imagem da deusa Cibele.

         Observe ainda nas gravuras abaixo, mais elementos do ocultismo sendo assimilados pelo Sumo Pontífice Romano até hoje. Como exemplo; a deusa Afrodite (fertilidade;sexo) é representada por uma ostra, este mesmo símbolo é visto na roupa do papa. Por que?




Geralmente os cultos pagãos, em sua grande maioria, eram impregnados de orgias que eram feitas em honra aos deuses da fertilidade.
Podemos observar este fato também na construção de monumentos que simbolizavam o órgão sexual masculino ereto (falo). Estes monumentos, chamados de obelisco, são vistos ainda hoje em praças, especialmente diante de catedrais ou paróquias católicas, tal como nas imagens a seguir...


A adoração ao sol também foi assimilada, sendo representada no ostensório e na hóstia. O que os católicos dizem ser Jesus (? Absurdo!), não passa de uma representação do disco solar, tal como na idolatria pagã.


IV- Conclusão:
Por tudo o que observamos nesta aula, podemos concluir a respeito da Babilônia que:
1º-É símbolo de confusão
2º-É símbolo de afronta contra Deus
3º-Influenciou as práticas ocultistas das demais religiões falsas
4º-Na antiga Babilônia podemos observar a primeira tentativa de formação de um único governo
5º-Na antiga Babilônia podemos observar a primeira tentativa de implantação de uma religião única e falsa
6º-Na antiga Babilônia Satanás tenta implantar o “embrião” de uma falsa igreja apóstata baseada na adoração de uma falsa trindade, para causar confusão quanto ao cumprimento das profecias bíblicas referentes à vinda de um salvador.
7º-O culto romanista está impregnado com o ritual babilônico.

Amados irmãos; creio que as informações desta aula serão úteis para o estudo do capítulo 17 do livro do Apocalipse que estaremos realizando na próxima aula.











Seminário de escatologia - Parte IV
Análise do Apocalipse
Aula nº 15
Assunto:
Capítulo 17 - A grande meretriz

I – Introdução
Irmãos; creio que o estudo a respeito da Babilônia ministrado na aula anterior foi extremamente útil para a compreensão dos capítulos 17 e 18 do livro do Apocalipse. Estes capítulos fazem parte do quarto e último parêntese do livro e nele descobriremos o mistério da Babilônia e veremos o seu destino. Deus responderá a duas perguntas:
1ª)-Qual o futuro do catolicismo romano e de todas as igrejas que ficarão na tribulação?
2ª)-O que acontecerá com o sistema político-econômico mundial?
Após revelar o destino das “duas Babilônias”, o livro retornará com a ordem cronológica interrompida no final do capítulo 16 quando a última taça concluiu o derramar da ira de Deus sobre a Terra durante a Grande Tribulação.
Nesta aula faremos a análise do capítulo 17 e aprenderemos sobre a destruição da super-igreja apóstata; a falsa religião!

II- Análise de Ap 17.1-18- A Grande Meretriz
Neste texto iremos descobrir que a grande meretriz é a igreja falsa; a Babilônia religiosa.
Podemos subdividir o capítulo da seguinte forma:
1-6 – A visão
7-18- A interpretação

Não é necessário tentar “adivinhar” o significado dos símbolos e figuras, pois o próprio capítulo somado com os textos paralelos nos dão a correta interpretação.
Para a análise do texto, recorreremos às próprias passagens paralelas.

II.1- Apocalipse 17.1-6
O objetivo do capítulo é mostrado no versículo primeiro: Será revelado o julgamento da Grande Meretriz.
A expressão “Muitas águas” significa muitos povos. Comparar com o versículo 15.

v.2- Sobre a grande prostituta nos é revelado neste versículo que:
a)- Com ela se prostituíram os reis da Terra; ou seja, influenciou governos. 2
Devemos lembrar o quanto a religião, em especial o catolicismo romano, influenciou os governos mundiais. Obviamente que, quando digo “religião”, refiro-me a todo sistema humano de dogmas e rituais que em nada satisfazem a justiça de Deus, e, portanto, são inúteis para salvar o homem; ao contrário, afastam ainda mais o homem do seu criador.
b)- Sua devassidão tirou a sobriedade dos homens.2
Quantas atrocidades foram cometidas em nome de uma falsa religiosidade!
Quão cegos são aqueles que rejeitam a Verdade!

v.3- A visão tem início; a mulher do versículo 3 é a mesma meretriz do v.2.
Na Bíblia a mulher (esposa) é uma figura usada no Antigo Testamento para Israel e no Novo Testamento (noiva) para a Igreja, repare:
Israel é a esposa pelo fato de ter entrado em aliança com Deus. A nação é comparada com uma mulher (esposa do Senhor); quando abandonou ao Senhor, passou a ser comparada com uma mulher adúltera. O pecado de idolatria é simbolizado pelo adultério! Jr 3.20 Veja também o comentário de Ap 12 na aula nº11.
Da mesma forma a Igreja verdadeira é a noiva do Cordeiro (Ap 22.17); a Igreja é comparada com uma moça virgem (virgindade – símbolo de pureza).
Se a Igreja verdadeira é a noiva pura, logo...
A Igreja falsa é a mulher prostituta; a meretriz! Não se trata apenas do catolicismo romano, mas de todas as religiões e seitas que unidas formarão a igreja apóstata liderada pelo catolicismo romano.
Notemos que a mulher estava montada na besta, ou seja, caminhava com a besta e por ela era carregada. Esta besta é a mesma do capítulo 13.1-10 (ver comentário da aula 12). Perceba que o próprio sistema do Anticristo é o que a sustentará por um tempo. É interessante para o Diabo que existam muitas religiões, pois isto causa confusão; do mesmo modo, no início da tribulação será interessante para o Anticristo manter a falsa igreja.
Todo sistema religioso falso compactua com o mundo e está de acordo com o coração humano, logo, as religiões existem por causa do coração rebelde do homem e são sustentadas pelo próprio desejo mundano pecaminoso. Visto que nenhuma religião pode salvar, é da vontade do inimigo que surjam inúmeras religiões para atender aos diversos tipos de desejos e pecados humanos.
No início da tribulação, a falsa igreja caminhará juntamente com o próprio Anticristo, o pensamento da falsa religião caminhará de acordo com o espírito do Anticristo e será carregada por ele.
Os “nomes de blasfêmias” mostram todo o caráter da Besta que, por fim, buscará adoração para si mesma!
Sobre o significado das cabeças e dos chifres da Besta veremos a seguir no próprio texto.

v.4- Repare a riqueza da falsa igreja. Toda prostituta enriquece as custas do serviço feito para os seus clientes, do mesmo modo, esta igreja apóstata enriqueceu fazendo a vontade do Diabo!
As abominações são os atos da prostituta, os quais são detestáveis para Deus. A palavra grega na Septuaginta usada neste versículo para “abominações” é “bdelugma” que indica todas as formas de impureza cerimonial, sobretudo o que se relaciona a qualquer contato com a idolatria. Abominação pode-se dizer que, em primeiro plano, é tudo detestável e digno de repúdio pelo Senhor.

v.5- Neste versículo vemos a ligação desta falsa igreja com a Babilônia.
Por que “mistério”?
Ao estudarmos sobre a Babilônia na aula anterior, observamos que esta cidade é símbolo de confusão e rebelião contra Deus; nela se originou todo sistema religioso falso. Os rituais da Babilônia continuam presentes até mesmo no cristianismo apóstata!
v.6- “A mulher estava embriagada com o sangue dos santos!”
O que será que deixou o apóstolo tão admirado?
João vivenciou vários tipos de lutas e perseguições, entretanto, agora ele vê algo terrível e chocante; um sistema que se diz de Deus, uma “igreja” comandada por um sistema que trás o nome de Cristo, mas que, no entanto, mata e persegue àqueles que pertencem a Cristo!
Vale lembrar que o catolicismo romano, ao longo de sua existência perseguiu, torturou e matou inúmeros irmãos “em nome de Deus”; e não somente irmãos, mas em nome de uma falsa religiosidade hipócrita, perseguiram e mataram judeus, além de alguns cientistas.
Veja abaixo algumas imagens da inquisição e os instrumentos de tortura que foram usados pela igreja católica apostólica romana para torturar e matar os nossos irmãos em Cristo...



É triste vermos igrejas que se dizem cristãs unirem-se ao catolicismo através do movimento ecumênico!

II.2- Apocalipse 17.7-18
Estes versículos nos dão à interpretação da visão...

v.7- Será revelado o mistério da Mulher e da Besta.

v.8- Antes de comentarmos este versículo, vale lembrar que a Besta tanto se refere ao império romano restaurado (império do Anticristo) , como também ao próprio líder que o comanda, ou seja, o Anticristo. (Sugiro aos irmãos que revejam os comentários feitos sobre o Anticristo ao longo do nosso Seminário de Escatologia. Parte I: Escatologia geral - Aula 9- A grande Tribulação II e ainda na Parte III: Análise do livro de Daniel, aulas 3,8,9,10,12. Ver ainda o comentário nesta parte- Análise do livro do Apocalipse; aula 12; as duas bestas).
Sobre a Besta sabemos através deste texto que ela existia, passou a não existir e aparecerá novamente. O seu ressurgimento deixará o mundo perplexo, entretanto, aparecerá para ser definitivamente destruída.
O império romano não foi aniquilado totalmente, ele permanece de alguma forma em oculto, como um vírus em estado de latência aguardando para se manifestar.
A expressão “era e não é, está para emergir” refere-se ao império do Anticristo que, na verdade, é o império romano que, de certo modo, será restaurado. Ver os comentários anteriores.

Lembre-se que na estátua do capítulo 2 do livro de Daniel, os pés que representavam o último império mundial possuíam algo do império anterior (romano) que era representado pelo ferro.

v(s). 9,10- A respeito das sete cabeças, o versículo 9 afirma que são os sete montes sobre os quais a mulher está assentada. Trata-se da cidade de Roma; sabemos que esta cidade é rodeada por sete colinas. A sede da igreja apóstata estará em Roma, onde se encontra a sede do catolicismo romano com todos os seus rituais da antiga Babilônia.
Sérvio Túlio rodeou com uma muralha as sete colinas que constituíam a cidade, ficando no seu centro o fórum romano.

As sete cabeças são também sete reis (vs. 9,10). Estes reis são os representantes dos impérios mundiais que oprimiram e dominaram diretamente sobre Israel, a saber:
Os cinco que caíram são: Egito; Assíria; Babilônia; Pérsia e Grécia
O que existe, ou seja, o que dominava na época em que foi escrito o livro do Apocalipse: Roma
O que ainda não chegou é o império do Anticristo (Romano restaurado).
Geralmente um império exerce o seu domínio por um longo período de anos, entretanto, este último império durará pouco tempo, ou seja, sete anos (período da Tribulação).

v.11- A Besta “também é ele”, ou seja, um homem! Este homem é o oitavo rei (o último líder mundial) e procede dos sete, isto significa que este líder virá da lista dos sete impérios anteriores, mais precisamente surgirá do império romano restaurado (sétimo).
O oitavo rei é o Anticristo!
Ele (o Anticristo) será destruído!

v.12,13- Este último império, tal como visto por Daniel, possui dez chifres, o que significa que esta nova superpotência mundial será formada por uma aliança de dez países, entretanto, a Besta assumirá o controle do império.

v.14- Este versículo refere-se a batalha do Armagedom no final da Grande Tribulação quando Jesus voltará para livrar Israel. A Besta, quando Jesus voltar, tentará de forma inútil pelejar contar Jesus, o Cordeiro de Deus.

v.15- As muitas águas, são povos, multidões, nações e línguas.
Repare que esta meretriz está assentada sobre muitas nações; quão grande é a influência da falsa religiosidade impregnada pelas práticas da antiga Babilônia sobre os vários povos da Terra!
Note ainda que a Igreja Católica Apostólica Romana é a única instituição que se diz religiosa e possui, através do Vaticano, representatividade governamental oficial por meio de suas embaixadas em quase todas as nações da Terra. Será coincidência que a sede do catolicismo seja em Roma; a Babilônia espiritual?

v(s) 16,17- Até a metade da tribulação eles caminharão juntos, mas depois a Besta se voltará contra a igreja apóstata.
Concluímos que o final do catolicismo e sua total ruína, bem como a destruição de todo sistema religioso mundial se dará na metade da tribulação. A própria Besta será o agente desta destruição.
Surge uma pergunta: Por que o próprio Anticristo destruirá a Babilônia espiritual?
Simples: Quando o Anticristo quebrar o pacto com Israel, ele exigirá adoração para si mesmo, como se fosse um “deus”, portanto ele procurará destruir tudo que mencione qualquer outro “deus”, ainda que seja um sistema religioso falso e desprovido do verdadeiro Deus.
Em suma, a adoração ao Anticristo será a religião! Leia: II Ts 2.3,4

v.18- A mulher não é apenas a falsa igreja, mas também a sua sede. Refere-se a Roma, visto ser esta a cidade que dominava sobre os reis da Terra (capital do império).

III- Resumindo:
A mulher é a igreja apóstata que ficará na tribulação e será comandada pelo Catolicismo Romano; este é chamado também de Babilônia (ver I Pe 5.13; onde Roma é chamada de Babilônia) por ter assimilado e guardado todos os seus rituais abomináveis. A mulher também é a própria sede das suas abominações; a cidade de Roma.
Todo este sistema religioso cairá e será definitivamente destruído no início da segunda metade da tribulação.

Agora que você aprendeu sobre a Babilônia espiritual, na aula seguinte prosseguiremos estudando este parêntese do livro analisando o capítulo 18 e aprendendo sobre a Babilônia político-econômica e a sua queda.





Seminário de escatologia - Parte IV
Análise do Apocalipse
Aula nº 16
Assunto:
Capítulo 18- A Babilônia política
Introdução:
Amados irmãos; o capítulo 18 do livro do Apocalipse encerra o último parêntese do mesmo. Nele estaremos estudando sobre a Babilônia política.
Repare na antiga Babilônia:
Um louvor, uma língua: Gn 10.8-14; 11.1-9.
Nos primórdios da Babilônia buscou-se um culto próprio, uma unidade religiosa mística, um único reino e um governo centralizado nas mãos de um único homem; uma falsa unidade em desafio a Deus. O Senhor jogou por terra todo intento maligno daquele povo e os dispersou pela Terra.
 Lembro aos leitores que a Babilônia é símbolo de degradação moral; ocultismo; idolatria e rebelião contra Deus (ver comentário completo na aula nº 14 sobre a Babilônia).
A cidade da Babilônia foi a capital de um grande e próspero império que emergiu entre 629ac e 626ac aproximadamente, e caiu sob o domínio Persa em 536ac. A região correspondente à antiga cidade localiza-se atualmente onde é o Iraque (no sul do seu território).                
Podemos notar no Novo Testamento que “Babilônia”, pode ter três sentidos simbólicos diferentes, a saber:
Geograficamente:
A cidade de Roma atualmente é simbolizada pela Babilônia; lá está a sede da falsa igreja e estará a sede do governo do Anticristo.
Espiritualmente (Babilônia Religiosa): Conforme estudamos na aula anterior; a falsa igreja ecumênica sob a bandeira do catolicismo romano com todos os seus rituais da religião mística da antiga Babilônia. A sede da Babilônia religiosa é Roma!
A Babilônia religiosa busca um só louvor e uma religião ecumênica. Ap 17
Politicamente: Estudaremos nesta aula. Será o sistema econômico e político mundial, cuja sede estará em Roma.
A Babilônia política busca um mercado unificado e um governo mundial. Ap 18
II- Análise de Ap 18.1-24 (A Babilônia política).
Enquanto que a Babilônia religiosa já está em formação em nossos dias e se manifestará no início da tribulação, sendo destruída na metade dos sete anos, visto que a Besta exigirá o louvor e adoração para si mesma; a Babilônia política, que igualmente já esta tomando forma através da integração do mercado mundial, da globalização e da formação de grandes blocos econômicos, será destruída diferentemente da religiosa, pois a sua ruína total acontecerá apenas no final da tribulação pelos efeitos dos flagelos derramados sobre a Terra (Veja Ap 16.17-21).
Observamos a queda literal (física) da cidade com a sua total destruição e o conseqüente desmoronamento do sistema monetário mundial juntamente com a queda da sede do governo mundial.
v.1-3- É anunciada a queda da cidade da Babilônia (perfeitamente identificada com Roma).
Nesta época a sede do mercado mundial estará na capital do império: Roma.
Caindo a sede, desmorona-se e desestrutura-se todo o restante.
Lembram da confusão quando as torres gêmeas ruíram? Você já reparou a desestabilização que ocorre no mercado mundial quando a bolsa de Nova York despenca? Atualmente a sede do comércio está nos EUA, entretanto, durante a tribulação estará na Europa.
Assim como a Babilônia espiritual é um mistério e está presente nas religiões, principalmente no catolicismo, a Babilônia política está misteriosamente presente no mercado mundial.
Os mercadores enriqueceram à custa da sua luxúria. Podemos perceber que sempre uma minoria é beneficiada com o sistema financeiro mundial, com o capitalismo consumista e desenfreado. Os ricos ficam cada vez mais ricos e os pobres são cada vez mais explorados!
v.4- Haverão pessoas que crêem em Deus e estarão na cidade; será dado oportunidade para que se retirem antes da ruína total da cidade.
Babilônia é muito mais do que apenas a cidade de Roma, ela representa todo sistema corrupto mundial, cuja sede é Roma, a capital do último império humano.
O aviso nos lembra os dias de Ló em Gn 19.1-29, mas também serve de alerta para os nossos dias, pois, como cristãos, devemos nos apartar de toda corrupção do mundo! (I Co 15.33; Cl 12.2; I Ts 5.22).
v.5-8- Roma, durante anos foi a capital do império romano. Em seus dias, inúmeros cristãos foram mortos, perseguidos e torturados pelo governo. Vários judeus também foram mortos.
Como sede do catolicismo apóstata, a cidade continuou sendo o centro da perseguição religiosa que culminou com o martírio de inúmeros irmãos. O chão da cidade está marcado com o sangue dos nossos irmãos.
O Coliseu romano (figura ao lado) guarda dentro de suas paredes uma história de maldade, mortes, torturas e sofrimentos; lugar onde o sangue dos nossos irmãos foi derramado.
Judeus também foram perseguidos e mortos pela igreja católica.
Nos dias da tribulação, será a sede do governo mundial que buscará a destruição de Israel.
“Em um só dia”...
Em um só dia o Estado de Israel voltou a existir;
Em um só dia o muro de Berlim ruiu;
Em um só dia a União Soviética desmoronou;
Em um só dia a cidade de Roma cairá! Isto mostra que serão as mãos de Deus! (v.8)
9-20- Continua a lamentação daqueles que viveram ricamente e lucraram com o sistema político e econômico.
Com a ascensão do império do Anticristo, a cidade de Roma transformar-se-á na capital de todo império, tornando-se riquíssima e centro das transações políticas e monetárias.
Notemos que a destruição da cidade será sobrenatural, fulminante e repentina, marcando a queda do governo e comércio mundial no encerramento da tribulação.
Todos os governantes que buscaram o lucro e todos os que viveram à custa do sistema ganancioso que impera no mundo e que enriqueceram com o comércio mundial e sua exploração selvagem vão se
 lamentar.
No versículo 13, repare que as almas são colocadas como parte da transação; isto nos mostra o quanto os homens se envolvem pela ganância, pelo dinheiro e pelo desejo de poder. Leia I Tm 6.10.
No versículo 18, A mesma soberba da antiga Babilônia é vista ainda em Roma com a frase: “Que cidade se compara à grande cidade?”.
No versículo 20, a comemoração se deve ao fato do Senhor ter feito justiça!
21-24- A destruição da Babilônia será definitiva; isto em todos os aspectos!
Na aula anterior vimos que a falsa igreja ecumênica apóstata e maligna foi completamente e definitivamente destruída. Os esforços humanos para se salvar se mostraram de uma vez por todas inúteis e toda religiosidade não pôde salvar o homem.
Roma, como cidade será completamente destruída e não mais existirá!
Todas as tentativas humanas de governo sem Deus serão definitivamente encerradas. Deus provará que o homem sem ele sempre caminhará para a sua própria destruição.
Será definitivamente desfeito todo sistema comercial e financeiro mundial juntamente com as suas injustiças e desigualdades.
Na aula seguinte voltaremos à ordem cronológica do livro e estaremos falando sobre a gloriosa volta do Senhor Jesus


















Seminário de escatologia - Parte IV
Análise do Apocalipse
Aula nº 17
Assunto:
Capítulo 19- A volta de Jesus

I-Introdução:Irmãos; este capítulo reinicia a seqüência cronológica interrompida com os capítulos 17 e 18 do livro e marca o término da Grande Tribulação com o retorno de Jesus Cristo à Terra.
Para que prossigamos com o nosso estudo é necessário revermos alguns conceitos aprendidos em escatologia geral e história de Israel, a saber:

1º)-A volta de Jesus é dividida em duas fases:

A)-a primeira é o arrebatamento da Igreja, quando Jesus não pisará na Terra e a Igreja se encontrará com ele nos ares.

B)-a segunda é a vinda gloriosa e visível do Senhor, quando Jesus pisará na Terra e a Igreja retornará com ele. Os objetivos deste retorno são:
* Dar fim ao império do Anticristo
* Dar fim a Grande tribulação
* Lançar a Besta e o falso profeta no inferno juntamente com todo o seu exército
* Livrar Israel
* Instaurar o tribunal para julgar as naç
* Separar os bodes das ovelhas
* Prender Satanás e os seus anjos
* Implantar o seu reino milenar
* Reinar sobre toda Terra, instituindo Israel como cabeça;
* Cumprir as promessas feitas por Deus em relação a Israel. Estas promessas foram feitas aos patriarcas e confirmadas ao longo da história da nação através do ministério dos profetas, tendo sido seladas através de alianças nos pactos Abraâmico,  Palestino e Davídico.

2º)-As duas ressurreições:

A)-a primeira é a ressurreição dos salvos para a vida eterna e se divide em fases, a saber:
* Primeiro Cristo
* Depois os santos do Antigo e Novo Testamento
Na ressurreição dos salvos, ainda haverá...
* A ressurreição das duas testemunhas durante a Tribulação
* Por último os mártires da Grande Tribulação

B)-a segunda ressurreição somente ocorrerá após o milênio (1.000 anos depois da primeira ter sido concluída). Esta segunda ressurreição será apenas para os perdidos.

3º)-Quem fica na Terra?
A)-com o arrebatamento da igreja ficaram na Terra para passarem pela tribulação os que não entregaram a sua vida ao Senhor Jesus.
B)-com a volta de Jesus, ficarão na Terra as ovelhas, ou seja, os justos que sobreviveram à tribulação, tanto gentios quanto judeus. Os bodes não herdarão o reino e serão lançados no inferno. Mt 25. 31-46

4º)-Nossa posição:
Pré-tribulacionistas e pré-milenistas

Prossigamos com a análise do nosso texto...

II-Análise de Ap 19
Os eventos que se seguem estão em ordem cronológica. Podemos dividir em duas partes, a saber:
Parte I- Acontecimentos no céu (v.1-10)
Parte II- Acontecimentos na Terra (v. 11- 21)

Parte I- v. 1-10- O capítulo se inicia com uma adoração. Tudo está para ser concluído; o Senhor voltará!
Deus é adorado. A adoração é feita no céu pelos 24 anciãos, os quatro seres viventes e todos os santos.
Os motivos da adoração são vistos a seguir:
1º-A vingança do Senhor e a destruição da cidade de Roma (a queda da Babilônia política se dará no final da grande tribulação).
Deus é justo no seu julgamento e no derramar da sua ira.
A destruição da Babilônia será definitiva!
2º- A implantação do reino que acontecerá com a vinda de Jesus.
3º- As bodas do Cordeiro
Obs: Quanto às bodas, observe que neste texto a Igreja não é chamada mais de noiva, mas sim de esposa (v.7). O casamento concluiu-se no arrebatamento.
As “Bodas do Cordeiro” é o último evento que ocorrerá no céu antes da volta de Jesus à Terra. A segunda vinda é o acontecimento mais esperado em relação a Israel, quando o Messias finalmente implantará o seu reino milenar e Israel será cabeça dentre as nações.
O versículo 10 é mais uma prova da condenação da idolatria e adoração a qualquer outro ser que não seja o Senhor nosso Deus.

Parte II- v.11-21

A) - v.11-16- Do céu, a cena passa para a Terra. A volta de Jesus visível; em poder e grande glória juntamente com a Igreja! Cristo voltará e pisará no Monte das Oliveiras. Leia: Zc 14.1-8; At 1.6-12
Repare a diferença entre o cavaleiro de Ap 19.11 e o do capítulo 6.1.
Este cavaleiro certamente é Jesus!

Vejamos algumas características deste cavaleiro:
1º-Chama-se Fiel e Verdadeiro v.11- João 7.18; 14.6
2º-Julga e peleja com justiça v.11- João 5.22,27 Atos 17.31 II Timóteo 4.1
3º-Seus olhos são como chama de fogo v.12- Apocalipse 1.14
4º-Na sua cabeça há muitos diademas v.12- O diadema era uma espécie de coroa enfeitada, usada pelos gregos e pelos romanos. Muitos diademas, em um sentido figurado, significa que o seu reino é infinito.
5º-Um nome escrito que ninguém conhece, senão ele mesmo. v.12- O nome identifica alguém. O nome abrange todos os pensamentos ou sentimentos do que é despertado na mente pelo mencionar, ouvir, lembrar, o próprio nome; seja posição, autoridade, interesses, satisfação, comando, excelência, ações, etc., de alguém.
Exemplo: O que você lembra quando é mencionado o nome de Hitler?
O que você lembra quando é mencionado o nome de Jesus?
A expressão do versículo 12 significa que somente o próprio Senhor pode saber a profundidade do seu nome, o qual expressa a sua obra, o seu domínio, o seu amor!
6º-Está vestido com um manto tinto de sangue v.13- Mostra o seu sacrifício (Gn 49.11; Is 63.1-3)
7º-E o seu nome se chama Verbo de Deus v.13- Na gramática; verbo expressa ação! Jesus é o “braço” do Senhor! (Is 53.1). Veja a sua presença na criação (Gn 1.26; Jo 1.1,10,14)
8º-Os exércitos do v.14 são os santos, haja vista estarem vestidos de linho finíssimo, branco e puro que mostra a santificação. Ver Apocalipse 19.8
9º-A espada (v.15)que sai da sua boca é a Palavra de Deus! Apocalipse 1.16
A frase: “regerá as nações com vara de ferro”, aponta para o reino milenar e o governo de Cristo, o qual será extremamente justo!
Sobre ele pisar no lagar, ver o sexto item.
10º-O nome escrito no manto e na coxa deixa bem claro que ele é: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES!
Este nome mostra o seu pleno senhorio e domínio sobre todas as nações da Terra.
Obs.: Existia um costume antigo (Gn 24.2,9) de que ao ser feito um juramento entre dois homens, para selar o acordo e a promessa, colocava-se a mão debaixo da coxa daquele a quem se fez a promessa.
O nome na coxa nos lembra que Jesus cumpriu as promessas feitas ao seu povo!

B) - v.17-21- A grande matança no Armagedom. A vitória do Cordeiro e a condenação eterna das duas Bestas.
Note bem a diferença entre as Bodas do Cordeiro (céu) e a Grande Ceia de Deus (Terra)  nos versículos 17 e 18.

v.19-A Besta e todas as nações reunidas através dos seus exércitos para a batalha do Armagedom.
De forma inútil, todos os exércitos da Terra se voltam contra o Cordeiro e a sua Igreja.

v.20-Condenação imediata da Besta e do Falso profeta. Eles serão lançados direto no inferno.
Obs.: Até então o inferno ainda não havia sido inaugurado!

v.21-Morte de todos os integrantes dos exércitos do Anticristo e demais nações pelo Palavra do Senhor.
Obs.: Os integrantes dos exércitos que participaram desta guerra contra o Cordeiro e foram mortos, vão para o Hades, lugar de tormentos, onde ficarão até a segunda ressurreição após o milênio, no juízo final, quando então serão condenados e lançados no inferno.

Com estes eventos é colocado um ponto final na Grande Tribulação e Israel finalmente é purificado dos seus pecados, cumprindo-se a profecia das setenta semanas do livro de Daniel; que está escrita no capítulo nove versículo vinte e quatro...
“Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniqüidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o Santo dos Santos.”

Na aula nº. 18 estaremos meditando no capítulo 20. Este capítulo fala sobre o juízo das nações, a implantação do Reino milenar e o juízo final













































Seminário de escatologia - Parte IV
Análise do Apocalipse
Aula nº 18
Assunto:
Capítulo 20- Eventos finais
I-Introdução:
Este capítulo trata dos últimos eventos escatológicos antes da entrada no estado eterno; nele encontramos eventos importantes, tais como: Juízo das nações; milênio; segunda ressurreição; juízo final e a morte eterna para o Diabo, seus anjos e todos os ímpios.
É digno de nota lembrar que este capítulo segue a ordem cronológica, sendo uma continuação do capítulo 19.
II-Análise do capítulo 20.1-15
II.1- A prisão de Satanás
v.1-3-Satanás é preso no abismo por um período literal de mil anos, exatamente o tempo correspondente ao milênio, logo, durante o reino de Cristo na Terra o mundo não sofrerá nenhum tipo de influência diabólica. Isto prova que a natureza humana foi manchada pelo pecado, pois haverá pessoas que pecarão durante o milênio.
Após os mil anos Satanás será solto.
Obs.: A prisão de Satanás abrange, obviamente, a prisão de todas as suas hostes também.
II.2- Juízo das nações e ressurreição dos mártires da tribulação
v.4-6-No início do versículo quatro, vemos sendo montado o tribunal para o juízo das nações. Não confundir com o juízo final.
No juízo das nações serão separados os bodes das ovelhas; somente as ovelhas poderão entrar no milênio. O juízo das nações é um julgamento para vivos, somente comparecerão ao tribunal àqueles que sobreviveram às catástrofes da Tribulação. Dentre estes sobreviventes, existem as ovelhas (que creram em Deus) e os bodes (que foram marcados e adoraram a Besta).
Estas ovelhas ocuparão a Terra durante o milênio e encherão a Terra.
A primeira ressurreição se encerra com a ressurreição dos mártires da tribulação, ou seja, àqueles que haviam morrido durante a Grande Tribulação por causa da Palavra de Deus e do testemunho de Jesus; estes não adoraram a Besta nem permitiram que fossem marcados.
Os outros mortos, ou seja, todos os mortos desde a fundação do mundo os quais não creram em Deus e se encontram no Hades, somente ressuscitarão após o milênio. Esta será a segunda ressurreição; a ressurreição dos ímpios para o juízo final e condenação eterna.
Os mártires também reinarão com Cristo.
Por que é bem-aventurado quem participa da primeira ressurreição? Simples: Porque a primeira é a ressurreição dos salvos, enquanto que a segunda será para os perdidos que serão julgados diante do grande trono branco e serão condenados.
II.3- Gogue e Magogue e a condenação de Satanás.
v.7-10- Satanás será solto após o término dos mil anos.
Gogue e Magogue são nomes que representam todas as nações inimigas de Deus que lutarão contra o seu povo na batalha final.
Por que Satanás conseguirá seduzir as nações?
Resposta: Durante o milênio a natureza humana continuará a mesma. Quem entrou no milênio tendo sobrevivido à tribulação, entrou com o corpo que temos hoje, diferentemente dos santos que estarão em um corpo glorioso. Por causa disso, os homens que povoarão a Terra poderão reproduzir-se e a humanidade encherá a Terra.
A Terra estará sob as melhores condições já vistas:
* Os homens se lembraram da triste experiência do governo sem Deus
* Deus eliminará da Terra as pragas e toda contaminação
* Os homens trabalharão na reconstrução da Terra
* Jesus estará pessoalmente reinando. A capitaol da Terra será Jerusalém e Israel será a principal nação
* O governo de Jesus será perfeito
* Os homens viverão muitos anos
Leia os seguintes textos: Is 2.1-4; 11.1-9; 65.19-25
Apesar de todas as bênçãos e da presença do Senhor, alguns ainda pecarão. Muitos obedecerão por medo e não por amor. Os filhos das gerações que nascerão durante o milênio, duvidarão das histórias contadas pelos seus pais, eles colocarão em dúvida em seus corações a bondade e o amor do Senhor.
Quem pecar durante o milênio morrerá, ou seja, somente haverá morte para quem pecar; entretanto, muitos não manifestarão publicamente os seus corações, embora Deus os conheça muito bem. Quando Satanás for solto, encontrará um terreno fértil nestes corações rebeldes.
Deus permitirá que levem adiante o seu intento maligno, provando desta forma a maldade do coração do homem. Na batalha final, o Senhor intervirá de modo sobrenatural e todo exército inimigo será destruído de uma só vez.
v.10- Satanás será lançado no inferno e certamente não terá tempo para “espetar as irmãs que cortaram o cabelo” ou ainda para fazer com que “as irmãs engulam os brincos e as calças”, obviamente que estou usando um tom irônico, pois tais coisas são fruto da mente insana de alguns fariseus que gostam de oprimir o povo de Deus.
Satanás será lançado no inferno e será atormentado de dia e de noite para sempre.
A condenação do Diabo já é certa!
III.4- O juízo final
v.11-15
Obs.: Sabemos que os anjos caídos, segundo a Palavra de Deus, também serão julgados, e, obviamente, serão condenados (I Co 6.2,3); entretanto, este julgamento não é mencionado aqui neste texto.
v.11- O juízo do Grande Trono Branco é o juízo final.
v.12- Segunda ressurreição.
O livro da Vida contém o nome de todos os salvos, quem não está com o nome escrito nele é porque não tem a vida eterna.
Livros - Refere-se aos livros das obras de cada um.
Somos salvos pela fé e não por obras, porém, os homens são condenados por suas próprias obras. Porque não creram em Cristo, os seus pecados permanecem sobre si mesmos.
v.13- Ninguém escapará do juízo!
A palavra do grego traduzida para além é Hades, ou seja, o mundo dos mortos.
v.14- Existe um erro significativo de tradução neste texto. A Palavra traduzida para inferno no original grego é Hades, ou seja, o mundo dos mortos.
Lago de fogo é o mesmo que inferno; logo, o inferno ser jogado no inferno fica um tanto estranho. Ver a Nova Tradução na Linguagem de Hoje da SBB, onde o texto está mais bem explicado.
O sentido correto do texto fica: A morte e o Hades (mundo dos mortos) foram lançados no inferno (lago de fogo).
A interpretação é que não haverá mais morte e todos os ímpios serão eternamente condenados.
Chamamos a separação eterna e definitiva entre Deus e o homem de “morte eterna”. A morte eterna é o estado oposto da vida eterna. Será uma eternidade de sofrimento e tormento.
Todo homem possui uma alma imortal, isto é diferente de eternidade. A alma ser imortal significa que ela não será destruída, não será aniquilada; a alma do homem que é salvo pela fé passará a eternidade com Deus enquanto que a alma do homem incrédulo passará a eternidade em tormentos sem Deus. Os “Adventistas do Sétimo Dia” e os “Testemunhas de Jeová” afirmam que a alma não é imortal, dizem que a alma do ímpio será destruída, afirmam que até o Diabo será destruído. Estas seitas ensinam que não existe inferno ou condenação; isto é um absurdo! A Bíblia é bem clara quanto a estas verdades!
v.15- Quem não estava inscrito no Livro da Vida foi lançado no inferno!
Meus amados; muitos dizem: Deus é amor! É verdade, mas Deus também é justo! Certamente ele fará justiça!
Encerro esta aula com a seguinte pergunta:
Onde você deseja passar a sua eternidade?
Na próxima aula estaremos comentando os capítulos 21 e 22 do livro do Apocalipse e encerraremos a análise do livro. O assunto destes dois capítulos é a eternidade futura.













Seminário de escatologia - Parte IV
Análise do Apocalipse
Aula nº 19
Assunto: A eternidade futura
Análise dos capítulos 21 e 22
I- Introdução
Meus irmãos; nesta aula estaremos analisando os capítulos 21 e 22 do livro e encerraremos o estudo do Apocalipse. O assunto que iremos abordar e que abrange estes últimos capítulos é a eternidade.
Devemos recordar que o capítulo 20 terminou com o juízo final e a condenação definitiva (segunda morte) dos ímpios. Deus mostrou que o homem realmente necessita ser transformado em seu íntimo. Necessário é nascer de novo!
Aprendemos na última aula que mesmo sendo provado sob as melhores condições durante o milênio, no qual o próprio Senhor Jesus estará reinando pessoalmente na Terra, mesmo com o Diabo e todos os seus anjos estando acorrentados no abismo, mesmo com a Terra em excelentes condições e plenamente restaurada, mesmo com as recentes experiências negativas do governo do Anticristo; ainda assim, após os mil anos os homens mais uma vez juntar-se-ão para rebelar-se contra Deus e o seu ungido; porém, desta vez, aprendemos que o Senhor desce fogo do céu e consome todo o exército de Gogue e Magogue; Satanás é lançado no inferno para ser atormentado eternamente e o juízo final acontece com a condenação definitiva dos homens ímpios, estes são lançados no inferno e também serão atormentados para sempre, banidos eternamente da presença de Deus na escuridão das trevas; esta será a segunda morte.
Agora que todas as coisas foram concluídas, Deus restaurará definitivamente o homem.
Os capítulos 21 e 22 seguem em ordem cronológica e falarão sobre a eternidade; entretanto, antes de começar a eternidade futura, a Terra que agora vemos e os céus serão destruídos para darem lugar a uma nova criação. A nova Terra será adaptada para a eternidade.
Podemos inserir entre o capítulo 20 do Apocalipse e o capítulo 21, o texto de II Pedro 3.1-13. Este texto mostra que os céus e a Terra serão destruídos (ver ainda Mt 24.35; Hebreus 1.10-12).
II- A Eternidade futura
II.1- Análise de Apocalipse 21.1-22.5
A)- 21.1-8
v.1,2- João viu...
A- Novo céu e nova Terra (repare que não é uma restauração dos antigos, mais sim uma nova criação)
B- Uma cidade literal- Nova Jerusalém
v.3- Nesta nova Terra, Deus habitará com os homens. A cidade de Deus é a Nova Jerusalém.
v.4- Neste versículo podemos observar as coisas que não existirão na eternidade.
As primeiras coisas se passaram, ou seja, tudo foi concluído, todo este período anterior à eternidade futura são as “primeiras coisas”.
v.5- Mais uma vez é mencionada a nova criação.
Estas Palavras são fiéis e verdadeiras; certamente tudo isto acontecerá!
v.6- Chegamos a conclusão de tudo.
Deus é o princípio de tudo, antes dele não há nada! Ele também é o Fim de todas as coisas, fora dele nada haverá.
v.7- Promessa para quem vencer- O livro é um consolo para tempos de aflição!
Herdaremos todas estas coisas!
Uma das maiores heranças: Sermos filhos de Deus!
v.8- Neste versículo vemos uma lista resumida de classes de pessoas que ficarão de fora desta nova criação, não receberão a vida eterna como herança e não herdarão todas as bênçãos contidas neste livro.
Covardes- Aqueles que negam a Jesus.
Incrédulos- Não creram em Jesus; não possuem fé
Abomináveis- Praticam coisas detestáveis, tal como a idolatria
Assassinos- Aqueles que matam, não necessariamente fisicamente
Impuros- Oposto de Santos- Aqueles que se sujeitam a qualquer forma de contaminação, seja no corpo, na mente ou no coração.
Feiticeiros- Aqueles que praticam uma forma de magia em que se usam certos atos e palavras e a invocação de espíritos (demônios) a fim de prever o futuro ou controlar pessoas ou acontecimentos. Lembro que a feitiçaria vai ainda mais além: Todo rebelde é como um feiticeiro (I Samuel 15.23)
Idólatras- Não apenas aqueles que adoram aos ídolos, mas também todos os que colocam algo acima de Deus em suas vidas. Em Colossenses 3.5, Paulo diz que a avareza é idolatria.
Mentirosos- O Diabo é o pai da mentira (João 8.44). Como pode um crente viver mentindo?
B)- Ap 21.9- 22.5-  A Nova Jerusalém
Nestes versículos o apóstolo João descreve a Nova Jerusalém. Nosso objetivo não será o de interpretar todos os símbolos usados em relação à cidade santa, visto que os mesmos são descritos com a principal finalidade de nos mostrar o estado eterno dos seus habitantes, mas sim o de dar uma noção de como será o estado de eterna glória dos salvos.
Tentar interpretar precisamente como será a cidade onde habitarão os salvos é certamente impossível, haja vista que falar de coisas celestes é extremamente complicado para seres limitados como nós, além de serem coisas inimagináveis e que transcendem a nossa compreensão; coisas jamais vistas por qualquer ser humano. A cidade e tudo o que nela há, foi preparada para receber homens glorificados que viverão eternamente.
João nos dá apenas uma “pinceladinha” de tudo o que nos espera...
A cidade também é chamada de noiva e esposa. Se os seus habitantes pertencem ao Senhor, logo, toda a cidade lhe pertence. A cidade representa o todo, ou seja, os seus habitantes.
Em nossos dias também usamos este tipo de linguagem. Exemplo: Quando falamos que a cidade de São Paulo está sofrendo com a poluição, logicamente estamos nos referindo aos seus habitantes.
A cidade é literal, não é uma figura, mas realmente ela existe!
Viver na glória, não é apenas viver em um lugar; quando falamos que vamos para a glória isto é muito mais profundo do que ir para um determinado lugar, embora saibamos que exista um lugar preparado para os salvos, mas a Glória, mais
 que um lugar, também é um estado, uma condição que atingiremos e que abrange muitas coisas.
v.11- A pedra de jaspe é transparente, tal como um cristal, isto mostra a santidade dos habitantes da cidade e a glória que nela há.
v.12-27- Sua muralha simboliza a segurança da salvação.
É digno de nota o comentário sobre as 12 portas e os 12 fundamentos:
A porta é o lugar por onde se entra e o fundamento é o que sustenta a casa.
São doze portas e não apenas uma ou duas, pois a salvação estava ao alcance de todos. Estas portas estavam em todas as direções, pois o acesso foi para todos os povos.
Não podemos falar de porta sem lembrarmos de Jesus; ele é a porta para a salvação, ele é Deus, mas se fez homem. Como homem veio da descendência de Abraão e Davi; ele era judeu! Não haveria salvação se o Verbo não se fizesse carne e habitasse entre nós; por isso a contribuição da nação é lembrada eternamente nas doze portas através do nome das doze tribos de Israel.
O fundamento nos lembra de Cristo também. Ele é a pedra principal, através dele veio a graça salvadora. Cada fundamento foi posto pelos apóstolos através da Palavra inspirada por Deus. O tema das Escrituras é Jesus Cristo!
As pedras do fundamento nos lembram do peitoral sacerdotal. Isto mostra o sacerdócio eterno dos crentes, ou seja, o eterno serviço dos salvos diante de Deus.
A dimensão da cidade é algo incomparável. Um estádio era igual a 178m. O estádio romano era de 185m e o grego de 189m. Considerando-se o estádio romano; 12.000 estádios correspondem a 2.220 Km; entretanto, a cidade é medida em três dimensões (comprimento, largura e altura). A simetria igual mostra a sua perfeição.
Alguns detalhes importantes:
  1. Não havia templo- Deus estará presente.
  2. Não havia sol nem lua- A glória de Deus a ilumina e o Cordeiro é a sua lâmpada.
  3. Será a capital da nova Terra. Repare no versículo 24 que na nova Terra existirão nações.
  4. Suas portas sempre estarão abertas, ou seja, todos terão acesso ao Senhor.
  5. Nada de mal entrará nela. Somente terão acesso os salvos.
22.1-5- Assim como as águas de um rio trazem vida e irrigam a Terra, o Rio da água da vida lembrará a vida eterna que emana de Deus e do Cordeiro.
A Árvore da Vida nos lembra do Édem e mostra-nos a vida eterna. Os doze frutos são produzidos mês a mês, ou seja, a Árvore não para de frutificar, lembrando a vida eterna recebida pelos salvos. Embora na eternidade não exista contagem de tempo, a linguagem do texto muitas vezes é usada para que compreendamos as coisas espirituais.
Não vemos mais a árvore do conhecimento do bem e do mal; como dizia um poeta: “A árvore cujo fruto trouxe a morte, secou-se na cruz!”.
Mais detalhes importantes:
1- Veremos a face do Senhor
2- Reinaremos com Cristo para sempre.
III- A veracidade do livro (v.6,7)
v.6- O conteúdo do livro é fiel e verdadeiro.
Se Deus enviou o seu anjo para revelar o conteúdo do livro, significa que ele deve ser lido e estudado!
As coisas que em breve devem acontecer. Lembre-se que para o Senhor um dia é como mil anos. Leia II Pedro 3.1-13
v.7- Jesus está voltando (certamente hoje a nossa redenção está mais próxima do que ontem)! Romanos 13.11
Existe uma bem-aventurança para quem guardar as palavras deste livro.
IV- Admoestações e últimas promessas (v.8-17)
v.8- Mais uma vez é dito que João é o autor do livro
v.9- Ver Ap 19.10
v.10- O livro não deve ser selado, ou seja, o conteúdo deve ser revelado. O motivo: O tempo está próximo!
Veja o contraste com Daniel 12.9. No caso de Daniel, ele viveu na época da Lei, o Espírito era dado por medida e o Messias ainda não havia se manifestado, ele não estava na dispensação da graça.
Em nossa época (mesma dispensação na qual viveu João, ou seja, Graça), a revelação da Palavra de Deus é mais profunda, visto que:
*  O Messias já se manifestou
*  O Cordeiro já foi imolado
*  A salvação se estendeu à todos os povos pela fé em Jesus Cristo
* O Espírito veio habitar no coração daquele que crê e recebemos da sua plenitude através de Jesus Cristo.
*  O mistério da Igreja foi revelado
*  Muitas coisas já se cumpriram, o que nos faz compreender melhor a profecia
*  Vivemos na última dispensação antes que o Senhor venha reinar
* A contar da morte e ressurreição de Cristo e a fundação da Igreja, iniciou-se a contagem regressiva para o cumprimento de todas as coisas.
A cada dia a salvação está mais próxima; por isso o livro serve para consolo, edificação e alerta para os salvos; portanto, deve ser lido e conhecido.
v.11- As palavras deste versículo mostram que independentemente das atitudes do homem, a Palavra se cumprirá. O versículo nos mostra também que a injustiça e a impureza continuarão a aumentar até o fim; ao passo que, quanto mais o tempo avança, mais o Crente deve buscar a justiça e a santidade.
Os ímpios cada vez mais mergulham na sua impiedade e o Senhor os entrega às suas próprias paixões como punição pelos seus desejos e pecados.
Em Romanos 1 podemos observar que uma forma de Deus punir o homem é entregando-o aos seus próprios pecados. Veja as três coisas às quais os homens foram entregues por Deus:
Romanos 1:24  “Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si;”
Romanos 1:26  “Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza;”
Romanos 1:28  “E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes,”
Aos crentes cabe cada vez mais, visto que o fim se aproxima; santificar a vida e praticar a justiça.
v.12- Mais uma vez o Senhor promete voltar em breve. Desta vez ele promete trazer a retribuição para cada um. Veja o texto abaixo:
Romanos 2.5-11: “Mas, segundo a tua dureza e coração impenitente, acumulas contra ti mesmo ira para o dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus, que retribuirá a cada um segundo o seu procedimento: a vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem, procuram glória, honra e incorruptibilidade; mas ira e indignação aos facciosos, que desobedecem à verdade e obedecem à injustiça.
Tribulação e angústia virão sobre a alma de qualquer homem que faz o mal, ao judeu primeiro e também ao grego; glória, porém, e honra, e paz a todo aquele que pratica o bem, ao judeu primeiro e também ao grego. Porque para com Deus não há acepção de pessoas.”.
v.13- As palavras foram ditas por Jesus
v.14- Somente tem a vida eterna aquele que crê em Jesus Cristo e torna-se participante do seu sacrifício.
Na lista do versículo 15 é acrescentado os cães.
O cão volta ao próprio vômito, isto nos lembra daqueles que se apostatam da fé e retornam as mesmas imundícias.
v.16- Mais uma vez a veracidade e a certeza do cumprimento das profecias estão no próprio Senhor que as revelou para às Igrejas. Ele cumprirá, pois:
É a raiz de Davi (Is 11.1). Somente ele possui as credenciais necessárias para cumprir todas as promessas.
Como a resplandecente Estrela da Manhã, que permanece no céu após a noite; ele próprio é o cumprimento da sua promessa. Ele permanece; ele está vivo e ressuscitou! Não somente ele cumpre; como também se cumpre nele todas as coisas.
v.17- Devemos desejar ardentemente a vinda do Senhor. Este é o desejo de um coração onde habita o Espírito Santo!
V- Últimas palavras e bênção - Ap 22.18-21
Advertências para o leitor do livro. v(s) 18 e 19
v.20- Mais uma vez o Senhor nos dá a certeza de que voltará em breve!
Que assim seja!
Devemos desejar e pedir por este retorno!
v.21- O livro se encerra com uma bênção. Aliás, este é o último versículo do Novo Testamento. Repare no contraste com o Velho Testamento que se encerra com a palavra maldição. (Malaquias 4.6).
Amados irmãos, terminamos com esta aula a análise do livro do Apocalipse. Quão maravilhoso é poder ler e estudar este livro. Como é sublime ver que o Senhor encerra toda a Escritura com a promessa da sua vinda.
Do mesmo modo que o apóstolo João, devemos desejar ardentemente a volta do Senhor. Pedir pela volta do Senhor é ter vontade de estar juntinho dele; é desejar estar livre de tudo o que impede a nossa comunhão plena; é não se conformar com este mundo.
 Que este estudo possa auxiliar na meditação de tão importante livro, e que o Apocalipse seja um conforto para a sua alma nos momentos de aflição, mantendo fixo o olhar naquilo que nos está reservado.
Deus abençoe a todos!













Seminário de escatologia - Parte IV
Análise do Apocalipse
Conclusão
Falar do livro do Apocalipse causa no leigo reações que vão desde curiosidade até a medo, entretanto, para muitos cristãos ele também desperta as mesmas reações, e, para estes, continua sendo um livro “selado”; quando na verdade, conforme em suas próprias páginas encontramos escrito, ele deve ser aberto, lido, guardado no coração, divulgado e ensinado. Infelizmente muitas igrejas deixam de ensinar a Palavra de Deus em sua totalidade, impedindo o acesso dos seus membros ao conhecimento e meditação de textos tão importantes, como, por exemplo, o do livro do Apocalipse.
Por que esta negligência acontece? Talvez por medo do que está revelado, visto que o livro mostra o destino dos que se conduzem com hipocrisia; talvez por falta de aplicação ou ainda simplesmente despreparo; porém, sobre aqueles que meditam em temor, o livro traz consigo consolo, edificação e esperança.
Amados; ao concluirmos este estudo, realmente podemos perceber em nossos corações um forte sentimento de alegria que advém das bem-aventuranças concedidas aos que lêem o Apocalipse.
Deus abençoe a todos os que amam a sua Palavra e aguardam a sua vinda.

























Seminário de escatologia - Parte IV
Análise do Apocalipse
Bibliografia
1)Almeida,Abraão de; Israel,Gogue e o Anticristo-Edição revista e ampliada,CPAD. 
2)Arrington, French L./ Stronstad, Roger; Comentário Bíblico Pentecostal- Novo Testamento-CPAD.
3) Bíblia online- módulo avançado- recursos do dicionário de Almeida e Strong.
4) Bíblia de Estudos Pentecostal- online- CPAD.
5)Bueno, Francisco da Silveira; Dicionário Escolar Da Língua Portuguesa-Ministério da Educação- 11ª edição-1992, Biblioteca Nacional-FAE.
6)Champlin, Russel N.: O Novo Testamento Interpretado Versículo por versículo- Vol  6- Editora Hagnos.
7)Champlin; Russel N.: O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, vol 6, Ed Hagnos. 
8)Coenem, Lothar/ Brown, Colin: Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento- Volumes  I e II- Editora Vida Nova.
9)Cunha, Guilhermino: O Terceiro Milênio e a Nova Ordem Mundial- Editora Cultura Cristã
10)Davidson, F. ; O Novo Comentário da Bíblia- Ed 1 vol- Editora Vida Nova.
11)Douglas, J.D. ; O Novo Dicionário da Bíblia-Ed 1 vol- Editora Vida Nova.  
12)Gilberto; Antonio; O Calendário da Profecia- CPAD.  
     
13)Gilberto, Antonio; Daniel e Apocalipse –– CPAD.
14)Mcnair;S.E., A Bíblia Explicada, CPAD.
15)Nigh, Kepler : Manual de Estudos Proféticos- Editora Vida
16)Thompson, Frank Charles: Bíblia Sagrada- / Traduzida por Almeida, João Ferreira de- Edição contemporânea – Editora Vida.
17)Traduções da Bíblia Sagrada: Almeida Revista e Atualizada (ARA); Almeida Revista e Corrigida (ARC); Almeida Contemporânea (AC); Almeida Corrigida Fiel (ACF); Bíblia na Linguagem de Hoje (BLH) e Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH).
18)Kelly,W. ; O Apocalipse – Estudos sobre a Palavra de Deus–Depósito de literatura cristã – Lisboa – 1989.
19) Apostilas, mapas e publicações:
A) Apostila da ABECAR- Análise do livro do Apocalipse- Prof. Miss. Willis Gordon Stitt.
B) Mapa  – Escatológico  – CPAD
























Agradecimento
Louvado seja o Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, sem o qual, nada posso fazer. Nada tenho que não tenha sido primeiramente dado pelo Senhor.
Dedicatória
Dedico este trabalho, com carinho, a minha família (amada esposa Helena e filhos: Carolina; Ricardo Junior e Samuel); aos meus pais e aos amados irmãos da SDV em Guaratinguetá SP.
Que o Senhor os abençoe!