Powered By Blogger
"Não se conhece o homem por sua animação, mais pela quantidade de sofrimento verdadeiro que ele é capaz de suportar!..." (Charles Thomas Studd)

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Escatologia História de Israel II.

http://sheimonphn.blogspot.com




Departamento de ensino - Semente da Vida - Estudo bíblico

APOSTILA 2-  HISTÓRIA DE ISRAEL
Autor: Pastor Ricardo Correia de Mattos







































Agradecimento:

Agradeço ao meu Senhor Jesus Cristo que, pelo poder do seu Santo Espírito, tornou possível a realização deste trabalho. Ao único Senhor soberano, toda honra e toda glória para sempre!

Dedicatória:

Dedico este trabalho a minha querida esposa e aos meus três filhos: Carolina, Ricardo Junior e Samuel; presentes de Deus para a minha vida.











































Escatologia- Parte II
História de Israel
DEPARTAMENTO DE ENSINO

ASSUNTO: HISTÓRIA DE ISRAEL

Introdução ao assunto
Amados,  o estudo da nação de Israel é importantíssimo dentro do contexto escatológico, haja vista muitas profecias estarem relacionadas àquela nação. O assunto “história de Israel” foi então acrescentado ao estudo escatológico com o objetivo de esclarecer mais alguns temas como: “a grande tribulação” e “milênio”.
Ao analisarmos os propósitos de Deus para com o povo judeu poderemos compreender, por exemplo, o porquê de ser necessário o arrebatamento da igreja antes da grande tribulação e porque o milênio ainda não ocorreu e será um período literal.
Apesar de serem a minoria, algumas correntes teológicas insistem em ensinar erradamente o absurdo de que a Igreja passará pela tribulação ou que já estamos vivendo o milênio. Afirmam eles que o milênio é apenas algo espiritual. Sabemos pela Palavra do Senhor que Jesus nos levará para si antes da grande tribulação e que depois reinaremos com ele; a Bíblia fala de um milênio literal, no qual Israel será cabeça dentre as nações, isto foi aprendido na primeira parte do nosso ensino; entretanto, o estudo da história de Israel consiste em mais um argumento importante para combater ensinos errados como o pós-tribulacionismo, o amilenismo  e o pós-milenismo, além de fornecer conteúdo para uma melhor interpretação dos livros de Daniel e Apocalipse.
Que Deus abençoe a todos que amam a seu Filho Jesus e desejam ardentemente conhecer e obedecer a sua Palavra.

Ricardo Correia de Mattos
Autor

























Estudo Bíblico; tema: Escatologia
Parte 2 – História de Israel
Aula nº 1- A origem da nação:                                                   
De Adão até Abraão

I- A origem da nação de Israel   
Amados, para que possamos aprender sobre a origem da nação de Israel, é necessário voltarmos  um pouquinho na história...

I.1)- De Adão até Abraão (aproximadamente 2.000 a.c.)
O Senhor Deus criou  o homem  conforme a sua imagem e semelhança (Gn 1.26). Deus não havia criado o homem para morrer ou sofrer, o Senhor não criara o homem  para viver separado Dele , mas criou o ser humano para que tivesse comunhão com o seu criador, para que refletisse a sua glória; Deus criou o homem para que vivesse eternamente; entretanto, o homem escolheu o caminho da desobediência, o homem pecou e com o pecado a morte entrou na humanidade (Gn 3.17-19; Rm 3.23; 5.12; 6.23). Não podemos esquecer que o Senhor é um Deus onisciente, onipresente e onipotente, nada pode surpreender a Deus, ele sabia que o homem que criaria iria pecar, portanto, antes mesmo de criar o homem, Deus planejou um meio de salvar o homem (Ap 13.8), podemos ver no próprio ato da criação, o tamanho do amor que o Senhor tem por nós, visto que o único meio de salvação seria enviar o seu Filho amado, mesmo assim Deus nos criou (Jo 3.16)! O texto de Gn 3.15 deixa bem claro que Deus não faz nada de improviso, mas toda trajetória da humanidade tem um plano muito bem definido por Deus; para salvar o homem recém caído, o Senhor faz uma promessa de restauração ao ser humano e, paralelamente,  adverte o adversário. O nascimento de Jesus como homem, o Verbo que se faria carne, era necessário para o resgate da humanidade; Jesus, que é Deus, precisaria nascer “da semente da mulher”, ou seja, nascer como ser humano! Um novo representante da raça humana venceria o poder da morte e do Diabo!
Jesus viria em carne, para isso seria descendente de uma das famílias da Terra. Assim como a redenção já estava no plano de Deus, em termos espirituais, podemos afirmar que a nação de Israel também já estava, bem como a formação da Igreja. Quão maravilhosos são os desígnios de Deus!
Podemos localizar esta parte da seguinte forma:
Criação- Gn 1;2
Queda- Gn 3
Após a queda, a maldade pode ser vista claramente no primeiro homicídio.
1º homicídio: Caim mata Abel Gn 4
A medida que o tempo passou, o homem multiplicou-se sobre a face da Terra e  o pecado também alcançou proporções enormes (Gn 6.5,13), então Deus decide destruir o homem da face da Terra, porém Noé achou Graça diante de Deus (Gn 6.8); repare que sempre o critério usado por Deus para salvar é a sua Graça infinita! O Senhor  mandaria um dilúvio sobre a Terra, mas Noé e sua família seriam poupados.  Isto está localizado nos capítulos 6; 7; 8 e 9 de Gênesis, sendo que o capítulo 5 traz uma genealogia partindo de Adão, cujo propósito é introduzir a pessoa de Noé.
Apesar da família de Noé ter sido poupada, logo o homem se multiplica e o pecado se alastra novamente, isto porque a natureza humana continuava contaminada pelo pecado. A humanidade agora se unira para cumprir os desejos do seu coração mau e desafiar ao seu criador (Gn 11.4,6) que novamente intervém confundindo as línguas e dispersando os homens (Gn 11.7-9).   O capítulo 10 traz a genealogia dos filhos de Noé e do versículo 10 ao 32 do capítulo 11, é apresentada especificamente a genealogia que daria origem a Abraão.
Resumindo: Gênesis:
5- genealogia- Noé
6-9- Noé- Dilúvio
10- genealogia- filhos de Noé
11. 1-9- Dispersão
11.10-32- genealogia de Abraão

I.1a) A chamada de Abraão (por volta de 2000ac)
Neste ponto podemos dizer que Israel começa a ser formado. Aqui iremos dar uma paradinha em nossa “caminhada” e prosseguiremos com a história na próxima aula









































Estudo Bíblico; tema: Escatologia
Parte 2 – História de Israel
Aula nº 2- A origem da nação
A chamada de Abraão

II- A chamada de Abraão
Amados irmãos, este ponto é de extrema importância tanto para a compreensão da história de Israel, como também para a escatologia geral.
O nome de Abraão é citado várias vezes na Palavra de Deus. A sua história surge em Gn 11.26 e se finda com a sua morte registrada em Gn 25. 7-11. Ele é considerado o pai do povo hebreu. Antes de prosseguirmos, primeiramente quero selecionar alguns textos importantes para o nosso estudo; vejamos:
Gn 11.24-32 que trata da origem de Abraão.
Gn 12.1-7 que relata a chamada de Abraão, quando o Senhor fala com ele pela primeira vez. Este texto é especialmente importante; grave bem isso!
Deus promete três coisas para Abraão.
Gn 13.14-18, A terra de Canaã é dada a Abraão e sua descendência. Neste capítulo há uma confirmação das promessas feitas anteriormente.
Gn 15.1-21,outro texto importantíssimo que fala sobre a fé de Abraão. Neste texto Deus da garantia e certeza do cumprimento da sua promessa, pois ela estava baseada apenas em quem prometeu: O próprio Senhor!
Deus faz aliança com Abraão!
Gn 17.1-14 Confirmação da aliança feita por Deus vinte e quatro anos depois e a mudança do nome de Abrão para Abraão. Neste texto é instituída a circuncisão como sinal da aliança feita por Deus com Abraão.
Gn 17.15-22 Aqui Deus muda também o nome de Sarai para Sara e afirma que a sua aliança seria confirmada em Isaque.
Gn 21.1-4 O nascimento de Isaque.
Gn 22.15-19 Confirmada a promessa após Abraão ser provado.
Faça a leitura dos textos citados anteriormente para que possamos prosseguir com o nosso estudo...

II.1) Abraão, o caldeu!
Abraão era natural de Ur dos caldeus. Caldéia era o nome de uma terra ao sul da Babilônia localizada entre o deserto e o golfo pérsico, próximo à margem direita do rio Eufrates; “caldeus” era o nome dos seus respectivos habitantes. Estes nomes mais tarde foram usados para denotar a Babilônia inteira e todo o seu povo, visto que reis de origem caldéia ocuparam o trono da Babilônia, como, por exemplo, Marduque-apla-idina II; Nabopolassar; Nabucodonossor; Amel-marduque; Nabonido e Belsazar.
Como você pode perceber, Abraão não era judeu de nascimento, visto que a nação de Israel ainda não existia; mas era caldeu, conforme o texto de Gn 11.27-32.
A chamada de Gn 12.1-4 ocorreu em Harã, mas na verdade Deus já havia se manifestado a ele em Ur. Quando Deus chama Abraão, ele estava em Ur, segundo os textos de Gn 15.7; e At 7.1-4; então ele vai para Harã, ao norte da Mesopotâmia, onde permanece até a morte do se pai. Aos 75 anos, Deus fala com Abraão e ele parte de Harã.
Abraão não foi chamado pelos seus méritos próprios, mas pela eleição de Deus que opera segundo a sua infinita graça e presciência .
Quando Abraão sai de Ur, ele não sabia para aonde estava indo, mas atende ao chamado pela fé. Ver  Gn 12. 1; At 7.3; Hb 11.18.

O mapa abaixo mostra o mundo antigo. Repare que Ur está bem ao sul entre o Deserto Arábico e o Golfo Pérsico. Em At 7.2 Estevão se refere a Ur como parte da Mesopotâmia porque os escritores gregos e romanos após o IV século a.c., estendiam o uso da palavra para descrever o vale inteiro do Tigre - Eufrates, ou seja, o moderno Iraque. A seta vermelha indica o caminho percorrido por Abraão de Ur para Harã e de Harã até Siquém em Canaã.



II.2) O pacto Abraâmico em Gn 12.1-4- terra, semente e bênção! Este capítulo importantíssimo traz a promessa que Deus faz a Abraão, este texto é bastante claro, mas a sua distorção pode influenciar negativamente em toda interpretação do plano de salvação, bem como na escatologia.. Deus promete três coisas; vejamos então o que Deus prometeu a Abraão: TERRA, SEMENTE E BENÇÃO. As promessas que Deus faz a Abraão neste texto, são pormenorizadas em três outros pactos, a saber: Palestino, Davídico e Eterno. No Pacto palestino (Dt 30.1-8) vemos a terra; no Davídico (II Sm 7.12-16) vemos a semente e no Novo pacto (Jr 31.31-34; Jo 3.1-8; Hb 8.6-13) vemos as bênçãos. As bênçãos seriam estendidas a todas as famílias da Terra partindo de Abraão, ou seja: Aos gentios. Leia Gl 3. 13-18. Repare que a promessa certamente haveria de acontecer. Deus não colocou condições, ele disse: “farei”; “abençoarei”; “engrandecerei” e “serão”. Para que de Abraão surgisse uma grande nação, ele precisaria, logicamente, ter uma Em Gn 13.14-18, após Abraão e Ló se separarem, Deus reafirma a promessa e diz que daria a terra de Canaã em sua totalidade para ele.

II.3) Confirmando as promessas. Abraão; um homem de fé! Em Gn 15.1-21, alguns fatos importantíssimos acontecem... Abraão tinha um problema: Não possuía filhos! Deus então fala para ele que o seu herdeiro seria gerado dele próprio. Deus afirma que a posteridade de Abraão seria numerosa e ele creu, sendo portanto justificado por Deus! Ver ainda Rm 4.1-5. O cumprimento das promessas foi garantido, pois elas estariam baseadas somente em Deus! v. 7-21. Neste capítulo é feita uma aliança! Mesmo com tudo o que o Senhor falara, Abraão é persuadido por sua mulher a ter relação sexual com a sua escrava Agar (Gn 16) e, por causa desta “ajudinha”, foi causado um grande problema até os dias atuais. Entretanto, a aliança fora feita por Deus com Abraão e não dependeria de esforços humanos, daí ser recebida pela fé, o seu filho deveria nascer de Sara e o Senhor confirma isto em Gn 17.1-22. Deus institui a prática da circuncisão como sinal da sua aliança com Abraão. Neste capítulo Deus muda o nome de Abrão (pai exaltado) para Abraão (pai de multidões) (v. 5) e o de Sarai (contenciosa)para Sara (princesa)(v.15).

II.4) O nascimento de Isaque Aos 90 anos (Gn 17.17) Sara deu à luz ao seu filho Isaque, cumprindo-se a Palavra do Senhor (Gn 21.1,2). Abraão estava com 100 anos quando nasceu o seu filho Isaque (Gn 17.17; 21.5). O nascimento do filho da promessa, mostrou a Abraão o quanto Deus é fiel e certamente cumpriria a sua Palavra (veja novamente Gn 15.1-6). Na próxima aula estaremos caminhando pela história de Israel partindo de Isaque até o nascimento de Jacó.









































Estudo Bíblico; tema: Escatologia
Parte 2 – História de Israel
Aula nº 3- A origem da nação:                                                   
O patriarca Isaque
Amados, na aula nº 2 terminamos nossa jornada com o nascimento de Isaque. Convido vocês a continuarmos a jornada partindo deste ponto...
III – O patriarca Isaque
Nesta aula estaremos aprendendo sobre a vida de Isaque, o filho prometido por Deus a Abraão e Sara. A Bíblia não traz tantos detalhes sobre a vida de Isaque quanto traz da vida de Abraão; mas isto não o torna menos importante, pois Isaque é a  continuidade e o cumprimento das promessas feitas por Deus a Abraão. A nação de Israel e as promessas feitas por Deus partiriam de Isaque e da sua posteridade.
III.1)-  Dois fatos importantes:
Dois fatos  importantes devem ser destacados quando estudamos a vida de Isaque no que se refere às promessas feitas por Deus:
1º- O seu nascimento;
          2º- O seu casamento com Rebeca (que é uma figura da união entre Cristo e a Igreja).
          Daremos atenção a estes dois acontecimentos porque o nascimento de Isaque é o cumprimento da promessa de Deus feita a Abraão, pois sem filho não existiria descendência ou nação; e o casamento de Isaque com a posterior gravidez de sua esposa, permitiu a continuidade da linhagem de Abraão e o futuro cumprimento das outras promessas contidas no pacto Abraâmico.
1º- O nascimento
         O nascimento de Isaque é importantíssimo, bem como o seu casamento, pois estes fatos mostram que ele era a semente que daria continuidade às promessas.
Abraão recebeu a promessa de ter um filho após ser provado durante 25 anos. As condições eram totalmente desfavoráveis aos olhos humanos, vejamos:
  1. Abraão tinha 100 anos. Sara era apenas 1 ano mais nova (Gn 17.17); ou seja: Eram velhos.
  2. O tempo estava passando (25 anos já haviam passado desde Harã).
  3. Sara era estéril! Gn 11.30
  4. Ambos estavam impossibilitados fisiologicamente (Hb 11.12).
Quando Isaque nasceu, isto foi um grande sinal de Deus para Abraão, pois este filho somente pôde nascer com a intervenção do poder de Deus!
Deus disse que daria um filho a Abraão com a sua esposa Sara (Gn 17.15-22), e, quando Isaque nasceu, cumpriu-se a Palavra do Senhor; certamente ele era o filho da promessa! O nascimento de Isaque está registrado em Gn 21.1-7.
Eis aí amados um grande exemplo da Graça de Deus, Graça que transforma a estéril em mãe de filhos!
Lembre-se sempre: As bênçãos de Deus não são concedidas por mérito humano! Israel nasceria da Graça e amor de Deus!
Igualmente éramos estéreis, não tínhamos o direito à salvação nem tão pouco frutificaríamos, não éramos participantes das bênçãos do Senhor e estávamos distantes de Deus; mas o Senhor nos amou e, em Jesus, nos tornou seus filhos, participantes das suas bênçãos. Ele nos fez seu povo e transformou o nosso coração para que produzíssemos frutos de santidade e justiça ! Tudo isso sem mérito nosso!
Aprendemos muito com o nascimento de Isaque e o início da sua vida, precisamos crer e confiar plenamente em Deus, pois nenhuma das suas Palavras hão de falhar, ainda que aos nossos olhos estejam demorando ou sejam impossíveis devidos às circunstâncias, entretanto, Deus certamente cumprirá a sua Palavra, ele apenas mostra que não depende de nosso querer, mas do seu poder!
Se Abraão tivesse um filho no vigor da sua idade, poderia se gloriar, mas a maravilha está justamente no fato do seu filho ter nascido sem nenhuma possibilidade humana!
Na ocasião do desmame de Isaque, Abraão teve que mandar embora  a Agar e a seu filho Ismael, pois a promessa seria a partir de Isaque e não de Ismael (Gn 21.12)!
Na seqüência da história, Abraão mais uma vez é provado quando Deus lhe pede o seu filho Isaque em sacrifício (Gn 22. 1-18), e por causa da sua obediência, o Senhor confirma mais uma vez as  promessas feitas a Abraão (Gn 22. 15-18), promessas que agora certamente se cumpririam partindo do seu filho IsaqueAbraão não recusou entregar o seu único filho a Deus (lembre-se de que no capítulo anterior o Senhor afirma que em Isaque seria chamada a descendência de Abraão); ele poderia ficar confuso com o pedido, poderia ter resmungado ou blasfemado, mas ao contrário, creu que até mesmo das cinzas o Senhor poderia trazer de volta o seu filho (Hb 11.17-19).
Amados, este episódio é uma maravilhosa figura do que aconteceu conosco! Deus Pai nos entregou o seu filho unigênito em sacrifício para remissão dos pecados, entretanto, no nosso caso, não havia substituto, Jesus era o próprio Cordeiro!
Depois que Isaque permaneceu vivo; as atenções se voltam e avançam para o seu casamento...
2º- O casamento com Rebeca
Por meio do casamento de Isaque, a continuação da linhagem da promessa seria mantida, por isso Abraão se preocupava em tomar uma esposa da sua parentela para o seu filho.
Um parêntese:
A história do encontro entre Isaque e Rebeca e o casamento deles está escrita em Gn 24. 1-67. Notemos nesta união uma figura poderosíssima do encontro entre Jesus(noivo) e a Igreja (noiva), onde:
Abraão representa Deus Pai; Isaque, Deus Filho- Jesus; o mordomo o Espírito Santo e Rebeca a Igreja.
Podemos resumir citando alguns detalhes desta passagem riquíssima da seguinte forma: Assim como o mordomo separou a noiva para Isaque e a enfeitou para o encontro, o Espírito Santo separa a Igreja e adorna a noiva para o encontro com o seu noivo.
Rebeca aceitou ir com o mordomo, embora nunca tivesse visto Isaque face a face, entretanto, não se decepcionou, ao contrário, o encontro com o noivo foi melhor do que ela poderia imaginar e ele a amou, diz a Palavra de Deus. Do mesmo modo, pela fé nós cremos em Jesus, e, mesmo sem ter visto ao Senhor face a face, o amamos e confiamos no seu infinito amor. Certamente ele virá ao nosso encontro e o Espírito nos conduzirá a Cristo nos ares. Sem dúvida ele é muito mais maravilhoso do que possamos imaginar! Nós o veremos e contemplaremos a sua glória!
Como Rebeca foi tirada de Harã e levada para Canaã, sairemos desta Terra e iremos com Jesus para a casa do seu Pai: Os céus!
*Recomendo a leitura de todo este texto, pois ele é repleto de figuras importantes.
A descendência de Isaque
A exemplo de seu pai, Isaque também tinha um problema: Sua esposa era estéril! Como poderia se cumprir a promessa de Deus sem um filho?
Além de Rebeca ser estéril, o tempo estava passando...
No capítulo 25 de Gênesis, versículos 19-21, vemos Isaque orando ao Senhor, pois sua esposa Rebeca era estéril. O casamento de Isaque e Rebeca fazia parte do plano de Deus pois nele novamente se percebe que as bênçãos do Senhor não dependem do esforço humano, mas sim do poder e da graça do Senhor. O único meio de Rebeca engravidar seria com a intervenção de Deus.
A gravidez de Rebeca foi um milagre, haja vista ela ter permanecido estéril por vinte anos (compare Gn 25.20 com Gn 25.26).
Outra vez a Graça de Deus é ressaltada!
Vemos o mesmo milagre que ocorreu na vida de Sara, agora se repetindo na vida de Rebeca, e, pela 2ª vez, uma estéril engravida.
Isaque agora daria continuidade à linhagem do seu pai e as promessas do Senhor permanecem vivas; dois filhos estavam no ventre de Rebeca, entretanto somente um foi escolhido por Deus; e o mais velho serviria ao mais novo (Gn 25.21-26). O mais novo seria Jacó, o terceiro e último patriarca que daria origem as doze tribos de Israel.
Na aula nº 4 estaremos estudando sobre Jacó.







Estudo Bíblico; tema: Escatologia
Parte 2 – História de Israel
Aula nº 4- A origem da nação:                                                   
O patriarca Jacó
O personagem Jacó, marca o fim da era patriarcal com relação à origem da nação de Israel; ele é o último dos patriarcas e a sua vida será estudada nesta aula.
IV- O patriarca Jacó
A vida de Jacó é um grande exemplo da misericórdia de Deus. Estudar este patriarca é essencial para o estudo da história de Israel, aliás, ele teve o seu próprio nome mudado para “Israel”.
Jacó é o último patriarca, o qual deu origem as doze tribos que formariam a nação que tem o seu nome e conquistaria a terra prometida por Deus. Sua vida ocupa uma grande porcentagem do livro de Gênesis e é marcada por altos e baixos, erros, enganos, sofrimento, mudança e fidelidade a Deus. Certamente nenhum dos patriarcas que o antecederam precisou ser tão trabalhado em seu caráter como Jacó, mas no fim de sua vida, olhamos nele um grande exemplo da Graça do Senhor; da eleição baseada não em méritos próprios, mas na misericórdia e presciência divinas, além de um notável exemplo de mudança de caráter forjado no trabalhar de Deus no sofrimento.
Será necessário resumir a história, portanto nos concentraremos em pontos importantes para o cumprimento das promessas divinas feitas a Abraão.
IV.1)- A história
a- O nascimento de Jacó
Antes mesmo de seu nascimento Deus havia escolhido a Jacó. Esta verdade está escrita em textos importantes e é uma prova inquestionável da soberania do Senhor e da sua escolha. Veja os textos de Gn 25. 21-26; Rm 9. 10-13. Os critérios de Deus não são os mesmos que usamos porque ele é Deus!
b- Jacó engana Esaú e  rouba a benção do seu irmão
A benção sobre a vida de Jacó fora prometida por Deus, e, certamente, a Palavra do Senhor se cumpriria. Lembremos que Deus, pela sua presciência, sabe tudo de antemão.
Esaú tinha o direito à primogenitura por nascimento, isto implica em ser herdeiro das bênçãos, entretanto, Esaú não valorizou o seu direito de primogenitura e a Bíblia afirma que ele foi impuro e profano (Hb 12. 16,17), seu desprezo o levou a trocar a benção por um prato de cozinhado de lentilhas (Gn 25. 27-34), dessa forma a benção da primogenitura passou a ser de Jacó.
Posteriormente, quando Isaque envelheceu e já não mais podia enxergar, decidiu abençoar o seu primogênito antes que a morte o apanhasse de surpresa (Gn 27.1-5). Tanto Rebeca quanto Jacó, sabiam que fora prometido por Deus que a benção viria sobre Jacó e não sobre Esaú; então, Rebeca ao ouviu que Isaque abençoaria a Esaú, decide dar uma ajudinha a Deus traçando um plano com seu filho Jacó para enganar Isaque e Esaú, roubando a benção do irmão mais velho.
Este fato não teve a aprovação do Senhor, a benção seria de Jacó, pois Deus jamais havia falhado em nenhuma de suas Palavras e certamente cumpriria o que disse a respeito dele. Esaú não havia valorizado a primogenitura, desprezou a benção do Senhor e seu comportamento era reprovável (Gn 26.34,35), portanto, de alguma forma Deus traria a benção sobre Jacó. Por causa da atitude de Jacó, ele percorreria um longo caminho que o levaria a muito sofrimento até que ele fosse transformado.
Voltando ao plano de Rebeca, Jacó se passa pelo seu irmão enganando ao seu pai (o próprio nome de Jacó mostra o que ele era: Suplantador). Jacó mente (Gn 27.18-26) e seu pai o abençoa (Gn 27.27-29).  Deus permitiu o acontecimento, mas não era a sua vontade que a benção chegasse dessa forma.
Por causa deste fato, Esaú planeja matar a Jacó quando seu pai viesse a falecer (Gn 27.41) e esse intento chega aos ouvidos de Rebeca que avisa a Jacó (Gn 27.42). Rebeca tem a idéia de enviar seu filho até a casa de seu irmão Labão para fugir da ira de Esaú (Gn 27. 43-45). Para convencer Isaque, Rebeca usa o exemplo dos casamentos mistos de Esaú , e, então,  comunica a Isaque o desejo de que o seu filho fosse à sua parentela em busca de uma esposa, afinal, a benção de Deus estava sobre ele e não seria certo casar com mulheres cananéias (Gn 27.46). Isaque acata o plano de Rebeca e chama Jacó e o envia a Terra da sua parentela (Gn 28. 1-5). A partir desta ida até Padã-Arã, a vida de Jacó seria trabalhada até que ele retornasse transformado para a terra que Deus havia jurado dar aos seus pais.
c- A longa caminhada de Jacó
A primeira experiência direta com o Senhor que Jacó teve esta relatada em Gn 28. 10-17 quando ele estava a caminho de Harã, ainda em Canaã, na cidade de Betel, antiga Luz. Neste episódio, pela primeira vez o Senhor confirma a aliança feita com Abraão e Isaque na vida de Jacó. Em suas Palavras, Deus mostra a Jacó a sua misericórdia e soberania, pois apesar dos erros de Jacó, Deus não deixaria de abençoá-lo e cumpriria a sua Palavra na vida dele; embora fosse necessário o trabalhar de Deus em sua vida, até que ele retornasse a  Canaã; não mais como Jacó, mas como Israel!
Jacó teria uma longa jornada pela frente e, na verdade, nem sabia o que iria passar, mas Deus trabalharia em sua vida e disse que estaria com ele e o guardaria por onde quer que ele andasse.
d- O encontro com Raquel e os anos na casa de Labão
Jacó parte para Harã e encontra Raquel no poço que ficava fora da cidade; ao ser encaminhado a casa do pai dela (tio de Jacó que se chamava Labão), a Bíblia diz que Jacó amou a Raquel e, através de um acordo com Labão, decide trabalhar sete anos para ter Raquel como sua esposa (Gn 29.16-20). Labão engana Jacó e no final dos sete anos, reivindicando um costume local, entrega a sua filha mais velha Lia, ao invés de Raquel (Gn 29. 23-30). Para ter Raquel, Jacó faz outro acordo trabalhando mais sete anos para Labão.
A Bíblia diz que Jacó amava mais a Raquel do que a Lia, entretanto, Raquel era estéril!
Com Lia, Jacó teve seis filhos e uma filha: Rubén, Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulom e Diná; com a concubina de Lia, dois filhos, a saber: Gade e Aser; com a concubina de Raquel, Jacó teve dois filhos: Dã e Naftali, por fim, na casa de Labão, Raquel lhe deu um filho: José. O segundo filho de Jacó com Raquel nasceria somente após o retorno para Canaã e se chamaria Benjamim.
Em ordem de nascimento (contando apenas os filhos homens) temos: Rubén; Simeão; Levi; Judá; Dã; Naftali; Gade; Aser; Issacar; Zebulom; José e Benjamin; doze filhos no total, que dariam origem as doze tribos de Israel.
José, o filho de Raquel, posteriormente seria fundamental para a preservação da nação de Israel. Lembre-se de que Raquel era estéril!
Durante o período em que Jacó trabalhou para Labão, ele prosperou grandemente e  após terminar os outros sete anos ele pede que Labão permita a sua saída, entretanto, seu sogro não estava disposto a deixá-lo sair e eles fazem um acordo (Gn 30.25-34). O acordo foi quebrado por Labão várias vezes, mas Jacó continuava prosperando, o que causou inveja por parte dos filhos de Labão. Jacó percebe que seu sogro não era tão amigável como no princípio e Deus o orienta a partir, Jacó então decide ir embora e foge do seu sogro enganando o mesmo(Gn 31. 1-7,17-21).
Labão persegue a Jacó, mas Deus não permite que este lhe faça mal algum, embora, além de fugir e enganá-lo, tivessem lhe furtado os ídolos, o que causou grande irritação em Labão (Gn 31.30). Jacó não sabia que os ídolos haviam sido furtados e permite que Labão os procure, sob pena de morte para quem porventura os tivesse furtado; Labão, porém, não obtém sucesso na busca.  Jacó irou-se com o seu sogro e contendeu com o mesmo, falando-lhe tudo o que sofrera na sua casa; depois ambos entram em acordo e Jacó parte para a terra dos seus pais.
O tempo que Jacó permaneceu na casa de seu sogro foi de 20 anos no total, dos quais: sete trabalhou por Raquel; sete trabalhou para pagar por  Lia e seis trabalhou para o sogro.
Ver Gn 31.38,41
 
e- O retorno para Canaã
No capítulo 32 de Gênesis começa a caminhada de retorno para Canaã, após encontrar-se com um exército de anjos, Jacó envia mensageiros para preparar o seu encontro com Esaú; quando ele é informado que seu irmão vinha ao seu encontro com quatrocentos homens, temeu a reação do irmão. Jacó então, busca em oração ao Deus de seus pais (Gn 32. 9-12).  Nesta oração podemos ver que o caráter de Jacó já estava mudando após todos os anos de sofrimento que viveu (ver em especial o versículo 10, quando ele afirma não ser digno de tudo o que o Senhor fizera por ele).
O fato mais importante da vida de Jacó ocorre neste capítulo, nos versículos 22 a 32, quando Jacó luta com um anjo no riacho Jaboque; tem o seu nome mudado para Israel (“Deus luta”- Douglas, J. D. ; O Novo Dicionário da Bíblia- Ed Vida Nova; “ele luta com Deus”- Harris, R.L.; Archer, Gleason L.; Waltke, Bruce K.; Dicionário Internacional deTeologia do Antigo Testamento- Ed Vida Nova) e é abençoado.
Deste momento em diante, a vida de Jacó (Israel) não seria mais a mesma. Obviamente que o prevalecer na luta, não significava que o patriarca havia derrotado a Deus, mas sim que, após este episódio, ele estava pronto e havia sido completamente mudado. Aos olhos de Deus, agora ele havia vencido, satisfazendo as exigências do Senhor. Jacó passou a ser  um homem humilde, submisso e necessitado da benção de Deus, ele reconheceu a sua impotência, e, agora manco, totalmente dependente do Senhor, parte para se encontrar com Esaú.
Israel encontra-se com o seu irmão em Gênesis 33; o mesmo o perdoa e então ele parte para Sucote, de lá vai para Siquém e depois Deus o instrui a ir para Betel (Gn 35.1-3).
Em Betel, onde o Senhor lhe apareceu pela primeira vez, Deus confirma a aliança com Israel e a mudança do seu nome (Gn 35. 1-13). Quando parte para Efrata, Raquel morre ao dar a luz ao seu segundo filho, o qual Israel chamou de Benjamim (Gn 35.16-19).
Após a morte de Isaque (Gn 35. 28,29), Israel vai habitar na região de Hebrom.
IV.2)- Aplicação:
Deus separou a Jacó para que a partir dele a nação de Israel fosse formada. Sua escolha não foi por méritos próprios, assim como a nossa, mais foi baseada na graça de Deus. Por causa da sua ajuda e do seu caráter, foi necessário trilhar uma longa jornada até se tornar um homem transformado e apto; da mesma forma, quando tentamos dar uma “ajudinha” para Deus, acabamos complicando as coisas e percorrendo um caminho mais longo. Devemos aprender a esperar o momento do Senhor em nossas vidas e saber confiar nele.
Deus conduziu a vida de Jacó mostrando que estava com ele em todo tempo e, apesar de seus erros, Deus não o rejeitou, embora os erros o levassem a sofrimentos e provações. Após ter a sua vida lapidada e lutar com o anjo, por fim reconheceu que dependia totalmente de Deus.
Finalmente prevaleceu após lutar com o anjo; estava encerrado o processo de transformação da sua vida. Ao ser tocada a sua coxa, sua força foi debilitada, então se agarrou àquele que era mais forte do que ele e poderia abençoá-lo. Jacó reconheceu a natureza daquele que lutara com ele (Gn 32.30). Igualmente, muitas vezes somente reconhecemos que somos impotentes quando cessa todos os nossos recursos e somos fragilizados!
Deus confirmou a promessa feita a Abraão e Isaque e através da descendência de Jacó, a nação seria formada e tomaria posse da terra prometida.
Israel hoje é o nome da nação e do povo escolhido por Deus. Assim como Jacó; a nação de Israel está sendo lapidada; somente quando for tocado e perder o seu apoio, Israel se voltará totalmente para o seu Senhor. Assim como Jacó errou e teve que percorrer uma longa estrada, Israel percorre uma longa estrada por ter se afastado do seu Deus e rejeitado o seu ungido, entretanto, assim como o Senhor não rejeitou a Jacó, ele não rejeitará o seu povo.
Na próxima aula estaremos falando sobre a entrada de Jacó e sua família no Egito até a sua morte naquela terra, encerrando então o período patriarcal.




Estudo Bíblico; tema: Escatologia
Parte 2 – História de Israel
Aula nº 5- A origem da nação:                                                   
O fim do período patriarcal

Amados irmãos, com a morte de Jacó, encerra-se o período da história de Israel chamado de período patriarcal. Este período se estendeu dês da chamada de Abraão e se findou com a morte de Jacó no Egito, compreendendo um espaço de aproximadamente 300 anos.
Mas afinal, como o patriarca Jacó foi parar no Egito?
Deus conduziu Israel para o Egito com o propósito de preservar a nação. A pessoa de José foi fundamental neste período, pois Deus usou deste filho de Jacó para abençoar toda a descendência do seu pai e conservar viva as promessas feitas aos patriarcas.

V- O fim do período patriarcal

V.1)- A vida de José
José, como aprendemos anteriormente, era filho de Jacó com Raquel, tendo nascido quando seus pais ainda estavam na casa de Labão.
A história de José é uma das mais belas da Bíblia; seu pai o amava mais do que a seus irmãos, pois não somente era filho de Raquel, como também era filho da sua velhice, além de ser fiel  ao seu pai (Gn 37.1-3).
Do capítulo 37 de Gênesis até o último capítulo (50), o personagem em foco passa a ser José, embora a sua história vise explicar a ida de seu pai e de seus irmãos para o Egito e como Deus preservou a nação.
Os irmãos de José odiavam a ele porque sabiam que o seu pai o amava mais do que a eles. Quando José tem dois sonhos, os quais mostravam que seus irmãos se inclinariam perante ele, odiaram ainda mais a José e resolveram matá-lo, entretanto, com a interferência de Rubém, José é lançado em uma cisterna vazia. Ao passar uma caravana de ismaelitas, por idéia de Judá, José é vendido por vinte siclos de prata e é levado pelos ismaelitas ao Egito (Gn 37. 18-28,36). Os irmãos de José mentem para o pai e inventam uma história, Jacó conclui que seu filho foi morto por algum animal e lamenta profundamente a morte do seu filho. José tinha 17 anos quando foi vendido e entrou no Egito (ver Gn 37.2).
José foi comprado por Potifar, oficial de Faraó e capitão da guarda. Tudo o que José fazia prosperava, pois Deus era com ele, o que, percebendo Potifar, colocou José como seu mordomo; entretanto, a mulher de Potifar pois os olhos nele e o cobiçou. José resistiu às investidas da mulher de Potifar que, com ódio, armou uma cilada caluniando a José  e fazendo com que o seu marido o lançasse no cárcere. No cárcere Deus continuou abençoando a José que logo caiu na graça do carcereiro, tornando-se responsável por todos os outros presos.
O Senhor prosperou a vida de José no cárcere, e , mais uma vez ele sobressaiu em relação aos demais presos a ponto do carcereiro lhe conferir o cuidado de todos os outros presos.
Apesar das dificuldades, Deus jamais abandonou a José, estando com ele em todos os momentos de sua vida; o Senhor estava no controle de tudo e usaria a vida de José poderosamente para abençoar a sua família e preservar o povo de Israel.
Ainda no cárcere, Deus dá a José a interpretação de dois sonhos que revelariam o destino de dois dos presos que ali se encontravam; um era o sonho do copeiro-chefe do rei e o outro, o sonho do padeiro-chefe. José recebe a revelação de que o primeiro seria solto e o segundo morto. José, então, faz um pedido para que o copeiro lembrasse da sua vida quando tivesse o seu cargo restituído (Gn 40.14,15).
As coisas aconteceram na vida dos dois exatamente conforme o Senhor revelara a José e o copeiro é solto e tem o seu cargo restituído, o padeiro, entretanto, é condenado a morte(Gn 40.20-22). Apesar do livramento, o copeiro esqueceu-se de José (Gn 40.23) e, somente dois anos depois, quando o rei tem um sonho, o qual ninguém conseguia interpretar, o copeiro  se lembra de José e este é trazido até a presença do rei que lhe conta o sonho e José dá a interpretação. Deus, através do sonho, estava mostrando que viriam sete anos de fartura seguidos de sete anos de fome; impressionado, Faraó reconhece ter vindo de Deus a revelação dada a José e o coloca como segundo no seu reino (Gn 41.38-44).
Tudo aconteceu conforme Deus revelara a José. Durante os sete anos de fartura, José acumulou alimentos e os guardou nas cidades; quando a fome chegou e se espalhou por toda a terra, as pessoas vinham ao Egito para comprar de José mantimento e isso trouxe prosperidade ao Egito.
Tinha José trinta anos de idade quando foi primeiro ministro no Egito (Gn 41.44-46), seus filhos nasceram durante o período de fartura no Egito e se chamavam Manassés e Efraim. Considerando-se  a idade que José foi vendido (17 anos) e a qual ele foi designado a primeiro ministro (30 anos), concluímos que José passou 13 anos de luta até ser exaltado.
Os irmãos de José chegam ao Egito por causa da fome que se estendeu até Canaã a fim de comprar alimentos a pedido de Jacó, na verdade o Senhor estava conduzindo Jacó até a terra do Egito com o propósito de preservar a nação.
Após reconhecer os seus irmãos e prová-los, José também se dá a conhecer aos seus irmãos e pede que tragam o seu pai, foi assim então que Israel entra no Egito com a sua família (Gn 45.1-10).

V.2)- Jacó entra no Egito
A entrada de Jacó e de sua família no Egito ocorreu aproximadamente no ano de 1.700 ac  e está relatada em Gn 46. 1-7.
O total de pessoas que entraram no Egito foi de 70 homens (Gn 46.26,27; Dt 10.22), sem contar as mulheres e crianças. Israel habitou em Gósen no Egito.
Jacó adoece, e antes de sua morte, engloba os dois filhos de José dentre a possessão de Israel (Gn 48.3-5); Jacó chama então os seus filhos para lhes abençoar.
Podemos perceber dois fatos importantes na benção final de Israel:
1º- Em Judá  é anunciada a vinda do Messias (Gn 49.8-12); esta seria a tribo da qual viriam os reis que reinariam sobre Israel até chegar em Jesus.
Jesus seria descendente de Judá segundo a carne e deveria reinar sobre os povos (vs10).
2º- José é honrado e recebe a maior porção. Cada um de seus filhos é contado como uma tribo (Gn 48.5; Gn 49.22-26). Mais tarde, quando a terra de Canaã é repartida, Levi não ganha herança pois lhe é conferido o sacerdócio, restariam onze tribos, mas José é contado como duas partes, totalizando 12 tribos.

V.3)- O falecimento de Jacó
Jacó morre no Egito (Gn 49.33)com aproximadamente 140 anos. A sua descendência  passou a ser chamada pelo seu novo nome: Israel.
José também faleceu no Egito com a idade de 110 anos. Antes de sua morte ele anima os seus irmãos e afirma que Deus levaria Israel de volta a sua terra, conforme prometera a Abraão, Isaque e a Jacó (Gn 50.20-26).
A história de José, verdadeiramente é uma das mais belas narradas na Palavra de Deus. José é considerado um tipo de Jesus. Foi vendido e traído pelos seus próprios irmãos e entregue nas mãos de ímpios; era obediente ao seu pai; foi preso como se fosse culpado sem ter culpa; foi exaltado após o sofrimento e o mal que lhe fizeram, tornou-se benção para Israel e indiretamente também para o Egito.
Uma lição: Muitas vezes Deus transforma o mal que fazem aos seus servos em benção (Gn 50.20).

V.4 ) – O período patriarcal e a vida de Jacó
O primeiro período da história de Israel é chamado de período patriarcal. Este período engloba a vida de Abraão, Isaque e Jacó respectivamente, conforme foi dito na introdução desta aula.
Até a presente aula, estudamos o espaço de tempo correspondente à era patriarcal; procurei não me deter excessivamente às datas, haja vista existirem muitas controvérsias com relação à cronologia do Antigo Testamento; apenas coloquei como datas aproximadas à chamada de Abraão em 2000 ac e a entrada de Jacó e sua família no Egito em 1700 ac.
O período patriarcal encerra-se com a morte de Jacó que ocorreu quando este estava no Egito.
Este período corresponde na Bíblia ao livro de Gênesis (origem), sendo que o livro de também corresponde à mesma época. Moisés é o autor de Gênesis, que faz parte do Pentateuco; os cinco primeiros livros do Antigo Testamento. A autoria do livro de também é atribuída a Moisés.
O tempo que o povo de Israel permaneceu no Egito foi de 430 anos (Ex 12.40; Gl 3.17).
A partir da próxima aula entraremos em um novo assunto e falaremos sobre o início da nação de Israel com a saída do Egito (êxodo).

























Estudo Bíblico; tema: Escatologia
Parte 2 – História de Israel
Aula nº 6- A formação da nação

Amados irmãos, nesta aula estaremos estudando a formação da nação de Israel, entretanto, preste bastante a atenção ao quadro abaixo que mostra um resumo da era  patriarcal estudada até aqui a fim de facilitar a sua memorização.
Características e fatos importantes do período patriarcal:


Chamada de Abraão
Aprox. 2000 ac
Patriarcas
1º Abraão, 2º Isaque  e  3º Jacó
Economia
Sociedade agrícola e pastoril
Vida em Canaã
Peregrinação e não submetiam outros povos
Governo
O pai era a figura mais importante; sua palavra era lei, as bênçãos ou maldições proferidas pelo pai eram irrevogáveis, prezadas e temidas
Religião
O pai era o sacerdote e responsável pela adoração
Sucessão
O filho mais velho assumia após a morte do pai. O primogênito possuía mais direito.
Fatos importantes:
1º Pacto Abraâmico: Terra, semente e benção
2º Nascimento de Isaque
3º Nascimento de Jacó
4º José no Egito (seria usado para guardar a nação)
5º Entrada de Jacó no Egito- Aprox. 1700 ac
6º Morte de Jacó no Egito e fim do período patriarcal
Livros que abrangem este período:
Gênesis e *Jó (*provavelmente escrito por Moisés durante o Êxodo)

VI- A formação da nação de Israel

VI.1)- A chamada de Moisés e o Êxodo
Irmãos; podemos dizer que Abraão é o pai do povo hebreu, entretanto, Israel como nação, passou a ser formado durante a sua permanência no Egito, quando o povo hebreu multiplicou-se e prosperou grandemente (Ex 1.7).
A Bíblia diz que o período de permanência de Israel no Egito foi de 430 anos (Ex 12.40), número arredondado em Gn 15.13 e At 7.6 . Quando Jacó entrou com os seus filhos no Egito, Israel era um pequeno número de 70 homens (Gn 46.26,27, Ex 1.5); quando Israel saiu do Egito era uma multidão de 600 mil homens! (Ex 12.37).
Após a morte de Jacó e José, bem como a do Faraó que os conhecia e de toda aquela geração, subiu ao poder um novo Faraó que não conhecera a José (Ex 1. 6,8). Este Faraó passou a oprimir Israel, que agora era uma multidão (Ex 1.8-14). Deus estava no controle de tudo, pois havia prometido a terra de Canaã a Israel e não o Egito!
Faraó ordena a morte de todo filho homem que nascessem dentre os hebreus, porém Deus poupa milagrosamente a Moisés, que posteriormente viria a ser àquele a quem Deus usaria para libertar a nação do Egito.
Moisés foi adotado pela filha de Faraó e educado pela sua própria mãe no Egito (Ex 2.8-10). Quando Moisés já era homem, mata um egípcio que afligia um hebreu; depois, quando tenta apartar uma briga entre dois israelitas, soube que o fato de ter matado um egípcio anteriormente era conhecido de Faraó e que este procurava matá-lo, então foge da presença de Faraó e vai para a terra de Mídia. Após muito tempo, a opressão sobre os filhos de Israel já era insuportável, então eles clamam a Deus e ele os ouve (Ex 2.23-25).
Durante quarenta anos Moisés apascentava o rebanho do seu sogro na terra de Mídia, quando então, no monte Horebe, o Anjo do Senhor lhe aparece numa chama de fogo no meio de uma sarça e se apresenta como o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó (Ex 3.1-6).
O Senhor afirma que ouviu o clamor do seu povo e viu a opressão dos egípcios e fala a Moisés que levaria o seu povo para a terra que jurou dar aos seus pais e que o enviaria ao Egito para libertar o seu povo (Ex 3.10). Deus afirma que estaria com Moisés e que realizaria vários sinais diante de Faraó. Deus se revelaria a Israel como o grande EU SOU.
Pela sua presciência, Deus avisa a Moisés que Faraó não daria ouvidos e não deixaria o povo sair a não ser por força, por este motivo, o Egito seria ferido com pragas e, no final, o povo hebreu não sairia de mãos vazias (Ex 3.19-22). Moisés tenta dar algumas desculpas diante da missão que lhe é conferida e o Senhor envia junto com ele o seu irmão Arão, entretanto, Deus havia escolhido Moisés para ser o libertador de Israel e o capacitou para isso.
A história do relacionamento entre Moisés e o Senhor pode ser resumida com a palavra obediência, enquanto que a história do seu relacionamento com Israel, seu próprio povo, pode ser descrita com as palavras, paciência, sofrimento e perseverança.
Sem dúvida alguma, Moisés tornou-se um dos maiores vultos, se não o maior, da história de Israel; sendo o grande legislador da nação, líder e libertador do seu povo do jugo egípcio. Sua postura foi sem dúvida um exemplo de liderança, e podemos ver nele também um tipo de Jesus, que nos libertou da escravidão do mundo.
Resumir a história de Moisés e do Êxodo é algo extremamente difícil, haja vista o período da saída do Egito até Canaã abranger quatro livros; de Êxodo até Deuteronômio.
Através de Moisés, Deus fere o Egito com dez pragas e, na última delas, com a morte dos primogênitos, naquela mesma noite, Faraó deixa que o povo saia do Egito (Ex 12.21-41). A festa da Páscoa foi instituída como memorial da libertação do Egito e apontava para o sacrifício de Jesus.

VI.2)- Do Êxodo até as fronteiras de Canaã.
Após a saída do Egito (Êxodo), Israel, sob o comando de Moisés, parte para Canaã. O Senhor ia adiante deles de dia numa nuvem e de noite em uma coluna de fogo (Ex 13.21,22).
Faraó tenta mais uma vez destruir o povo de Israel, mas desta vez seria a última, pois o Senhor abre as águas do mar vermelho para o seu povo passar, entretanto, as mesmas águas submergem a Faraó e a todo o seu exército (Ex 14.4, 15-31).
A dura jornada em direção a Canaã estava apenas no começo. No monte Sinai, Deus fala com Moisés e dá a lei para Israel; o Senhor guiou o seu povo e este viu de perto o poder de Deus com muitos sinais e prodígios, mas mesmo assim rebelou-se contra o Senhor que os tirou da terra do Egito.
Israel logo se mostrou um povo rebelde e Moisés sofreu muito conduzindo aquela multidão de pessoas que por várias vezes se levantara contra Deus e contra a sua autoridade e liderança. Um grande exemplo de rebeldia contra Deus foi o episódio dos bezerros de ouro; enquanto Moisés estava no Sinai e Deus dava os mandamentos para serem entregues ao seu povo; lá embaixo o mesmo povo adorava aos bezerros de ouro, festejando e se prostituindo.
O ápice da rebeldia aconteceu quando Moisés, de Cades-Barnéia, envia doze espias para sondar a terra de Canaã, entretanto, os mesmos infamam a terra que Deus jurara dar a seus pais; salvo Josué e Calebe que permaneceram fiéis, o restante do povo se revolta contra Deus e contra Moisés e Arão (Nm 13.25-33).
Por terem infamado a terra e se rebelado contra Deus, os israelitas, como punição, peregrinariam no deserto por quarenta anos até que toda aquela geração parecesse (Nm 13.25-33; 14.1-4,11,20-24,30-35); porém, Deus não rejeitou ao seu povo e, por causa das promessas feitas aos patriarcas, uma nova geração tomaria posse da terra.
A história de Israel serve como exemplo para a nossa vida. A apostasia do povo que saiu do Egito, levou este mesmo povo a ser rejeitado e a não entrar na terra prometida (I Co 10.1-11).

VI.3) Resumo do período do Êxodo.

Tempo da permanência de Israel no Egito
430 anos
Duração do Êxodo   
40 anos
Governo
Teocrático com a liderança de Moisés
Personagem principal
Moisés
Livros que abrangem este período
Êxodo; Levítico; Números e Deuteronômio
Livros escritos durante este período
Gênesis; Êxodo; Levítico; Números; Deuteronômio e Jó* (*provavelmente)
Lições práticas durante o Êxodo
1ºO exemplo da apostasia do povo que saiu do Egito
2ºO exemplo da liderança de Moisés
3ºA Lei dizia: “Faça isso e viverás; ou não faça isso, para que não  morrais!”, em outras palavras, era baseada na obediência.
4ºA simbologia da Lei e do Tabernáculo que apontavam para o sacrifício de Jesus e para a sua Graça maravilhosa.
Acontecimentos principais durante o Êxodo
1ºA entrega da lei nas mãos de Israel através de Moisés
2ºA construção do Tabernáculo
3ºPacto palestino

Moisés jamais se apostatou como os demais, tendo sido obediente a Deus e fiel até a sua morte, entretanto, a rebeldia dos israelitas levou Moisés a cometer um grave erro e, por causa disso, também não entraria em Canaã (Nm 27.12-17; Dt 3.23-29; 32. 48-52; 34. 1-6).
Sob a sua liderança, o povo chegou a conquistar as terras que ficavam do lado oriental do Jordão, venceu dois reis importantes (Ogue e  Seom) e repartiu as terras entre as tribos de Rúben, Gade e meia tribo de Manassés.
Moisés ainda transmitiu a lei de Deus para Israel e comandou a construção do Tabernáculo, que, por muito tempo, seria o centro da adoração em Israel.
Moisés morreu e a incumbência de comandar a conquista de Canaã fica nas mãos do seu sucessor Josué(Dt 34.7-12).
Falaremos sobre a conquista de Canaã posteriormente, mas antes, na próxima aula, nos deteremos um pouco no pacto palestino, pois este pacto tem repercussão na escatologia e na situação mundial atual.

































Estudo Bíblico; tema: Escatologia
Parte 2 – História de Israel
Aula nº 7- O pacto palestino

Antes de falarmos sobre a conquista de Canaã, nos deteremos nesta aula no pacto palestino, por ser de interesse para o nosso tema escatológico.
O pacto palestino é a aliança feita entre Deus e Israel na terra de Moabe durante o Êxodo, antes de tomarem posse da terra (Dt 29.1; 30.1-8). Esta aliança estabelecia condições para que Israel desfrutasse da terra que lhes pertencia por direito.

VII- O pacto palestino
O Êxodo marca a formação da nação de Israel; o que era um “punhadinho” de gente, transformou-se em uma grande multidão que agora partia para a sua terra.
Neste período, o Senhor renova a aliança feita com Abraão concernente à terra prometida e dá detalhes sobre a sua promessa.
É muitíssimo importante sabermos sobre este assunto devido aos acontecimentos atuais no mundo árabe-israelense. A partir da criação do Estado de Israel, muitas disputas territoriais ocorreram na Palestina ao longo dos últimos anos e ainda estão acontecendo.
O pacto palestino, esclarece algumas questões escatológicas e explica a promessa de terra feita a Abraão de uma forma mais abrangente.
Vejamos o resumo deste pacto no quadro abaixo:

Pacto palestino (Deus diz que a terra seria...)
TERRA
Literal
Incondicional
Perpétua
Entretanto...  posse baseada na obediência.

Este resumo é muito importante para o nosso estudo. É necessário que o leitor tenha em mente estes detalhes sobre a promessa da terra feita a Israel.
Podemos concentrar o pacto palestino nos capítulos 28,29 e 30 de Deuteronômio.
Quando Deus fez a promessa de terra, semente e bênção a Abraão, estas promessas não foram condicionadas a coisa alguma, elas não dependeriam de Abraão, muito menos de Israel. A aliança que Deus fez era baseada apenas na sua própria Palavra. Deus simplesmente disse que daria a terra.
No pacto palestino, vamos ver um pouco mais de detalhes com relação à posse da terra prometida.
Lembremos que a terra prometida a Abraão não era uma terra “espiritual”; ela possuía dimensões, fronteiras e localização (Gn 15.18-20). Estas dimensões nunca foram atingidas por Israel em sua totalidade até os nossos dias. A terra foi dada em possessão perpétua, ou seja, pertenceria a Israel para sempre; entretanto, além de não ocupar toda a sua extensão, a palestina ainda não lhes pertence em nossos dias em toda a sua totalidade (Gn 17.8).
Como pode ser isso? Certamente Deus cumprirá as suas promessas! Isto é uma prova de que haverá um reino literal, onde Israel terá a posse definitiva da terra prometida em toda a sua extensão; mas porque será que Israel ainda não tomou posse da terra?
O pacto palestino nos dá esta resposta, e podemos verificar nos capítulos 28,29 e 30 de Deuteronômio. Vejamos...

VII.1)-Deuteronômio 28 e 29-  A condição para a posse chama-se: obediência!
Podemos perceber que apesar das promessas feitas a Abraão, Isaque e Jacó, concernentes a terra prometida terem sido incondicionais, literais e perpétuas; o uso da mesma terra tinha algumas condições. Deus disse que deu a terra a Israel, mas para tomar posse dela; morar nela; desfrutar dela, haveria condições.
O capítulo 28. 1-14; traz condições para que as bênçãos venham sobre a nação, os versículos 15-68 do mesmo capítulo traz os motivos que os levariam a não desfrutar da terra. Repare que o direito de posse foi dado incondicionalmente, o desfrutar tinha condições.
O capítulo 29 deixa claro que se tratava de uma aliança. Podemos notar que o Senhor estabeleceu as bases de um pacto para que Israel desfrutasse da terra que o Senhor lhes dera, esta base se chamava obediência. Este pacto estava ligado as promessas feitas a Abraão, Isaque e Jacó ( Dt 29.1,9,12-15).
Se Israel desobedecesse seria espalhado dentre as nações! Veja Dt 28. 63-68.
A terra foi dada de graça pelo Senhor. Esta terra seria dada de forma literal, incondicional e perpétua (não pertenceria à outra nação; era de Israel!); entretanto, o Senhor estabelece regras para que desfrutem dessa terra; para que tomassem posse dela seria necessário a obediência!
Amados; quero frisar bem o seguinte:

A terra já foi dada a Israel, não poderá pertencer à outra nação! O tomar posse da terra depende da obediência, mas isto não significa que a terra não pertença aos judeus ou que eles nunca tomarão posse dela; apenas é uma questão de obediência. Sabe quando eles cumprirão as exigências?
Quando eles se converterem; quando Jesus voltar!
Mais um motivo para crermos em um milênio futuro, haja vista Israel ainda não ter tomado posse de toda terra, não ter se convertido e Jesus não ter voltado. Leia: Rm 11.25-27

  

Ex: Um irmão muito rico decide dar uma casa para um irmão pobre, entretanto ele estabelece a seguinte condição em contrato: Para que o irmão fulano desfrute da casa, deverá ceder a edícula dos fundos a um outro irmão solteiro e sem condições de pagar um aluguel. Esta condição dará garantia ao determinado irmão de que ele desfrutará da casa doada.
Alguns anos depois, o irmão que fez a doação descobre que o irmão esta usando a edícula para guardar objetos velhos, imediatamente, o irmão que recebeu a casa perde o direito de desfrutar da casa. Embora a casa lhe pertença por direito em contrato, o seu uso  dependerá de obedecer às exigências feitas neste mesmo contrato; caso tire os objetos velhos da edícula e seda para um irmão pobre, ele voltará a ter posse da casa. A casa já é dele por direito, entretanto, conforme reza o contrato; não poderá desfrutar dela até que coloque um irmão para morar na edícula. Se ele morrer sem obedecer, morrerá sem desfrutar da casa, mas esta continuará a ser dos seus herdeiros até que um deles cumpra as exigências  e desfrute da sua posse.
Outro exemplo: Tenho um carro que comprei com o meu dinheiro, mas se a minha habilitação não estiver em dia, não poderei conduzi-lo pelas ruas da cidade; se não pagar o imposto e não dirigi-lo com a documentação necessária, poderei ter o meu carro recolhido pela polícia.
Obviamente estes exemplos acima são limitados se comparados com a situação de Israel, mas creio que dará uma ajuda para que os irmãos entendem o que acontece em relação a posse da terra por parte de Israel. Podemos ter uma coisa de direito, mas podemos não poder desfrutar desta mesma coisa que nos pertence.
A nação de Israel atualmente ocupa parte da terra, entretanto os judeus continuam em desobediência; sabemos que a palestina lhes pertence por direito, nenhuma nação tem direito a tomar posse da terra prometida a Israel, mas, por causa da desobediência, eles não conseguem desfrutar da terra; tentam lutar com suas próprias forças, mas não conseguirão ter paz, enquanto não se converterem e reconhecerem a Jesus como o Messias.

VII.2)- Deuteronômio 30.1-1-8- Certamente Israel tomará posse!
Estes versículos fazem parte do centro da idéia do pacto palestino. Observe bem que, mesmo após a desobediência de Israel, mesmo após serem espalhados e perderem a oportunidade de gozar da terra que Deus lhes deu, esta terra ainda seria deles; se eles se arrependessem, Deus os traria dos quatro cantos da terra e os introduziria em Canaã.
O Senhor certamente cumprirá a sua palavra, Israel tomará posse da terra! Estes versículos apontam para o futuro e dão a certeza de que após estarem afastados, serão novamente reunidos. Podemos perceber a menção de um novo pacto implícito no texto (Dt 30.6). Ver também Dt 30. 8,10-14.
Esta nova aliança; com a conversão da nação, dará condições para  que Israel obedeça e, portanto, tome posse da terra.
Esta bem claro que o Senhor não lhes deu algo impossível de se conquistar, e o mesmo Senhor dá condições para que isto se cumpra. O Senhor deu a Lei, fez alianças, enviou profetas e deu o seu único Filho.
Israel voltou a existir em 1948, entretanto, ainda não possuem fé. Um retrato disso está na profecia de Ezequiel...
Em Ez 37.1-8, vemos o que ocorreu com Israel ao voltar a existir (Is 66.7-9).
Em Ez 37.9-14 vemos que falta a obediência que somente ocorrerá quando se converterem ao Senhor e o Espírito vier habitar em seus corações.

Resumo;
Terra: literal, incondicional e perpétua!
Direito - incondicional
Possessão - baseada na obediência
Obediência - baseada na conversão Rm 11. 25-27

Continuaremos com a nossa história falando da posse da terra de Canaã até o início do período dos reis.









Estudo Bíblico; tema: Escatologia
Parte 2 – História de Israel
Aula nº 8- Da entrada em Canaã até o início do período dos reis

Irmãos; aprendemos em nossa aula anterior sobre o pacto palestino, o qual Deus fez com Israel na época do Êxodo e vimos que ele era uma ampliação do pacto abraâmico. Estudamos a respeito deste pacto e vimos que, embora o direito a terra de Canaã fosse incondicional e perpétuo; a sua ocupação, porém,  dependeria da obediência ao Senhor.
Moisés liderou Israel até as fronteiras de Canaã, entretanto, a responsabilidade de conduzir aquela geração para a terra prometida ficou nas mãos de Josué, conforme estudamos anteriormente (aula nº 6;pág 20). Esta conquista está descrita no livro que leva o seu próprio nome.

VIII. De Canaã até o início do período dos reis
Abaixo; mapa contendo a localização das terras distribuídas entre as doze tribos de Israel.



VIII.1)- Josué o líder da conquista de Canaã
Josué, sem dúvida alguma, é o personagem que predomina na fase da conquista da terra prometida, tendo sido fiel a sua incumbência de substituir Moisés na liderança do povo, embora fosse uma missão bastante árdua, o Senhor esteve com ele desde quando foi chamado Dt 31. 7,8; 34.7-12; Js 1.1-11. Já no início da conquista, Deus confirma o chamado de Josué aos olhos de todo o povo ao parar as águas do Jordão para que Israel atravessasse em seco para o lado ocidental da terra de Canaã (Js 3. 1-7, 15-17), bem defronte de Jericó. Jericó era a primeira cidade a ser conquistada, e mais uma vez o Senhor mostra o seu poder ao entregar milagrosamente a cidade nas mãos de Israel (Js 6.20,21,24,25).
Josué repartiu a terra entre as nove tribos e meia que ainda não haviam recebido a sua herança, haja vista Moisés já ter dado herança a duas tribos e meia na margem oriental do Jordão (ver figura da pág 24). Antes de ser recolhido, Josué também renovou a aliança feita entre o Senhor e o povo de Israel.
Enquanto viveu Josué e os anciãos de sua época, o povo serviu ao Senhor. O texto de  Js 24.29-31 mostra que a obediência de Israel não durou por muito tempo, e, na verdade, não era uma obediência sincera.
Após a morte daqueles anciãos, logo Israel se precipitou na acomodação, fez acordo com os povos que deveria conquistar, e seus filhos tomaram por esposa as mulheres cananéias e serviram aos seus “deuses” (Jz 2.1-3). Este triste estado de anarquia e pecado é relatado no livro de Juízes.

VIII.2)- O período dos juízes; a anarquia!
O período dos juízes é caracterizado por ciclos de pecado da nação, servidão a estrangeiros, súplica ao Senhor e salvação através de libertadores.
Israel havia mergulhado na anarquia (Jz 17.6; 21.25) e na desobediência; o retrato da nação após a morte de Josué e dos anciãos que viveram em sua época, pode ser visto no capítulo dois do livro de Juízes. De imediato, até que as tribos de Judá e Simeão, bem como alguns dentre os filhos de José, obtiveram algumas conquistas, mas logo veio o fracasso geral; as alianças com os povos da terra; o pecado; a idolatria e a conseqüente derrota e opressão.
Os juízes eram muito mais do que árbitros, eles eram libertadores (Jz 2.16,19; 3.9) usados por Deus para que a nação não fosse totalmente destruída durante aquele período.
O primeiro juíz que encontramos no livro de Juízes é Otiniel; o último; Sansão,  totalizando o número de 12 juízes; entretanto, se considerarmos os juízes além do período do livro, teremos os nomes de Eli (I Sm 4.18) e de Samuel (I Sm 7.15), sendo este último, não somente juiz, mas também profeta e sacerdote. O nome de Samuel faz parte da transição entre os juízes e a monarquia e é considerado como o último e o maior dos juízes.

Vejamos a lista de Juízes encontrados no período do livro:
1-Otiniel; 2-Eúde; 3-Sangar; 4-Débora(e Baraque); 5-Gideão; 6-Tola; 7-Jair; 8-Jefté; 9-Ibsã; 10-Elom; 11-Abdom; 12-Sansão. O nome de Abimeleque não é contado por ter sido um usurpador.

Juízes após o período do livro, na transição para a monarquia:
1- Eli ; que foi também sacerdote, entretanto, um péssimo sacerdote e um péssimo juiz!
2- Samuel; um dos grandes personagens de Israel (Jr 15.1), último juíz e primeiro profeta (At 3.24; 13.20); sucessor de Eli , que foi rejeitado pelo Senhor no sacerdócio (I Sm 2. 27-36). Em I Sm 10.8, por exemplo, podemos ver claramente o ofício sacerdotal sendo exercido por Samuel.
Podemos dizer que o período de Juízes que antecedeu a monarquia, abrange todo o livro de Juízes e uma parte de I Samuel (até o capítulo 10), quando Samuel unge a Saul rei de Israel. Os primeiros nove capítulos de I Samuel fazem a transição para a monarquia.
Samuel serviu ao Senhor  desde a sua mocidade (I Sm 2.18-21); quando ainda era menino, o Senhor falou com ele sobre o castigo que viria sobre a casa do sacerdote Eli (I Sm 3.1,10-14). Samuel cresceu na presença do Senhor e nenhuma de todas as suas palavras deixou cair em terra (I Sm 3.19-21), entretanto, seus filhos não seguiram as suas pisadas (I Sm 8.1-3).
Quando Samuel envelheceu, o povo de Israel não o honrou e o rejeitou (I Sm 8. 4-6); mas na verdade, a rejeição de Israel era contra o próprio Deus, pois Samuel apenas servia e cumpria as ordens do Senhor (I Sm 8. 7-9). Apesar das advertências que o Senhor fizera a respeito dos direitos que o rei haveria de ter, o povo rebelde assim mesmo exigiu que lhes fosse dado um rei (I Sm 8. 18-22).
O capítulo nove de I Samuel mostra o encontro entre Samuel e Saul, o qual haveria de ser o primeiro rei de Israel (I Sm 9. 15-17).
Com a unção de Saul em I Sm 10.1, encerra-se a fase de transição entre o período dos juízes e o início da monarquia.
Uma observação:
Repare que o povo rejeita Samuel, um líder que jamais explorou o seu povo e foi em tudo fiel ao seu Senhor; em contra partida, o povo escolhe o seu rei, mesmo sabendo de antemão que este rei os exploraria. Assim acontece nos dias de hoje; muitos, conscientemente, preferem seguir a pastores que os exploram, do que seguir àqueles que andam na verdade. Por que será isso? Resposta: Porque amam a mentira! (Jo 3.19-21; II Ts 2.9-12).

VIII.3- O início da monarquia
O período da monarquia, se divide em duas partes, a saber:
1ª-Reino unido, quando Israel ainda não havia se dividido em reino do norte e reino do sul. Neste período reinaram Saul, Davi e Salomão.
2ª-Reino dividido, quando Israel foi divido em duas partes; o reino do norte ficou com dez tribos e o reino do sul com duas tribos.

VIII.3-a)- Saul, o primeiro rei
A história dos monarcas de Israel começa com o rei Saul e está descrita em vários livros, a saber: I Sm 10. 1-31; II Sm; I Rs; II Rs; I Cr e II Cr. Vale lembrar que a maior parte dos profetas canônicos, exceto seis deles (Daniel, Ezequiel, Obadias, Ageu, Zacarias e Malaquias), profetizaram durante a época dos reis, portanto, estes livros correspondem a esta época e possuem dados importantes sobre este período. Soma-se a isto, o fato de 73 dos Salmos serem de autoria de Davi e 1 de Salomão.Os livros de Provérbios, Cantares e Eclesiastes também correspondem ao período dos reis de Israel, pois foram escritos pelo rei Salomão.
Saul foi ungido por Samuel em I Sm 10.1, entretanto, sua confirmação perante o povo acontece em Mispa (I Sm 10.17-27) e a proclamação definitiva ocorre em Gilgal (I Sm 11. 14,15).
Saul era o rei que o povo escolheu, Deus lhes deu um rei segundo a vontade deles; de boa aparência e grande estatura (I Sm 10.23,24). Seu reinado foi bom apenas no primeiro ano, mas logo começou a mostrar o seu coração.
Sua queda começa quando decide oferecer sacrifícios em Gilgal, ao invés de aguardar  a chegada de Samuel, conforme lhe fora ordenado. Por não ser sacerdote, isto não era da sua competência. Saul foi desobediente a Deus e a Samuel, foi impaciente e decidiu fazer as coisas da sua própria maneira e não conforme os mandamentos do Senhor, sendo, portanto, rejeitado o seu reino pelo Senhor (I Sm 13.13,14)! Deus escolhe outro para ser rei (I Sm 13.14).
A rebeldia de Saul prosseguiu e o seu segundo grave erro ocorreu quando mais uma vez, desobedecendo ao mandamento do Senhor e fazendo as coisas do seu próprio modo, poupou o rei  dos amalequitas chamado Agague, quando a ordem dada por Deus através de Samuel era para que matasse a todos (I Sm 15.1-3,8,9). Samuel declara a Saul a confirmação da sua rejeição por Deus (I Sm 15.11, 16-30).
Em I Sm 16.14, vemos o seu triste estado, sem Deus e endemoninhado.
A vida de Saul foi marcada pela rebeldia e desobediência. Seu ódio e inveja, o levaram a perseguir e tentar matar a Davi por um longo tempo da sua vida (I Sm.  18. 6-11).
O ápice da sua degradação, é visto quando consulta uma feiticeira em En-Dor, mesmo sabendo que o Senhor abominava tal prática e que já não mais falava com ele (Lv 20.27; Dt 18. 9-14; I Sm 28.3-10; Is 8.19,20).
Neste ponto, vale fazer um pequeno comentário:
1)- A invocação de mortos é abominação e é condenada por Deus (Lv.20.27; Dt 18.9-14; Is 8.19,20).
2)- Tal espírito mentiu-lhe passando-se por Samuel e dizendo que ele ia para o mesmo lugar no qual ele se encontrava, entretanto Samuel era salvo e Saul se suicidou e terminou indo para um lugar de tormentos! Se Saul foi para o mesmo lugar de alguém, com certeza não seria o de Samuel, mas sim o mesmo inferno onde seria lançado o demônio que falou com ele. I Sm 31.4; I Cr 10.13
3)- O espírito também mentiu dizendo que Saul perturbou o descanso dele, se fosse Deus que o tivesse trazido, certamente não seria uma “perturbação”, e se fosse Samuel, jamais falaria desta forma.  I Sm 28.15
4)- Como Deus traria Samuel se o próprio Senhor não mais respondia a Saul? (I Sm 28. 6,15). A médium seria mais poderosa do que Deus, trazendo Samuel para falar, quando Deus não queria responder a Samuel? Samuel seria desobediente, respondendo a quem o Senhor não queria responder?
5)- Por que Deus diria que um dos motivos da morte de Saul foi o fato de ter consultado uma feiticeira?I Cr 10.13
6)- A Palavra de Deus diz que os vivos não podem ter contato com os mortos, portanto o Senhor não entraria em contradição com a sua própria Palavra. (Jó 7.9,10; Ec 9. 5,6; Lc 16.31)
7)- Saul não viu Samuel, a médium o induziu a dizer que era ele; o texto afirma que entendeu Saul que era Samuel (I Sm 28. 14).
8)- Sobre a profecia: A mulher percebeu o medo de Saul de que a sua morte estava perto e provavelmente sabia da profecia de Samuel sobre a rejeição de Saul, logo, para o espírito seria muito fácil calcular que Israel perderia, pois ele sabia que Saul se apartara de Deus e que o Senhor não estaria com Israel na peleja contra os filisteus.
Por causa do exposto acima, concluímos que não foi Samuel quem falou com Saul, mas sim um espírito maligno (demônio), o que retrata mais ainda o estado degradante do primeiro rei de Israel que morreu derrotado pelos filisteus, envergonhado e acabou se suicidando.

Na próxima aula falaremos sobre o rei Davi, o segundo rei de Israel,  e o pacto que o Senhor fez com ele durante o seu reinado.

Estudo Bíblico; tema: Escatologia
Parte 2 – História de Israel
Aula nº 9- O período dos reis:

O pacto entre Deus e Davi

Amados irmãos, o período dos reis de Israel também é um período importantíssimo com relação à escatologia. Nesta aula estaremos falando sobre Davi, o segundo rei de Israel e estudaremos em especial o pacto feito por Deus com Davi.

IX)- O rei Davi
Davi foi o segundo rei de Israel e o mais importante de todos.  Sua história abrange os seguintes livros da Bíblia:  Parte de I Sm (a contar de I Sm 16), II Sm inteiro, sua velhice e morte em I Rs 1.1-4, 2 .1-11 , e todo o livro de I Cr. Acrescenta-se ainda como fonte de dados parte do livro de Salmos (73 deles  escrito por Davi) e as referências a sua pessoa em toda a Bíblia.
Bisneto de Rute e Boaz; filho de Jessé; Davi foi escolhido por Deus (I Sm 13.14; At 13.22) e ungido por  Samuel em Belém após o Senhor ter rejeitado a  Saul I Sm 16.1-13.
Davi foi selecionado para ministrar na presença de Saul quando este estivesse endemoninhado; foi  então que se conheceram (I Sm 16. 17-21). No início estava tudo bem, mas logo depois da vitória de Davi sobre o gigante Golias (I Sm 17.25-27; 33-40; 45- 51), quando Israel voltava da batalha contra os filisteus, as mulheres saudaram a Davi com um cântico: “Saul feriu os seus milhares, porém Davi, os seus dez milhares” (I Sm 18. 7-9) e daquele dia em diante o atormentado Saul tentou matar a Davi.
Cada vez mais Saul odiava a Davi, perseguindo-o por muito tempo. A vida de Davi passou por um longo período de fuga, sofrimento e peregrinação.
Após a morte de Saul, Davi foi orientado por Deus a voltar para a sua terra natal;  ali seus compatriotas da tribo de Judá o ungiram rei, estabelecendo Davi o seu governo sobre a tribo de Judá em Hebrom durante sete anos e meio (II Sm 2 .1-4,11; I Cr 3.4). No início houve guerra entre a casa de Saul e a casa de Davi (II Sm 3.1); Isbosete, descendente de Saul, havia sido proclamado rei (foi ungido por Abner, chefe do exército de Saul) sobre o restante de Israel na cidade de Maanaim, entretanto, com a morte de Abner e de Isbosete, Davi é ungido rei sobre todo Israel em Hebrom (II Sm 5.1-5), posteriormente transferindo a sede do governo para Jerusalém após conquistar a cidade (II Sm 5.6-10).

Veja no quadro abaixo, um resumo da duração do reino de Davi:

Reino de Davi
Idade do rei Davi no início do reinado
Duração do reinado
(tempo arredondado)
Amplitude do governo, duração e sede  do governo
30 anos
40 anos
7 anos e seis meses sobre a tribo de Judá com sede em Hebrom
33 anos sobre todo Israel em Jerusalém

Obs: O reinado de Davi durou 40 anos; este número é obtido somando-se o tempo que ele reinou em Hebrom sobre Judá ao tempo que ele reinou em Jerusalém sobre todo o Israel. Por ser o tempo informado pela Bíblia, este é o período adotado em nosso estudo, apesar da pequena diferença de relato existente entre os textos de II Sm 2.11, 5.4,5; I Cr 3.4, onde consta que Davi reinou em Hebrom 7 anos e seis meses, e I Rs 2.11; I Cr 29.27, onde o tempo em Hebrom é arredondado para 7 anos, embora isto ocorra, todos os textos concordam e consideram o tempo do governo de Davi totalizando 40 anos.
Estas pequenas diferenças de datas ocorrem em textos mais antigos pelos seguintes fatos:
1º- O uso de números redondos- Era costume oriental antigo arredondar números. Exemplo: Saul, Davi e Salomão reinaram 40 anos cada; obviamente que os números estão arredondados. O número é arredondado para efeito de contagem cronológica (o livro de juízes, por exemplo, é dividido por períodos regulares de quarenta anos).
2º- Os historiadores antigos, ao contrário dos modernos, com freqüência não estavam tão interessados na exatidão dos registros quanto na organização da narração.
3º- Uma contagem em determinado texto está considerando alguns detalhes, outra, todavia, ajusta o tempo para efeito de divisão cronológica.
4º- Existem muitos hiatos; sobreposições de fatos; espaços de tempo não contados por serem considerados curtos demais; nomes repetidos em pessoas diferentes; uma mesma pessoa com dois nomes; e muitos outros detalhes que, por vezes, devem ser levados em conta quando tentamos datar um fato bíblico antigo.
Exemplos: No reinado de Davi existe um curto espaço no qual Davi foi ungido rei sobre Israel ainda em Hebrom antes de conquistar Jerusalém (I Sm 5.3, 7, 9)e um período de co-regência com seu filho Salomão durante alguns meses em Jerusalém.
Quanto mais recente a história, maior precisão existirá na datação dos fatos. O período dos reis, por exemplo, possui maior exatidão nas datas do que o período dos juízes. Apesar do arredondamento de alguns números, pelo próprio registro podemos chegar a datas exatas, ou, pelo menos, bem próximas!

IX.1)- O reinado de Davi
O governo do rei Davi foi marcado pela fidelidade a Deus, não que ele fosse um homem perfeito, mas certamente amava ao Senhor; sua fidelidade a Deus lhe proporcionou inúmeras vitórias sobre os adversários de Israel, pois o Senhor era com ele por onde quer que andasse.
Após ser ungido rei sobre todo o Israel, Davi vence por duas vezes seguida os filisteus e logo mostra o seu zelo pelo Senhor quando traz a arca da aliança para Jerusalém (II Sm 6.12-19), revestindo a cidade,  desde então, de grande significação espiritual.
Davi pôde repousar das guerras com seus inimigos em redor e, neste período, mais uma vez mostra o seu amor pelo Senhor ao desejar construir-lhe uma casa.  Nesta época Deus faz um pacto com o rei Davi no qual lhe promete conceder casa, reino e trono (falaremos sobre o pacto de Davi no final da aula).
Com o tempo, Davi derrota também os amonitas e os siros; amplia o território de Israel e fortifica mais ainda o seu reino. Por incrível que pareça, justamente no auge do seu governo, quando não havia preocupação com guerras e após o Senhor lhe ter feito promessas maravilhosas, Davi comete um pecado gravíssimo: além de adulterar, cometeu um crime ao ordenar a morte de Urias, seu fiel soldado e marido de Bate-Seba, a mulher com a qual adulterou (II Sm 11. 1-5, 14,15,26,27).
Por causa deste pecado, Davi foi severamente repreendido pelo Senhor através do profeta Natã (II Sm 12 1-14) e teve o seu pecado punido com a morte do filho que tivera através do adultério com Bate-Seba. Davi arrependeu-se profundamente; podemos ver isso no texto de II Sm 12.13, quando o rei reconhece o seu erro, na sua atitude ao saber da morte da criança em II Sm 12. 19-25, e ainda no Salmo 51.
Uma observação:
Uma das diferenças entre Davi e Saul está no seu coração quebrantado e no reconhecimento dos seus próprios erros, além do seu desejo ardente em fazer a vontade do seu Senhor e o seu amor pelo rebanho de Israel.
O pecado de Davi trouxe sérias conseqüências para a sua vida e para a nação de Israel. Apesar do seu arrependimento, muitos problemas envolveram os seus próprios filhos, tais como o incesto de Amnom (II Sm 13. 4, 10-14), o crime de Absalão ao matar o seu irmão Amnom (II Sm 13.23-29), a rebelião do próprio Absalão (II Sm 15.1-10) e a sua posterior morte por mãos de Joabe durante uma batalha contra os homens de Davi (II Sm 18.9-16). Na rebelião de Absalão, Davi contou com o apoio das tribos do norte, mas logo em seguida enfrentou uma rebelião destas tribos lideradas por  Seba (Benjamita). Mais uma vez o Senhor dá vitória a Davi, entretanto, nada disso o rei passaria se não houvesse pecado; isto mostra como muitas vezes nossos erros nos fazem passar por problemas que não precisaríamos sofrer, embora Deus continue conosco!
No final da sua vida, Davi ainda presenciou uma revolta do seu filho Adonias  e a sua luta com Salomão em relação ao trono de Israel.
Davi compôs vários Salmos; planejou a organização religiosa, bem como a futura adoração que seria feita no templo, designou cantores e instrumentistas (I Cr 15.16-24) , organizou dispositivos para o culto (I Cr 15.37-43), fez preparativos para a construção do templo, separou os levitas em turnos e funções, orientou ao seu filho Salomão sobre a construção do templo e deu a planta deste ao seu filho.
Davi morreu na presença do Senhor e pôde agradecer a Deus por todos os seu feitos, permanecendo fiel até a sua morte. Seu filho Salomão reinou em seu lugar.

IX.2)- O pacto de Davi
Antes de meditarmos neste importante tópico, peço aos amados irmãos que leiam todo o capítulo 7 de II Samuel.
Chamamos “pacto de Davi” a aliança feita entre Deus e o rei Davi, na qual o Senhor lhe promete três coisas, a saber: Casa; Reino e Trono. Este pacto é baseado na graça de Deus e não em méritos humanos e amplia a promessa de semente feita a Abraão.

A grande importância deste pacto está no fato dele apresentar um salvador qualificado para ocupar o trono de Davi e cumprir as promessas feitas por Deus ao seu servo.

  

Durante a fase de tranqüilidade do seu reino, antes de haver pecado com Bate-Seba, Davi é movido por um grande desejo em fazer uma “casa” para o Senhor. Davi queria construir um templo para ser um centro de adoração em Jerusalém e estava inquieto pelo fato de ter a sua própria casa enquanto a arca do Senhor estava em uma tenda (II Sm 7. 1-3), entretanto, Deus avisa através do profeta Natã que Davi não construiria o templo e sim o seu filho Salomão, mas, por causa do seu zelo e amor, Deus lhe faz uma promessa de valor muitíssimo superior! A sua semente governaria Israel para sempre!
Repare bem que de imediato Natã fala positivamente a Davi em relação ao desejo do seu coração (II Sm 7.3), porém esta não era a resposta do Senhor; entretanto, naquela mesma noite, Deus fala com Natã e o envia até Davi, desta vez com a sua Palavra. Deus ouviu a oração de Davi e a intenção do seu coração, e, então, envia a resposta através do profeta.
O Senhor na verdade não precisava de uma casa literalmente pelo simples fato dele ser Deus, acrescenta-se a isso também o fato do Senhor não ter dado ordem para construir um templo para ele “habitar” (I Sm 7. 4-7). Deus lembra a Davi de onde o tirou (II Sm 7. 8-11), em outras palavras, o Senhor esta mostrando a ele que foi a sua Graça  que o tornou rei; Davi era rei por causa da misericórdia de Deus, esta mesma Graça lhe conferia promessas valiosas e garantia o cumprimento de todas elas!
O Senhor  garante três coisas a Davi:
a)- Deus faria  CASA a Davi- II Sm 7.11
Deus diz a Davi que lhe faria casa. Interessante notar que, quando pensamos em fazer algo para Deus, nos deparamos com o fato de que ele sempre é quem faz algo por nós!
Casa significa dinastia, ou seja, descendentes que governam partindo de um mesmo tronco. Podemos dizer que é um governo procedente de uma determinada família. Exemplo: Na Inglaterra, o monarca reinante é da casa de Windsor (família de Windsor).
Deus não diz “talvez”, mas diz “o Senhor te fará casa”; ou seja, era uma promessa certa!
b)- Deus estabeleceria o seu reino – II Sm 7.12
Todo rei precisa ter um reino, ou seja, uma esfera de governo; uma amplitude de governo. Quem reina, governa sobre determinado lugar.
Neste ponto precisamos prestar a atenção a alguns detalhes. Algumas vezes a profecia se refere a Salomão e outras à tempos futuros. O descendente de Davi que seria levantado depois dele (v.12) é Salomão; Deus estabeleceria o seu reino e ele construiria o templo (v. 13), o que sabemos, pela Palavra de Deus e pela história, cumpriu-se através de Salomão. Este versículo, bem como os seguintes (vs. 14 e 15), se referem diretamente a Salomão. O Senhor afirma que se o filho de Davi (Salomão) errasse, seria castigado, entretanto, Deus diz que usaria de misericórdia para com ele; isto significava que a dinastia de Davi não seria arrancada do trono, como foi a descendência de Saul.
O fato de mencionar a possibilidade de erro, é mais uma prova de que o Senhor estava falando diretamente a respeito de Salomão. Sabemos igualmente pela Bíblia que Salomão pecou e na sua velhice adorou a deuses estrangeiros, entretanto, provavelmente houve um arrependimento da sua parte, o que se subentende através do livro de Eclesiastes.
Apesar de se referir diretamente a Salomão, perceberemos de forma nítida que a Palavra também falava de um reino futuro, como estudaremos ainda nesta aula.
c)- Deus promete estabelecer para sempre o trono do seu reino – II Sm 7.13
Trono é o local da sede do governo, ou seja, de onde parte o governo. Repare que a descendência de Davi regeria para sempre partindo de Salomão.

Resumindo: Deus promete a Davi: Casa, reino e trono.

Será que as promessas se referiam apenas a Salomão? Absolutamente NÂO!

Após Natã falar todas as Palavras do Senhor (II Sm 7. 17), Davi ora agradecendo a Deus (II Sm 7.18) e na sua oração ele deixa claro que compreendeu que o Senhor não falou apenas a respeito do seu filho e descendente direto, mas falou a respeito de tempos futuros e ainda afirmou que essas palavras serviam para todos os homens! II Sm 7. 19. As promessas feitas a Davi não abrangeriam apenas a Israel e sim a toda humanidade!

Tanto a casa, quanto o reino e o trono prometidos a Davi seriam eternos!
v.13: “estabelecerei para sempre o trono do seu reino”
v.16: “porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre”
A chave está nos vs. 13 e 16, onde se percebe que a casa, o reino e o trono seriam eternos, isto somente seria possível com a subida ao poder de um REI ETERNO!

  

Como havia dito anteriormente, algumas vezes a palavra se referia a Salomão, outras, de forma clara, à tempos futuros.
O pacto de Davi aponta para a vinda do Messias; o Salvador e Rei Eterno: JESUS CRISTO!
Através de nenhum rei humano Deus poderia cumprir o que prometeu a Davi, ou seja, conceder-lhe uma casa eterna, um reino eterno e um trono eterno. Somente através de Jesus o pacto de Davi poderia se cumprir, logo, Jesus é o rei que possui todas as qualificações necessárias para reinar eternamente na casa de Davi sobre Israel.
Jesus é a semente de Abraão e de Davi (Mt 1.1), ele é a semente qualificada! O trono de Davi será ocupado por um Rei Eterno, a desobediência da família de Davi não anularia o pacto que Deus fez com Davi. Este pacto tem grande importância escatológica, pois é necessário que Jesus reine no trono de Davi sobre Israel.

Vejamos...
Jesus é o Rei qualificado, pois:

a)- Nasceu de uma virgem- Is 7.14; Mt 1.23- Isso significa que não tinha pecado, logo, significa também que a morte não teria poder sobre ele; Jesus vive eternamente! Se Jesus não nascesse de uma virgem, sua natureza seria pecaminosa e seria apenas um homem como outro qualquer e não poderia ocupar eternamente o trono.

b)- Jesus é o Rei Eterno- Sl 89. 3,4,34-36; I Tm 1.17; Ap 17.14, 19.16 -A posteridade de Davi somente poderia durar para sempre através de uma pessoa que vive para sempre e cujo reino não tem fim. A promessa tem início com Salomão e termina com Jesus.

c)- Seus nomes o qualificam- Is 9.6,7

d)-Ele é descendente de Davi segundo a carne; portanto tem direito ao trono.- Is 11.1,2; Lc 1. 26-37- Muitos anos depois da casa de Davi ter sido temporariamente cortada, Jesus nasceu da semente de Davi segundo a carne para reerguer o trono de seu pai.

Quando o Rei veio, Israel o rejeitou (Mt 23.37-39). Crucificaram e mataram o rei; por este motivo Israel está sem rei até hoje. A casa ficou deserta por causa da desobediência, em outras palavras, o pacto de Davi não pode ser anulado, mas a permanência efetiva de um rei no trono depende da obediência. O trono será ocupado novamente por Jesus na segunda vinda (Am 9.11; Jr 23. 5,6; Zc 14. 1-9; Ap 19.11-16, 22.16). Ele está vivo e voltará para reinar sobre Israel e toda Terra!
Na próxima aula falaremos mais um pouco sobre o período dos reis, caminhando até o cativeiro de Judá

Estudo Bíblico; tema: Escatologia
Parte 2 – História de Israel
Aula nº 10- O fim do período dos reis:
Da divisão do reino  até o cativeiro de Judá com o fim do período dos reis.

Terminamos a última aula falando sobre a vida do rei Davi; este reinou durante 40 anos e foi o segundo rei de Israel. Após a sua morte, reinou em seu lugar o seu filho Salomão, este seria o último rei que teria sob seu governo todas as tribos de Israel, pois após o seu reinado, Israel seria dividido em duas partes e assim permaneceria até o domínio da Babilônia. É sobre este período que estaremos estudando nesta aula.

X- De Salomão até o cativeiro de Judá

X.1)- Salomão e o reino unido
Salomão foi o terceiro rei de Israel; filho de Davi com Bate-Seba, teve um início de governo excelente. Tratou de obedecer às ordens de Davi seu pai e eliminou os inimigos do reino. Salomão subiu ao trono em condições muitíssimo favoráveis; seu pai Davi havia derrotado todos os inimigos ao redor e Israel passava por um tempo de sossego. Sob seu governo, Israel prosperou e conquistou sua maior amplitude territorial (I Rs 4.20-28).
Deus aparece em sonhos a Salomão no início do seu reinado e lhe pergunta o que gostaria de receber (I Rs 3.5), Salomão responde pedindo a Deus sabedoria ao invés de riquezas ou qualquer outro desejo material (I Rs 3. 6-9), esta atitude agrada a Deus que lhe concede sabedoria e muito mais (I Rs 3.10-15). Salomão tornou-se o homem mais sábio de sua época(I Rs 4.29-34) e em nenhum outro período da monarquia a nação proveu de contatos internacionais, riquezas e ausência de guerras, necessários para a produtividade literária, como durante o período do seu governo.  O próprio Salomão, conforme relata a Bíblia, compôs provérbios e cânticos (I Rs 4.32).
Procurou com zelo construir o templo do Senhor, iniciando a obra no quarto ano do seu reinado, concluindo sete anos  depois (I Rs 5.1-5; 6.1, 37,38; II Cr 3.1,2). Salomão fez os utensílios do templo e trouxe as ofertas de Davi seu pai para a casa do Senhor.  Após concluir a construção e trazer todos os objetos para o templo (I Rs 7.51; II Cr 5.1), por último a arca foi colocada em seu lugar, ou seja, no Santo dos Santos, no interior do templo; para isso, Salomão convocou os anciãos de Israel, os cabeças das tribos e os príncipes das famílias dos israelitas para transportarem a arca para o templo. Uma grande multidão compareceu para a festa de consagração do templo e a nuvem da Glória do Senhor encheu o santuário(I Rs 8.1-11; II Cr 5.2-14).
Durante a consagração do templo, Salomão fala ao povo e mostra reconhecer as promessas feitas por Deus a Davi, bem como o cumprimento das mesmas (I Rs 8.12-21; II Cr 6.1-11); então ora ao Senhor em agradecimento e adoração, abençoa ao povo, oferece sacrifícios a Deus e conclui a solenidade despedindo toda a multidão.
Salomão também edificou a casa do rei e, depois de acabar a Casa do Senhor  e a casa do rei, Deus fala com Salomão pela segunda vez e faz com ele aliança, advertindo-o acerca da necessidade de obediência (IRs 9.1-9; II Cr 7.11-22).
Salomão foi exímio comerciante e também edificou outros palácios.
A fama de Salomão espalhou-se pelo oriente e muitos vinham até Israel por causa da sua sabedoria.
No mapa abaixo podemos comparar o alcance territorial de Israel no período dos três primeiros reis.


Apesar deste início maravilhoso e de toda a sua riqueza e sabedoria; mesmo sabendo que o Senhor lhe fizera prosperar e o advertira sobre a necessidade de obediência, Salomão pecou e apartou-se do Senhor.
A princípio, seu pecado começou com uma série de casamentos mistos; além de se casar com a filha de Faraó, Salomão casou-se com várias mulheres pagãs, as quais o Senhor havia advertido para que Israel não se misturasse, chegando a ter 700 mulheres e 300 concubinas. Estas mulheres levaram Salomão a pecar na sua velhice, adorando aos seus deuses (I Rs 11.1-8, 33).
Por causa da sua desobediência, conforme o Senhor lhe advertira anteriormente, Deus se indignou contra Salomão e no final do seu reinado, houve uma certa quebra da tranqüilidade que perdurava por um bom tempo, pois Salomão enfrentou dois problemas; a saber: ao sul houve uma revolta do príncipe edomita Hadade e ao norte, Damasco foi ocupada por Rezom que a transformou em um reino, tornando-se adversário de Israel durante todo os dias de Salomão. Embora não causassem problemas muito sérios, certamente trouxeram dificuldades para o governo de Salomão, entretanto, a mais dura conseqüência do pecado de Salomão,viria durante o governo do seu filho, quando Israel seria dividido em duas partes (I Rs 11.9-13).
Salomão morreu e o seu reino durou por 40 anos (IRs 11.41-43; II Cr 9.29-31); fica a seguinte pergunta: Salomão se arrependeu a tempo? Saberemos o certo somente “naquele dia”, entretanto, se o livro de Eclesiastes foi escrito realmente por Salomão, e isto no final  da sua vida, há um forte indício de arrependimento no livro, quando o sábio conclui que todos os prazeres da vida são vaidade e que o resumo de tudo o que foi tratado é que o homem deve temer a Deus (Ec 12.8,12-14).

O período do reino unido, correspondente a  Saul, Davi e Salomão, teve a duração de 120 anos aproximadamente, considerando-se que cada reino tenha durado 40 anos. Quanto a Saul, ver At 13.21 .
Apesar das datas serem mais precisas se comparadas com as do período dos juizes e eras anteriores, mesmo assim existem variações nas mesmas de acordo com os diversos estudiosos, entretanto, estas datas geralmente não possuem grandes diferenças, estarei usando as mais aceitas, a saber:
Saul: 1.051 (ou 1050) até 1.011(ou 1.010) ac
Davi: 1011(ou 1.010) até 971(ou 970) ac
Salomão: 971(ou 970) até 931(ou 930) ac

 

X.1 A)- Profetas no período da monarquia unida:
Primeiramente precisamos saber que profeta, em um sentido simples, é aquele que fala a Palavra de Deus, ou seja, declara a vontade do Senhor, sendo, portanto, o portador ou pregador da palavra de Deus. Muitos homens foram chamados de profeta no Antigo Testamento, tais como Abraão (Gn 20.7); Moisés (Dt 34.10) e Samuel (I Sm 3.20).
Devido ao estado da nação, a atividade profética havia diminuído muito até os dias de Samuel (I Sm 3.1); quando, então, recebeu um renovo devido ao exemplo e encorajamento deste homem de Deuse, posteriormente, dos reis-profetas (O próprio rei Davi também foi profeta Sl 22.1,7,8,14,17,18; Mc 12.36,37; At 1.16). As escolas de profeta surgiram na época de Samuel.
A atividade profética tornou-se mais intensa no período dos reis, tendo o seu ápice na época do reino dividido, haja vista o eminente perigo ao qual a nação estava se expondo por se apartar do Senhor.
Os profetas podem ser classificados em canônicos (que escreveram ou, ao menos, cujas palavras inspiradas foram escritas por outros) e não canônicos (que não escreveram).
Durante o período do reino unido, não houve nenhum profeta canônico.
Profetizaram nesta época: Samuel, que também era profeta (época de Saul e Davi); Natã (época de Davi); Gade (época de Davi) e Aías (época de Salomão).

X.2)- Roboão e a divisão do reino
Roboão sucedeu a seu pai Salomão no trono de Israel e logo no início do seu governo deparou-se com um problema administrativo herdado do período no qual o seu pai reinava. Sabemos que Salomão era um servo do Senhor, entretanto, cometeu erros e acabou se afastando de Deus. Devido à expansão do seu reino e a multiplicação das suas riquezas, além das suas diversas obras e o sustento da sua numerosa corte (isso inclui as suas 700 mulheres e 300 concubinas), foi necessária a organização de uma força de trabalhadores israelitas para levar adiante os seus projetos de construção, pois os trabalhadores cananeus eram em número insuficiente, soma-se a isto, o fato da necessidade de aumentar a arrecadação dentre o povo, o que pode ter causado um certo ressentimento em uma população que facilmente se esquecia do seu Senhor.
Quando Roboão assumiu o trono, logo a congregação de Israel liderada por Jeroboão, veio até o rei para reivindicar um alívio na servidão e jugo que lhes foram impostos (I Rs 12.1-5; II Cr 10. 1-5). Roboão procurou conselho nos anciãos que viveram na época do seu pai, entretanto, desprezou o conselho dos anciãos e buscou conselho dentre os jovens da sua geração que o aconselharam a apertar mais ainda ao povo (I Rs 12.6-14). Esta resposta gerou uma grande revolta e a divisão do reino em duas partes; dez tribos do norte seguiram a Jeroboão e duas tribos do sul (Judá e Benjamin) permaneceram fiéis à casa de Davi (I Rs 12.16-20).
Desta forma a história da nação de Israel entra no período chamado de reino dividido, no qual  a nação permaneceu até o cativeiro.

A divisão do reino ocorreu em 931 (ou 930) ac.

Observe no mapa abaixo os territórios de Israel e Judá após a divisão do reino.

  


Com a divisão do reino Israel se enfraqueceu. O reino do norte teve como primeiro rei Jeroboão e o reino do sul permaneceu com Roboão no trono, sendo este da casa de Davi.
Após Jeroboão ser ungido rei, edificou a cidade de Siquém que passou a ser a capital do reino, posteriormente mudada para Samaria, fundada pelo rei Onri. Dentre os muitos pecados que cometeu, Jeroboão fez dois bezerros de ouro; um colocou em Betel e outro em Dã, transformando estes locais em lugares de adoração para evitar que Israel subisse à Jerusalém para adorar a Deus no templo e, por este motivo, pudesse voltar a ser leal à casa de Davi; além disso, Jeroboão construiu santuários e separou sacerdotes que não eram da tribo de Levi (I Rs 12.25-33).
A capital do reino do sul permaneceu na cidade de Jerusalém.

Observação:
A tribo de Simeão, por ter o seu território no meio da tribo de Judá, com o passar do tempo foi englobada pela tribo de Judá por esta ser mais numerosa do que aquela. A tribo de Benjamin também foi absorvida por Judá, tendo deixado de existir como tribo separada e funcional, entretanto, esta tribo ainda existia em termos territoriais, por isso ela é citada em I Rs 12.21, mas em I Rs 11. 13,32,36 e I Rs 12.20, aparece apenas a tribo de Judá, e esta, como abrangendo também Benjamin. As dez tribos do norte provavelmente devem estar contando com a tribo de Simeão, haja vista o seu território estar dentro de Judá, mas os seus descendentes parecem ter ido habitar ao norte com as outras tribos e não aceitaram a dinastia de Davi; no texto de II Cr 15.8,9, o cronista deixa subtendido que Simeão estava com o reino do norte.

X.3)- Os reis de Israel e de Judá
Vários reis ocuparam o trono de Israel e de Judá, a saber:
A)- Reis de Israel:
Jeroboão; Nadabe; Baasa; Elá; Zimri; Omri; Acabe; Acazias; Jorão; Jeú; Jeoacaz; Joás; Jeroboão II; Zacarias; Salum; Manaém; Pecaías; Peca e Oséias. Total de 19 reis.
B)- Reis de Judá; descendentes de Davi:
Roboão; Abias; Asa; Josafá; Jorão; Acazias; Atalia (rainha); Joás; Amazias; Azarias(=Uzias); Jotão; Acaz; Ezequias; Manassés; Amom; Josias; Jeoacaz(=Salum); Jeoiaquim(=Eliaquim); Joaquim(=Jeconias) e Zedequias(=Matanias). Total de 20 reis.

Todos os reis de Israel foram reis maus; alguns em maior, outros em menor intensidade. Em Judá, entretanto, houve reis maus e reis bons (exemplo de reis bons: Ezequias e Josias).

O período do reino dividido durou até a destruição de Jerusalém e o cativeiro de Judá.

  

X.4)- Profetas do reino dividido:
A)- Não canônicos:
Israel: Aias; um profeta de Judá, cujo nome não foi revelado; Jeú (filho de Hanani); Elias; Micaías; Eliseu  e Obede.
Judá: Semaías; Azarias; Hanani; Jeú (filho de Hanani); Jaaziel; Eliezer; Elias; Zacarias (filho de Joiada); Hulda e Urias.
B)- Canônicos:
Anteriores ao cativeiro em ordem cronológica:
Joel (Judá); Jonas (Israel); Amós (Israel); Oséias (Israel); Isaías (Judá); Miquéias (Judá); Naum (Judá); Sofonias (Judá); Jeremias (Judá; porém estendeu o seu ministério até o cativeiro) e Habacuque (Judá).

X.5)- A queda de Samaria e o cativeiro Assírio em 722ac 
A queda do reino do norte aconteceu em 722 ac com a tomada de Samaria pelos assírios a  135 anos antes do cativeiro de Judá, durante o reinado de Oséias (II Rs 17. 1-6) , rei de Israel. A causa do cativeiro foi a desobediência aos mandamentos do Senhor com a apostasia de Israel, e, embora Deus os tivesse advertido através do ministério dos profetas, não deram ouvidos e desobedeceram a Deus seguindo os costumes das nações pagãs (II Rs 17.7-23).
A origem dos samaritanos pertence a esta época, quando o rei da Assíria envia outros povos para ocupar a terra no lugar dos filhos de Israel (II Rs 17. 24-41).

X.6)- A queda de Jerusalém e o cativeiro na Babilônia em 587ac
O período dos reis termina com o cativeiro de Judá na Babilônia . Este acontecimento foi um dos mais tristes para a nação de Israel, que, naquela época, estava reduzida apenas ao reino de Judá. Os caldeus (Babilônia), liderados por Nabucodonosor destruíram Jerusalém e o templo construído por Salomão. O cativeiro, bem como a sua duração de 70 anos, haviam sido profetizados. Veja, por exemplo, os textos de Dt 28.15,25,36,41,49,50; I Rs 8.46; Jr 25.1-14

Podemos dividir o cativeiro de Judá em três estágios, a saber:
1ª- Início do cativeiro: primeira fase: Ocorreu em 605 ac durante o reinado de Jeoaquim, rei de Judá e Nabucodonosor, rei da Babilônia. Nesta fase foram transportados para a Babilônia Daniel e seus três amigos. (II Rs 24. 1-7; II Cr 36. 5-8; Dn 1. 1-6)
2ª- Segunda fase: Ocorreu em 597 ac durante o reinado de Joaquim, rei de Judá e Nabucodosor rei da Babilônia. Foram levados: 10.000 pessoas; dentre elas Ezequiel e toda a nobreza de Jerusalém. (II Rs 24. 8-17; II Cr 36. 9-10)
3ª- Última fase: destruição de Jerusalém e do templo: 587 (ou 586) ac durante o reinado de Zedequias, rei de Judá e Nabucodonosor, rei da Babilônia. Nesta fase foi transportado o restante de Judá. (II Rs 24. 18- 25.21; II Cr 36. 11-21)
Obs: Outros estudiosos dividem em mais partes o período compreendido entre o cerco feito a Jerusalém até a sua destruição.
Em ordem cronológica, profetizaram durante o cativeiro: Daniel; Ezequiel e Obadias.
Obs: O ministério profético de Jeremias prosseguiu  durante o cativeiro.
A causa do cativeiro também foi a desobediência aos mandamentos do Senhor com a apostasia da nação (II Cr 36.14-21), porém, com um agravante: Viram o que aconteceu com Samaria e fizeram o mesmo! O povo de Israel perdeu o direito de usufruir a terra que o Senhor lhes deu por causa da desobediência, entretanto, não ficaria para sempre no cativeiro, este duraria setenta anos.

Encerramos aqui esta aula e espero que o leitor tenha compreendido este período tão importante. Na próxima aula partiremos do retorno do exílio até a vinda do rei Jesus.










Estudo Bíblico; tema: Escatologia
Parte 2 – História de Israel
Aula nº 11- Do período pós-exílio até a vinda do rei Jesus

A nação de Israel, agora representada pelo reino do sul; capital Jerusalém, permaneceu no cativeiro por setenta anos; até que o exílio acabou...

XI- Do exílio até a vinda do Messias.
Para estudarmos este assunto, precisamos nos situar dentro do contexto da evolução dos impérios mundiais que influenciaram diretamente a nação de Israel.
Impérios mundiais:
1º- Egito430 anos de exílio
2º- Assíria – Queda de Samaria e fim do reino do norte - 722 ac

Abaixo; o império Assírio



3º- BabilôniaDuração do império : 625 ac até 539 ac
                          Cativeiro: 1º- 605ac–Início do cativeiro
                                            2º- 597ac
                                            3º- 587ac–Queda de Jerusalém; destruição da cidade e do 1º       
                                                                templo feito por Salomão.

A queda da Babilônia ocorreu em 536 ac, quando o império Medo-Persa passou a dominar o mundo.

Abaixo, a amplitude territorial dos impérios: Babilônico, Persa e Grego.



4º- Medo-PersaDuração do império: 536ac até 331ac – Durante o período Persa encerrou-se o cativeiro de Israel (Judá representava a nação, daí os israelitas serem chamados de judeus até os nossos dias).
O retorno do cativeiro começa em 535 ac e divide-se em:
A- Ciro, imperador da Pérsia, ordena a volta dos judeus em 535 ac, no primeiro ano do seu reinado (II Cr 36.22,23; Ed 1.1-3), encerrando-se os setenta anos de cativeiro (605-535=70).
Zorobabel retorna e começa a reconstrução do templo.
Em 516 ac é feita a dedicação do templo (2º templo pronto).
B- Esdras regressa para Jerusalém com uma caravana de judeus em 458 ac .
C- No ano de 445 ac ocorre o regresso de Neemias e a reconstrução das muralhas de Jerusalém.
Profetas do período pós-exílio: Ageu; Zacarias e Malaquias
Israel agora estava de volta à terra de Canaã após 70 anos de cativeiro na Babilônia. Zorobabel comandou a construção do 2º templo; Esdras foi o encarregado de ensinar a lei do Senhor ao povo que retornou do cativeiro e Neemias foi o homem que comandou a reconstrução das muralhas de Jerusalém.
A respeito do segundo templo, disse o Senhor pela boca do profeta Ageu: “A Glória desta última casa será maior do que a da primeira...” (Ag 2.9a), referindo-se ao fato do próprio Senhor, na pessoa de Jesus, pisar no segundo templo quando veio ao mundo; embora a estrutura material do templo feito por Zorobabel fosse bem inferior a do templo feito por Salomão; o Verbo divino pisaria literalmente neste templo.
Infelizmente a nação de Israel continuou pecando e, apesar de ter retornado para a sua terra, continuou sob o domínio de outras nações.
Após a morte de Malaquias, houve um intervalo de 400 anos sem escrito canônico, período este chamado de 400 anos de silêncio ou período intertestamentário, interrompido com o nascimento de Jesus e início do Novo Testamento.
Até a vinda de Jesus, mais dois impérios dominaram sobre Israel e o mundo, a saber:

5º- Grego– Duração do império: 331ac até 63ac. (no período intertestamentário).
O império grego teve um avanço muitíssimo rápido com a pessoa de Alexandre, chamado de “O Grande” (331ac até 323 ac), entretanto, este teve uma morte prematura aos 33 anos de idade e, por não ter deixado herdeiros, o império entrou em caos e após 22 anos de lutas entre os seus generais, o império dividiu-se entre quatro deles:
Lisímaco (Trácia- Bitínia); Cassandro (Macedônia); Ptolomeu I Sóter (Egito) e Seleuco I Nicátor (Síria).
Destes generais, dois dariam origem a dinastias que teriam influência direta sobre Israel, a saber: PtolomeusSelêucidas. As lutas entre os reis do sul (Ptolomeus-Egito) e os reis do norte (Selêucidas-Síria) afetariam os judeus por um longo período.

A- Os Ptolomeus- 323ac até 204 ac
O primeiro a ficar com a Judéia e Jerusalém foi Ptolomeu I Sóter e o comando dos Ptolomeus durou de 323ac até 204ac. Os Ptolomeus não trataram tão mal aos judeus.
Durante este período, iniciou-se a tradução do Antigo Testamento para o grego coiné, que haveria de terminar por volta de 100 ac e se chamaria Septuaginta.
Vale lembrar que a cultura grega dominou o mundo através do processo chamado de helenização.

B- Os Selêucidas- 204ac até 165ac
Sob os Selêucidas, a nação de Israel sofreu bastante. O auge da maldade veio na época de Antíoco IV Epifânio. Durante o seu comando, muitos judeus foram seduzidos pelo helenismo e por isso houve um grave conflito entre judeus ortodoxos e judeus helenistas. Os ortodoxos rejeitavam a helenização total. Quando Antíoco tentou tomar o trono do Egito e foi derrotado pelos romanos (Roma já estava em ascensão), Antíoco descarregou a sua raiva contra os judeus que se revoltaram e não aceitaram a helenização; profanou o templo (sacrificou um porco no altar e eregiu uma estátua do “deus” Zeus no templo, sendo uma abominação máxima para os judeus); decidiu destruir o judaísmo; proibiu a circuncisão; profanou cópias da Lei e proibiu a guarda do sábado. Antíoco é considerado uma figura do Anticristo.
Quando Antíoco enviou os seus oficiais para obrigarem os judeus a oferecerem sacrifícios a Zeus, um sacerdote velho chamado Matatias se recusou a oferecer sacrifícios a Zeus, matou um judeu jovem que estava disposto a tomar o seu lugar e afastá-lo do sacerdócio, e ainda matou o oficial sírio que fora enviado por Antíoco. Matatias fugiu com os seus cinco filhos para as montanhas e assim começou a revolta dos macabeus.

C- O período Macabeu- 165ac até 63ac

O período macabeu durou até o domínio romano da palestina em 63ac.
Judas, o terceiro filho de Matatias chamado Macabeu (martelador), liderou a revolta e três anos depois do templo ter sido profanado, os judeus reconquistaram Jerusalém e purificaram o templo. Iniciou-se a dinastia chamada Hasmoneana.



No início do período hasmoneano, houve um acordo com Roma com o objetivo de hostilizar a Síria, entretanto, devido as lutas internas entre Hircano e Aristóbulo, Roma intervém, no início apoiando Aristóbulo. Como a situação estava grave e as lutas prosseguiam, foi feito um apelo para que o general romano Pompeu resolvesse o problema, este pediu que ambos aguardasse a sua chegada; como Aristóbulo continuou a luta, o apoio romano passou para Hircano.
Pompeu citiou a cidade de Jerusalém e a tomou. Hircano pôde ser sacerdote, porém Roma nomeou Antípater como supremo magistrado. Aristóbulo foi preso. Começa o período romano.

6º)- Romano- 63ac até?
O domínio romano sobre Israel começou em 63ac e foi até a destruição de Jerusalém pelo general Tito em 70dc. Durante o período romano Jesus veio ao mundo.
Na próxima aula continuaremos a partir do nascimento de Jesus.













Estudo Bíblico; tema: Escatologia
Parte 2 – História de Israel
Aula nº 12- O Rei Jesus e o novo pacto
Na aula anterior estudamos do período pós-exílio até a vinda de Jesus.
Quando Jesus nasceu, a cultura grega ainda era fortemente presente no mundo, mas quem dominava era o império romano. Para que Jesus viesse era necessário que o cenário mundial estivesse ajustado e que houvesse condições favoráveis. O período do império romano oferecia estas condições; pois:
Havia a “paz” romana que proporcionava uma ligeira “tranqüilidade” sem a possibilidade de maiores conflitos;
O sistema de estradas era bem desenvolvido, facilitando o deslocamento da população;
Existia um sistema de governo bem organizado;
Uma língua bem conhecida no mundo (grego); etc...
Nesta época de domínio romano,  nasceu o Rei dos Reis! O Messias tão esperado, finalmente chegara para Israel!
Abaixo; mapa do império romano nos dias de Cristo
XII- O Rei Jesus e o Novo Pacto
O nascimento de Jesus foi o acontecimento mais importante do universo, sendo apenas equiparado com a sua própria morte, ressurreição e futura vinda; tamanha é a sua importância, que a própria história jamais foi à mesma após Jesus ter vindo ao mundo. Depois do seu nascimento, o tempo foi dividido em antes de Cristo (ac) e depois de Cristo (dc), sendo o ano zero o marco do seu nascimento. Sabemos através da história que houve um erro na contagem do nosso calendário e, na verdade, Jesus nasceu por volta do ano 4 a 6 ac, entretanto, para efeito de contagem e registro de fatos, considera-se como sendo o ano zero, caso contrário, teriam que ser alteradas todas as demais datas. O nascimento de Jesus quebrou um silêncio de 400 anos.
Jesus é o Rei prometido a Israel e ao mundo. O seu nascimento, ministério, morte e ressurreição, foram profetizados no Antigo Testamento. Vejamos:
  1. Seu nascimento:
1-Em Gn 3.15 é prometido um salvador para a raça humana, este salvador viria da semente da mulher, ou seja, seria literalmente um ser humano (Jesus também é 100% homem, porém sem pecado).
2-Seria descendente de Abraão, Isaque e Jacó (Gn 17.19; 28.14-17; Mt 1.1);
3-Viria da tribo de Judá (Gn 49. 8-11);
4-Lugar do nascimento (Mq 5.2);
5-Época do nascimento (Dn 9.25);
6-Nasceria de uma virgem (Is 7.14);
7-A fuga para o Egito (Os 11.1); etc...
  1. Seu ministério:
1-Herdeiro do trono de Davi (Is 9.7);
2-Seu ministério na Galiléia (Is 9.1,2);
3-Seria profeta e sacerdote (Dt 18.15; Sl 110.4);
4-Seria descendente de Davi e teria a plenitude de Deus (Is 11. 1,2);
5-Sua missão (Is 61.1-3; 63. 1-3); etc...
  1. Sua morte:
1-A entrada triunfal (Zc 9.9);
2-A traição (Sl 41.9);
3-Vendido por trinta moedas de prata (Zc 11.12,13);
4-Seria golpeado e cuspido (Is 50.6);
5-O Pai não o pouparia do sofrimento (Sl 22.1);
6-Zombariam dele (Sl 22. 6-8);
7-Seu estado na cruz (Sl 22. 14,15,17)
8-Trespassariam as suas mãos e pés (Sl 22.16);
9-Repartiriam as suas vestes (Sl 22. 18);
10-Dariam a ele vinagre (Sl 69.21);
11-Não quebrariam os seus ossos (Sl 34.20);
12-Seu lado seria trespassado (Zc 12.10); etc...
  1. Sua ressurreição:
1-Sl 16.10;  22.22,27-31Os 6.2; etc...
Propositalmente deixei a parte os textos de Isaías 52.13-15 e Isaías 53, por serem riquíssimos em detalhes sobre a obra de Jesus. Peço aos amados irmãos que leiam por inteiro estes textos, pois são preciosíssimos e mostram que os judeus, conhecedores que eram das escrituras, não conseguiram enxergar Jesus como Messias por causa da dureza de coração, conforme o próprio profeta Isaías diz em 53.1: “Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor ?”
Embora as Escrituras fossem bem claras e ricas em detalhes quanto ao Messias prometido, Israel não recebeu aquele que lhes foi enviado por Deus e, não somente rejeitou a Jesus, como também o entregaram a morte. Veja João 1.1,2,11-14 . Jesus reinaria sobre Israel em sua primeira vinda, embora soubesse antes mesmo da fundação do mundo que seria rejeitado e morreria (Ap 13.8), pois o seu sacrifício seria necessário para o resgate da humanidade inteira, não somente de Israel.
Mais uma vez a realidade do estado do homem caído é claramente exposta, porém, ao mesmo tempo, novamente o Senhor prova o seu amor para com o homem ao enviar o seu Filho amado para entregar a sua vida por nós! (Jo 3.16).
Os judeus não receberam o seu Rei, o Filho unigênito do Pai; restava agora apenas um único meio para que Israel se voltasse para Deus e todas as promessas se cumprissem para aquela nação, bem como um único modo de resgatar toda a humanidade do poder do pecado e da morte. Seria necessária uma profunda transformação no coração do homem para que este obedecesse a Deus...
Baseado no sangue de Jesus, Deus faz uma Nova Aliança, um Novo Pacto com Israel que se estende a todos os homens cumprindo-se desta forma a promessa feita a Abraão.  Enquanto os judeus não reconhecerem a Jesus, não se entregarão a Ele e, por conseguinte, não serão salvos e as promessas feitas aos patriarcas não se cumprirão. As bênçãos prometidas a Israel somente se cumprirão através de Jesus!
Devido à rejeição do Messias, as bênçãos que seriam primeiramente para Israel, passaram para os gentios. Os gentios que outrora estavam distantes de Deus, creram naquele que ele enviou, no entanto, os judeus que eram o povo escolhido, rejeitaram aquele que podia lhes trazer a verdadeira paz. A Igreja passou a ser o agente do Senhor na Terra (I Pe 2. 9,10)!
Este Novo Pacto não era uma novidade recente, não era um plano de última hora...
XII.1)- O Novo Pacto
Assim como a vinda do Messias havia sido predita, o Novo Pacto também foi predito nas escrituras do Antigo Testamento. Deus prometeu fazer com Israel uma Aliança eterna!
Quando Israel estava preste a ser levado em cativeiro para a Babilônia, mesmo naquela época de intenso pecado, Deus mostrou a sua Graça infinita e deu uma esperança para a nação falando através da boca do profeta Jeremias que, no futuro, seria estabelecido um Novo Pacto com Israel! Jr 31.31-34 .
Este pacto seria diferente da Lei (v. 32), pois esta, apesar de ser boa por mostrar a situação real do homem; convencer Israel do pecado; ajudar a conter a maldade e apontar para Cristo, entretanto, não pôde solucionar o problema do pecado, da maldade e da morte e não criava no ser humano um coração limpo, onde pudesse habitar o Espírito Santo.
Este pacto traria uma mudança interna e não apenas externa (v. 33) e teria como resultado, uma transformação espontânea de caráter e atitudes, com perdão de todos os pecados (v.34). Enquanto a Lei diz: “Faça!” ou “Não faça!”, o coração transformado diz: “Eu quero fazer a vontade de Deus!” ou “Eu não quero entristecer a Deus!”.
O Espírito seria derramado sobre os judeus! Ez 11.19,20. Derramar significa colocar o Espírito dentro; habitar! O caráter do Senhor seria formado dentro daquele que cresse.
O profeta Joel predisse que no futuro o Espírito Santo seria derramado sobre os judeus (Capítulo 2, versículos de 28 a 32). Esta promessa do derramar do Espírito que era primeiro para os judeus, veio sobre os gentios no Pentecostes (At 2.15-21).
Surge agora a seguinte pergunta: Como o homem pode desejar agradar a Deus se ele é mau? Como ter a Lei dentro do coração?
Resposta: Nascendo de novo!
Para que o homem experimente o novo nascimento é necessário um encontro com Cristo! Jesus é o agente da Nova Aliança! (Hb 8.6-12).
O Novo Pacto é perfeito, pois não é baseado em sangue de animais e sim no sangue puro de Jesus; além dele próprio ser o mediador desta Aliança (Hb 9.13-22). Neste pacto, os pecados são perdoados, o coração é transformado, é dado acesso ao Pai e a certeza da salvação(Hb 10.15-22). Somente assim o homem poderá agradar a Deus! Por isso Jesusdisse a Nicodemos : “Importa-vos nascer de novo” (Jo 3.1-7).
Esta Nova Aliança torna acessível pela fé as bênçãos prometidas a  Abraão e está ao alcance de todos; judeus e gentios (Gl 3,13,14), portanto, o Novo Pacto trata das bênçãos prometidas a Abraão a todas as nações da Terra (Gn 12.3). Embora este Novo Pacto somente se cumpra totalmente com a conversão de Israel na segunda vinda de Cristo, a Igreja já participa dos seus benefícios (Is 55.1-5; Ez 16.60-63; Rm 11.25-27, Mt 26.26-30; I Co 11. 23-32).
  
O Novo Concerto garante a perpetuidade, futura conversão e benção de Israel, e assegura também a benção eterna  a todos os que crerem, pois neste pacto, há um novo nascimento e o Espírito é derramado no coração do homem.
XII.2)- O Novo Pacto e o pacto Abraâmico
O pacto de Abraão possuía três promessas, a saber: Terra, semente e benção. O Novo Pacto se refere à benção; esta benção seria que no futuro Israel experimentaria a plenitude do Espírito Santo.
Veja no quadro a seguir um panorama dos pactos estudados.
Comparação entre os pactos
Abraão
Terra
Semente
Benção
Palestina
Davi
Nova Aliança
Terra literal
Casa
Sangue de Jesus; Salvação; habitação do Espírito; bênção!
Incondicional
Reino
Perpétua
Trono
XII.3)- O Novo pacto e a escatologia.
Apesar de Israel se encontrar cego em relação às coisas espirituais, é certo que a nação de Israel se converterá ao Senhor; a Bíblia é bastante clara quanto a isto. Ao estudarmos a história de Israel, percebemos que as promessas incondicionais feitas àquela nação ainda não se cumpriram totalmente, entretanto, para que Israel desfrute das promessas é necessário obediência e para obedecer é necessário que a nação se converta ao Senhor; seja regenerada e receba o perdão dos pecados e a plenitude do Espírito através da Nova Aliança em Jesus; daí a importância do Novo Pacto na escatologia. Este pacto prometido a Israel cumpriu-se em parte na Igreja, mas ainda não se cumpriu para os judeus porque a conversão de Israel se dará apenas depois da segunda vinda de Jesus; após o último ímpio se converter e a Igreja ser arrebatada. Israel não creu e, por isso, primeiro as bênçãos são desfrutadas pelos gentios. Para que Jesus venha restaurar Israel, e o novo pacto se cumpra também na nação, primeiro a Igreja precisa ser arrebatada e então Israel será provado até que clame ao Senhor! Obviamente que isto tudo implica algumas coisas, tais como: Era preciso que Israel voltasse a existir como nação, e isto ocorreu em 1948; é necessário que haja um milênio literal na Terra, e que Jesus seja recebido como Rei de Israel.
Como podemos perceber, é impossível estarmos vivendo o milênio por causa da falta de conversão de Israel e pelo fato de Jesus não estar reinando no mundo e os judeus não terem experimentado a plenitude do Espírito. Israel não desfruta da sua terra totalmente e nem tão pouco é cabeça das nações.
Também é impossível que o milênio seja algo apenas espiritual, pois as promessas feitas a Israel nos pactos Abraâmico, Palestino, Davídico e também na Nova Aliança, são literais e incondicionais, portanto, deverão se cumprir!
Da mesma forma é impossível que haja milênio antes da Igreja ser arrebatada, pois é necessário o arrebatamento da mesma para que Jesus reine na Terra e as bênçãos prometidas a Abraão sejam cumpridas e desfrutadas pela nação. Para que Israel se arrependa, a nação passará por grande tribulação após a Igreja ser arrancada da Terra.
Segundo o que estudamos, Israel precisava ser uma nação; precisa ter uma terra, um rei, um reino e um trono. Israel necessita entrar no Novo Pacto e desfrutar das bênçãos espirituais; quando tudo isso acontecer, cumprir-se-á a Palavra do Senhor, e não é preciso lembrar que Deus não é homem para que minta!
Encerramos aqui a nossa penúltima aula. Na aula seguinte aprenderemos um pouquinho da situação atual de Israel para que os irmãos se localizem dentro do contexto presente e, então, encerraremos a segunda parte do nosso estudo.








Estudo Bíblico; tema: Escatologia
Parte 2 – História de Israel
Aula nº 13- Do domínio romano até os dias atuais

Estamos chegando ao final do nosso estudo, nesta aula aprenderemos sobre a situação atual de Israel.

XIII- Do domínio romano até os dias de hoje
Jesus disse que Jerusalém seria pisada pelos gentios até que o tempo deles se completasse (Lc 21. 20,23,24). Isto tem se cumprido literalmente...

A- A destruição de Jerusalém
As rebeliões dos judeus contra os romanos foram se intensificando. Após Nero se suicidar, as legiões orientais romanas proclamaram Vespasiano como imperador, este colocou o seu filho Tito na tarefa de conduzir a guerra contra os judeus. Tito sitiou a cidade de Jerusalém e matou mais de um milhão de judeus em apenas cinco meses. Em 6 de agosto de 70dc, os romanos invadiram o templo e o destruíram, não sobrando pedra sobre pedra, conforme o Senhor dissera. A nação de Israel deixou de existir no ano de 70dc.

B- O imperador Adriano
Em 132 dc, este imperador proibiu a circuncisão e a guarda do sábado. Mandou que fizessem um templo para o “deus” Zeus, o que gerou a revolta de Bar Kochba, liderada por Simão Bar Kochba. A revolta foi esmagada e o imperador reedificou Jerusalém que havia sido destruída, dando-lhe o nome de  Élia Capitolina em 136dc.

C- Período Bizantino (324dc a 638dc)
Constantino tornou-se o único imperador de Roma e mudou a capital do império para Bizâncio, que receberia o nome de Constantinopla (atualmente Istambul, na Turquia).
Constantino havia proclamado o cristianismo como a religião oficial do império. A mãe de Constantino começou a restaurar Jerusalém e identificar locais relacionados com a cristandade. No século V, o império se dividiu em duas partes: Oriental, com a capital em Constantinopla; e Ocidental, com a capital em Roma. Neste mesmo século os judeus tiveram permissão para orar no monte do templo.

E- Período Islâmico (638 dc a 1099dc)
Neste período os judeus e os cristãos tiveram permissão para adorar livremente a Deus. No século VII foi construída uma mesquita no monte do templo; a Cúpula da Rocha.

F- O período das cruzadas (1099 a 1244 dc)
Os cruzados partiram da Europa sob a ordem do papa Urbano II com o pretexto de libertar os lugares santos do domínio islâmico. As mesquitas foram transformadas em igrejas e os cruzados dominaram Jerusalém. Na época dos cruzados, os judeus e os maometanos foram proibidos de morar em Jerusalém e somente poderiam visitar a cidade.
Algum tempo depois, Saladim tomou Jerusalém e dominou a cidade de 1187 a 1192, transformando novamente as igrejas em mesquitas. Os judeus receberam permissão para morar em Jerusalém.
Em 1192, Ricardo Coração de leão da Inglaterra e Felipe Augusto da França, restauraram o poder dos cruzados. Jerusalém foi dividida; o monte do templo e suas mesquitas permaneceram com os islamitas, entretanto, o restante da cidade ficou sob o domínio “cristão”. Em 1244 dc, os cruzados perderam o domínio de Jerusalém.

G- Os mamelucos (1260 dc a 1517 dc)

H- Período Otomano (1517 dc a 1917 dc)
O império Otomano era formado por: Constantinopla, Ásia Menor, partes da Europa e Bálcãs, Egito e Síria. Jerusalém foi tomada dos mamelucos pelos turcos otomanos em 1517 dc.
Foram construídos muros ao redor da cidade por ordem do sultão Suleimã e, após a sua morte, a comunidade judaica se entrincheirou na cidade e estabeleceu um bairro judeu.
Em 1832 o paxá do Egito, Mohammed Ali, aprovou as missões, as escolas cristãs, os consulados estrangeiros e as expedições arqueológicas, abrindo Jerusalém a influência ocidental.
No final do século XIX, surgiu na Europa o movimento sionista com o objetivo de criar uma pátria para o povo judeu na Palestina. Os judeus que fugiam do leste da Europa e da Rússia, chegavam na Palestina e adotavam a opinião de Teodoro Herzel de que deveria haver uma pátria para os judeus. Em 1897 foi realizado o primeiro congresso sionista.

I- O mandato britânico de 1917 dc a 1948 dc .
Em 9 -12-1917 chega ao fim os 400 anos de governo otomano. Dois dias depois o marechal inglês Allenby entrou na cidade e declarou Jerusalém capital do futuro país. A declaração Balfour previa o estabelecimento de uma pátria para os judeus.
Entre 1920 e 1929 houve confrontos entre judeus e árabes. De 1936 a 1939 houve uma rebelião árabe, explodindo um novo confronto com judeus.
De 1939 a 1945 seis milhões de judeus foram mortos na segunda guerra mundial.



Depois da segunda guerra mundial, com o holocausto, a opinião do mundo favoreceu o estabelecimento de um lar para os judeus. Devido ao aumento da tensão entre árabes e judeus, em novembro de 1947, as nações unidades decidiram interferir, pôr um fim ao mandato britânico e fazer de Jerusalém uma cidade internacional.
As Nações unidas dividiram a Palestina no lado ocidental do Jordão em duas partes; uma para judeus e outra para árabes. Os judeus concordaram, entretanto, os árabes não aceitaram.

J- Em 14 de maio de 1948 surge o Estado de Israel!
Cumpriu-se Is 66. 7-9 e Ez 37.1-8,11-13 (Resta Ez 37.9,10,14).
Com a saída dos ingleses, os judeus proclamaram o estado independente de Israel. No dia seguinte Israel foi atacado por Iraque, Líbano, Síria, Jordânia e Egito.
Cessar-fogo em  janeiro de 1949 - Jerusalém dividida.
Os judeus estavam proibidos de entrarem na parte antiga da cidade.

L- Guerra contra o Egito
Campanha do Sinai- Israel vence rápido a guerra contra o Egito .

M- Guerra dos seis dias
Início: 5 – 06 – 1967
Durante a guerra Israel ocupou os seguintes territórios: Judéia, Samaria, Gaza, Colinas de Golã e controlou Jerusalém.

N- Guerra do Yom Kippur
Em 1973 no dia do feriado do Yom Kippur, Israel foi atacado pela Síria(ao norte) e pelo Egito(ao sul). Em três semanas o exército judeu fez recuar os inimigos.

O- Tratado de paz entre Egito e Israel em 1979.
O Sinai foi devolvido ao Egito

P- Operação Paz para a Galiléia- 1982
Expulsar os palestinos da OLP do território libanês que ameaçavam os judeus do norte próximos a fronteira com o Líbano.

Q- Guerra do Golfo- 1991
Durante a guerra entre o Iraque a coligação liderada pelos EUA, o Iraque lançou mísseis contra Israel, embora os judeus não tivessem entrado na guerra e nem tão pouco respondido ao ataque.

R- Em 2006, o presidente do Irã afirma publicamente que Israel deveria sumir do mapa e inicia o seu programa nuclear.



Abaixo;  mapa com os vizinhos atuais do Estado de Israel.
Fronteiras: Ao norte, fronteira com o Líbano e com a Síria; ao oriente fronteira com a Jordânia;  ao ocidente saída para o Mar Mediterrâneo e ao sul, fronteira com o Egito.
 Países próximos: Ao norte a Turquia; do lado oriental, Iraque, Irã, Arábia Saudita e Kuwait; no Mediterrâneo, a Ilha de Chipre.



Vários problemas o povo de Israel têm enfrentado até a presente data (atentados de
grupos terroristas islâmicos, confrontos com os palestinos, etc...), e muitos outros ainda ocorrerão até que a nação se converta e Jesus volte, mas o pior ainda está para acontecer...
Israel será cercado por todos os lados e passará por grande aflição!  Zc 14.1-5,9; Mt 24.15-22 ; Ap 19.19-21 .
Os acontecimentos atuais nos mostram que:
1º-A qualquer momento a Igreja poderá ser arrebatada;
2º-A tribulação está preste a se iniciar para Israel;
3º-A conversão de Israel está para acontecer e
4º-Jesus está voltando!
Apocalipse 22.20,21





















Estudo Bíblico; tema: Escatologia
Parte 2 – História de Israel
CONCLUSÃO

Com esta aula encerramos a segunda parte do nosso estudo de escatologia. Não foi a minha pretensão dar um estudo pormenorizado da história de Israel, mas este assunto teve como objetivo facilitar a compreensão da escatologia através do conhecimento de alguns fatos sobre a nação de Israel. Procurei relacionar a história de Israel com a escatologia e tenho a certeza de que, ao avançarmos o nosso estudo em outras etapas, quando faremos a análise do livro de Daniel e do Apocalipse, será lançada uma “luz” para a nossa melhor interpretação dos livros e profecias bíblicas.
Israel não pode, em hipótese alguma, ser ignorado no contexto escatológico, haja vista Deus ter planos e promessas a serem cumpridas referentes aquela nação.
Até a próxima fase e que o Senhor Jesus os abençoe!


Nenhum comentário:

Postar um comentário